segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Sangue de Inocentes















Por inveja, por ciúmes, por medo, por ganância
Sangue de inocentes a terra inteira foi lavada
Herodes o primeiro que ao raiar da Nova Aliança
Perseguiu querendo apagar a luz que brilhava.

Há mais de dois anos mil houve tal acontecimento
Fato marcante do inicio da chegada de Jesus
Porém hoje temos Herodes todos os momentos
Pedindo Leis no ensejo de não deixar surgir a Luz.

A Terra inteira até hoje é lavada de sangue
De crianças clamando aos céus a dor constante
Por inúmeros abortos que ocorrem todos os instantes.

Quando calamos e mantemos-nos omissos
Também como Herodes damos nossa contribuição
Para que tanto sangue jorre banhando a Nação.

Ataíde Lemos

domingo, 27 de dezembro de 2009

Perdão

















          Muitas vezes temos dificuldades de perdoar alguém que tenha nos feito mal ou perdoar a nós mesmos, assim, procuramos mostrar vários motivos para justificar tal atitude. Não raramente dizemos que até queremos, no entanto, não conseguimos, então, enumeramos centenas de justificativas para não conseguir dar ou se perdoar.

         Perdoar é algo muito profundo que nos livra e tira toda a culpa e ressentimentos existente de alguém. Na verdade, o perdão é um desligamento de outrem, alias, é muito mais que e isso, é um processo de amor ainda maior pelo outro e para comigo mesmo.

          Perdoar é olhar para nossa própria miséria humana e perceber que erramos também e assim livrarmos de uma ligação consciente ou inconsciente nociva das culpas.

          A falta do perdão nos aprisiona independente de ter ou não razão de tais ressentimentos. Por outro lado, poderíamos dizer que o não perdoar é ser egoísta e um ato profundo de orgulho. Para tomar a atitude de perdoar é necessária uma dose intensa de humildade. Esta humildade está muito relacionada a nossa estrutura psíquica, a formação espiritual, a educação familiar.

          É importante também dizer que quando temos uma relação profunda com determinadas pessoas ou devido a nossa personalidade temos dificuldade em desligar de alguns sentimentos sejam sentimentos benéficos ou prejudiciais. Sendo assim, muitos ressentimentos são motivações para preservamos determinados ligações com determinadas pessoas e perdoar significa abrir mão desta ligação, por isso, relutamos no perdão.

          Também perdoar significa render-se à um sentimento, devido nossa estrutura psíquica para alguns perdoar significa perder o jogo, e mais do que isto, significa ter um comportamento diferente sobre algo que não se admite estar errado. Olhando então por este prisma o perdão para uns é frustrante e angustiante.

          Mas aí fica um paradoxo. Embora, possa haver tantos motivos para não perdoar, e mesmo assim ter que o fazer! É porque na verdade o perdão mesmo dando para o outro, sou eu quem estou recebendo benefício deste gesto. Pois, o perdão alivia a dor, tira a culpa, afasta do ressentimento, em outras palavras, liberta.

          Se refletirmos a Palavra de Deus, veremos que todo o projeto de Deus, da vinda de Jesus tinha exclusivamente o ponto de partida o Perdão.

          Quando falamos em salvação, na verdade estamos falando de perdão também. A própria paixão de Cristo foi a loucura maior de perdão que poderíamos imaginar. O próprio Deus, se fazendo vitima para mostrar-nos o valor do perdão.

          Temos varias passagens nas Escrituras que e podemos observar. Há textos bíblicos que está centralizado no perdão. Há varias curas por Jesus que antes de serem realizados primeiro ele perdoava aquele que necessitava do milagre. Também há varias parábolas que o centro delas é o perdão.

          Perdoar é um gesto de misericórdia, seja para com o outro, seja para comigo. Muitas vezes dizemos que errar é humano, perdoar é divino e isto é a pura verdade. Porque o perdão é um Dom de Deus para com a humanidade, para com o homem, pois, Ele se faz misericórdia e assim, nos dá o Dom do perdão para que nos tornemos livres dos pesos que a falta de perdão nos envolve.

          Esta graça somente ocorre quando de fato nos propomos a perdoar. Quando caímos em si e vemos que este ressentimento atingi diretamente a mim. Quando deixo de ser egoísta, orgulhoso e proponho a dar o primeiro passo rumo ao perdão, a partir daí, Deus já me concedeu o Dom do perdão.

Ataíde Lemos


João Paulo II



















Teu olhar de pai ainda é presente
Por todos os lugares por onde passou
Sua presença de amor em cada coração deixou
E com sua partida a humanidade sentiu-se carente.

Nas palavras de paz, a mansidão nela ecoava
Um gesto marcante era sua extrema humildade
Que penetrava nos corações de toda sociedade
Que admirados, sempre a sua presença esperava.

Seu rosto cansado, mas alegre; era marcante
Jamais fugia ao debate, amava as crianças
Para todos, era ventos que trazia a esperança.

Por varias vezes cruzou os mares e nos presenteou
Visitando a Terra de Santa Cruz; por toda ela percorreu
Plantando amor em suas mensagens que jamais morreu.

Ataíde Lemos

domingo, 20 de dezembro de 2009

Depoimento de um ex pastor


Estava ouvindo um depoimento de um ex pastor da igreja Assembléia de Deus, e fiquei muito comovido de como ocorreu o processo de mudança de uma doutrina cristã para o catolicismo. Não quero usar a palavra conversão, por não concordar com esta terminologia, por entender que tanto protestantes como católicos tem sua espiritualidade baseada no cristianismo, sendo assim, há apenas contradições na maneira de pensar e interpretação bíblica.

Seu depoimento é emocionante e de grande importância porque vem de um homem nascido, criado, vivido no meio evangélico, com todas as raízes fortes e fundamentadas na doutrina da Assembléia de Deus. Seu depoimento é forte; porque como Paulo perseguia os cristãos, este pastor tinha como missão arrastar católicos sem vivencia na fé católica a abandonarem a igreja e torna-se também um protestante. Segundo suas palavras era um ferrenho perseguidor da igreja católica. Conta várias cenas que presenciou e incentivou católicos encherem sacos de imagens e quebrarem na sua frente dizendo que a partir daquele momento passariam a aceitar somente Jesus. Seu depoimento é forte; por relatar a perseguição que sofreu por parte dos evangélicos, família que o rejeitou porque havia tornado católico após suas experiências.

Pois bem, a mudança do protestantismo o qual era um pastor de grande destaque na Assembléia de Deus na sua região ocorreu por sinais profundos de Maria, que por três vezes se manifestou a ele. Uma vez, manifestou em um momento que se encontrava absolutamente sozinho, numa cidade onde não conhecia ninguém e que passava por necessidades de alimentação e locomoção. Após dois anos se manifestou novamente por meio de uma imagem com sinais diferentes na escultura e complementou no sonho da noite seguinte, lhe revelando algumas profecias para si. E na terceira vez, se manifestou quando fazia uma oração para um casal que apenas queria uma benção para cada um seguir seu rumo. No momento profundo de oração o casal se reconciliou – esta ultima aparição não foi propriamente a ele, mas ao cônjuge o qual fazia oração. Mas que a ele (pastor) ocorreu à revelação por ter sido descrito pelo cônjuge a semelhança da mulher que outrora aparecera a ele com roupa também semelhante.

Estas manifestações de Maria no primeiro momento não o fez abandonar o protestantismo, mas foi sua forma de pregar Maria que incomodava os outros pastores, pois, seu interesse foi tão profundo em saber mais sobre esta mulher (Maria) que mergulhava em livros e mais livros para conhecê-la melhor, e assim, sem que se desse conta suas pregações coincidiam com o pensamento da igreja católica. É bem verdade, que diante de tantos acontecimentos e manifestações de Maria o levou a ter um debate para discutir pontos divergentes entre os protestantes e o catolicismo com um sacerdote o qual saiu sem palavras diante respostas que obteve naquela conversa.
Diante suas reflexões, foi chamado pelos seus superiores a uma retratação, isto é, ou parava de falar de Maria, ou seria disciplinado – disciplinado para os protestantes é ser proibido de pregar (excomungado como se diz no catolicismo).

Algo muito profundo que ele disse quando teve a palavra no momento da interpelação foi: Sabe-se que os grandes profetas e pais da fé muitos deles foram grandes pecadores; Moises matou um homem; Davi – a menina dos olhos de Deus – para ter a mulher de Urias, o matou; Pedro negou Jesus por três vezes. No entanto, estes homens são citados com ênfase nas pregações. Então, porque Maria não deveria ter o mesmo tratamento dado, pois o Sim dela que trouxe a salvação ao mundo. E ainda, pediu aos pastores que citassem na bíblia um único pecado de Maria. Caso eles citassem, daquele momento em diante ele não falava mais de Maria em suas pregações. Um silêncio se fez, quando um pastor disse que ele era muito astuto, pois sabia que eles não tinham como responder, pois, na bíblia não havia nenhuma citação naquele sentido. A partir daquele momento foi convidado a deixar a igreja.

Daquele momento em diante sofreu muito, foram varias calunias, chegou até apanhar outras situações que passou nem quis comentar. Como começou a passar muitas dificuldades foi para casa de sua mãe com a esposa e filhos. Ao chegar à casa de sua mãe e ao saber que ele teria se tornado católico a primeira atitude foi colocá-lo para fora de casa, sem mesmo entrar porta adentro. No outro dia sua esposa também o abandonou.

Algo bonito deste ex pastor foi que diante todas estas provações, diante todas estas perdas, mesmo sem entender nada; mesmo sendo varias vezes convidados a repensar sua atitudes pelos pastores; mesmo sobre a pressão da mãe manteve firme na sua Fé, ainda que, por varias vezes sofria a falta de entendimento do que estava ocorrendo.

Após um ano e meio separado e firme na igreja católica, sentia uma angustia profunda, pois em suas palestras, em suas reflexões sempre falava dos valores da família, educação dos filhos e, no entanto, era uma pessoa separada. Então, este foi um dos pedidos que fez a Maria, para que o ajudasse a reconquistar sua família. Certa vez, no inicio de uma pregação na igreja, antes de iniciar, uma ministra da Eucaristia o aproxima e diz que uma mulher estava na entrada da igreja chamando-o. Ele pede que a ministra diga a mulher que assim que terminasse a pregação a atenderia, porém, a ministra retorna dizendo que a mulher dissera que era sua esposa. Nesta hora ele puxa o canto Maria de Nazaré, e vai ao encontro de sua esposa que lhe pede perdão dizendo que queria ser católica. A mesma atitude toma sua mãe (pede perdão) posteriormente, mesmo continuando evangélica, diz que independente a religião ela o amava muito.

Realmente, é um depoimento profundo, onde mostra os desígnios de Deus, e como Ele age na vida das pessoas. Traz a presença maternal de Maria e também como ela na sua mansidão se apresenta sempre nos momentos mais difíceis de seus filhos. Mas, sobretudo, um depoimento de um homem que mesmo criado numa doutrina rígida, fundamentalista é alguém aberto ao coração de Deus. Pela abertura de coração sai de si, de suas convicções religiosas e cede ao conhecimento, aprofundando nos ensinamentos da igreja católica, sendo fiel a suas origens cristãs, porem aberto ao novo, aberto a Fé.

Talvez Paulo se fosse um homem de cabeça dura e fundamentalista, jamais conseguiria ver Jesus no momento de sua conversão e assim, ceder ao cristianismo. Muitas vezes o homem até pode ser uma pessoa difícil e fiel a seus conhecimentos, parecendo ser uma pessoa de difícil abertura, porém, esta pessoa tem uma personalidade dura, mas um coração disponível e sincero. Esta é a diferença entre os homens espirituais sejam eles padres, pastores ou mesmo de outras espiritualidades.

Ataíde Lemos

Bodas de Caná; a figura de Maria e o vinho novo.



















          Gostaria de fazer uma reflexão sobre uma passagem evangélica onde Jesus transforma água em vinho numa festa de casamento. Passagem esta conhecida como Bodas de Caná da Galileia.
         Este evangelho é rico em detalhes, porque envolve a missão de Jesus, o papel de Maria. É um evangelho de profundos ensinamentos teológicos como também pode ser analisado sobre o aspecto humano e histórico de Jesus.
          Pois bem, numa primeira analise podemos perceber que Jesus não é contra a bebida; contra a festa; contra a alegria. Podemos estender nossa imaginação na certeza que Jesus também participava daquela festa, quem sabe até bebendo vinho com seus amigos, festejando o casamento. Então, neste sentido, não devemos endemonizar a bebida. O mal não é o que entra no homem, porém, sim o que sai da boca do homem. Não há pecado algum em se tomar bebidas alcoólicas, desde que, para esta pessoa ela (bebida) não seja motivo para o encorajamento ao pecado, ou que a pessoa não tenha uma doença química, ou mesmo, que o uso da bebida possa provocar outras doenças de ordem orgânica. Este discernimento deve partir do homem.
          Um outro ponto que devemos atentar é a presença de sua mãe. Maria está naquela festa, não apenas como simples convidada, pelo contrario, está trabalhando, está na cozinha e atenta a todas as preocupações da família e assim, vê o desespero quando em pleno casamento falta o principal para a festa; o vinho – que na passagem evangélica podemos deduzir o vinho tem como simbolismo a alegria. Quando Maria vai até Jesus pedir que faça algo, certamente em seu coração ela sabe que seu filho pode resolver aquela situação.
          O pedido de Maria podemos entender como uma intercessão feita por ela, não a pedido da família, mas pela sua própria vontade, por ver que a família se encontrava em situação difícil diante a falta do vinho.
          Maria está atenta a tudo que ocorre com seus filhos, ela não é uma figura histórica, mas sim atuante, presente e que sempre acolhe os pedidos de seus filhos e apresenta a Jesus. O máximo que Jesus responde a sua mãe diante nossos pedidos é que nossa hora ainda não chegou, e assim, ela caminha conosco nos momentos de agonia até chegar a nossa hora e Jesus realize as graças por ela pedida.
          Entre Jesus e o Pai há um único mediador e intercessor, porém entre a humanidade e Jesus há inúmeros intercessores, isto pode constatar nos próprios evangelhos. Quantas e quantas vezes Jesus realizou vários milagres a pedidos? O centurião é um exemplo, um homem que nem era seguidor de Jesus. Porque sua mãe não seria esta grande intercessora?
          Diante o pedido de sua mãe e a primeira resposta dele leva-nos a deduzir que Jesus tinha ciência de sua missão e assim, diz que sua hora ainda não chegou, porém não resiste ao apelo da mãe.
Outra vez Maria nos surpreende ao não questionar Jesus sobre sua resposta, mas pedir aos servos que fizessem tudo que seu filho mandasse. Aqui vemos que Maria tem plena consciência de seu papel como apenas intercessora e como serva.
          Por fim, o milagre da transformação da água em vinho é uma mensagem salvífica rica de interpretações. A transformação da água em vinho podemos refletir sobre a mudança do homem velho para o homem novo; podemos interpretar o vinho como o sangue de Jesus derramado na cruz e que libertou o homem do pecado; o vinho que foi transformado em sangue na ultima ceia e que santifica o homem; o vinho agora sangue de Cristo que é bebido e produz salvação, libertação transformação dá sabor a vida continuando a alegria da festa que é o Reino de Deus aqui na terra.

Ataíde Lemos

Quem é Maria para Deus e para a humanidade















          Deus criou o mundo e todas as coisas que nele há. Então, resolveu criar o homem a Sua Imagem e Semelhança para que também tivesse o Dom da criação e administrar cuidando de toda obra feita por Ele. E assim o fez, criou o homem e depois vendo que se sentia só criou a mulher. Sendo assim, todos somos criaturas de Deus.
          Pois bem, Deus para testar a fidelidade de sua mais nobre criação lhe ofereceu tudo, apenas que não comece a fruta de uma arvore que havia, mas o homem sentiu-se aguçado e estimulado pelo desejo de se igualar a Deus – ouviu a voz do demônio simbolizado por uma serpente desobedecendo assim seu Criador. Enfim, o homem aproveitando-se da liberdade – livre arbítrio e seduzido pelo mal pecou. A partir de então, o homem sentiu medo, vergonha e abriu-se para a ação do mal na humanidade.
          O fruto do pecado é a geração de mais pecados. Isto é, o fruto do pecado é a morte que pode aqui ser refletida como um mundo onde o espiritual é sucumbido pela natureza humana levando o homem a viver constantemente em sofrimentos procurando se encontrar por não sentir a plenitude de Deus em sua vida.
Deus vendo esta realidade, ou seja, o homem numa treva sem fim, no escuro e sem perspectiva de se encontrar se encarna na segunda pessoa de Seu Filho e envia-o a humanidade para seja Luz no mundo. Porém, Deus não tem pecado e não poderia vir como pecador, sendo assim, Ele preserva uma mulher do pecado a qual será por onde trará a Luz do mundo.
          Esta mulher é preparada com carinho, vem de um lar santo onde recebe toda formação espiritual. Todo um modelo de educação para que possa transmitir ao seu futuro filho (Jesus). Esta mulher, Deus lhe dá toda uma estrutura emocional de mansidão e sabedoria para ser a educadora e formadora de Jesus tanto espiritual como a de homem enquanto está em formação.
          O SIM de Maria simboliza o sim daqueles os quais não entendem o projeto de Deus, mas tem a certeza de Seu amor e que Nele tudo se faz. Representa o SIM dos corações que acreditam nas promessas de Deus.
          Jesus é o verdadeiro Deus, mas também verdadeiro homem, e como homem foi preservado do pecado. E este pecado subentende-se também o pecado de origem, por isso Maria foi preservada também deste pecado. Embora ela seja essencialmente humana é uma pessoa diferente de todos nós. Maria é uma pessoa especial diante aos olhos de Deus e assim, também todos nós humanos devemos olhá-la com um olhar especial.
          Maria como João Batista soube o momento de sair de cena, para que o mundo conhecesse a Luz. Soube aparecer nos momentos onde Deus necessitava de sua presença para mostrar a humanidade seu valor diante aos olhos Dele, bem como levar a humanidade a ouvi-la nos momentos oportunos e fundamentais.
          A entrega de Maria, pelo seu filho (Jesus), no momento em que se encontrava na cruz, não são palavras vazias ou de piedade por partede Jesus ao vê-la sofrendo diante sua morte, mas sim uma entrega de fato à humanidade como mãe. Ao mesmo tempo em que ele diz filho eis aí sua Mãe, diz Mulher eis aí seu filho. Desta forma ele (Jesus) está a entregando para nós e nos entregando para ela.

Ataíde Lemos

sábado, 19 de dezembro de 2009

Missa de Formatura
















          De repente o telefone toca, atendo, uma pessoa do outro lado me pede um favor; substituí-la numa celebração Eucarística como Ministro da Eucaristia. Era uma missa de Ação de Graças para recebimento de diploma de Curso Superior. Nunca havia participado de uma celebração como aquela. Aceitei e fiquei muito feliz por fazer parte daquele momento.
          A missa se deu num ginásio poliesportivo. Fiquei impressionado logo na chegada ao ver tanta beleza, pessoas bonitas de varias cidades. Aquele local nem parecia um ginásio esportivo, mais sim um teatro. Um ambiente totalmente lindo, decorado na mistura de cores branco e azul, fotógrafos aos montes, equipe de filmagem. Enfim, gente bonita circulando para todo lado.
          Num local reservava mais de duzentos assentos cada qual com o nome do formando o aguardava. Realmente, um cenário lindo que certamente impressionou todos que lá se encontravam. Eu - particularmente - fiquei deslumbrado com aquele ambiente.
          Iniciou-se a missa e caminhamos em procissão até o altar, os formandos vieram logo após, cada um ocupando seu lugar de destaque. Mais de dez minutos se levaram para que pudesse dar inicio a celebração tanto que eram aqueles que iriam receber seu diploma.
          Pois bem, meus olhos deslumbraram naquele momento ao olhar cada rosto daqueles formandos jovens, adultos, cabelos grisalhos, homens, mulheres, negros, brancos. Enfim, ali cada rosto brilhava de maneira particular e especial.
          Fiquei a refletir o que se passava na mente de cada um naquele momento. A satisfação do dever cumprido, as lutas para conseguir chegar ali, as noites e noites de sonos perdidos, as dificuldades financeiras ao longo da caminhada, a realização de um sonho, os livros e livros estudados, o conhecimento acadêmico adquirido...
           Mas, algo também me deixou um pouco triste, porque fiquei a refletir que muitas vezes o saber (conhecimento) nos afasta da verdade, faz aumentar a vaidade, aumenta o orgulho, desvirtua a humildade o pior de tudo é que para muitos é o afastar de Deus. O conhecimento acadêmico nos dá muitas respostas, nos coloca um grau acima no intelecto de grande maioria das pessoas e isto colabora para o afloramento da vaidade, da prepotência., da arrogância.
          A maior sabedoria está no amor; aquele que ama e que coloca este amor ao serviço do outro consegue desenvolver seu talento profissional e se completa nele. Aquele que consegue somar o conhecimento humano, com a Sabedoria do Alto atinge a plenitude da felicidade desejada e se realiza. A sabedoria de Deus está no viver do dia a dia. Está na experiência do cotidiano. A sabedoria de Deus está no sorriso de uma criança, nos olhos cansados de um ancião, na felicidade de uma família sem pão, sem teto, sem conforto. A sabedoria de Deus está numa doença. Enfim, a sabedoria está num gesto simples que nossos olhos possam enxergar.
           Depois de vários momentos de reflexão e de observar aquele acontecimento, de ouvir atentamente as palavras do celebrante ao mesmo tempo que corria meus olhos e pensamentos em todos aqueles semblantes e percebia a maravilhas de Deus, que sempre está construindo a humanidade dando o conhecimento intelectual acadêmico a tantos, para que através dele alguns ajudem na construção da sociedade.

Ataíde Lemos

domingo, 6 de dezembro de 2009

A missão do Cristão


















          Deus sempre chamou operários para a missão, seja no Antigo Testamento para preparar, anunciar e conduzir Seu povo para a vinda de Jesus como também chamou e chama pessoa para a missão de anunciar o Reino de Deus. Anunciar Jesus as nações. Não somente anunciar, mas levar o povo a acreditar no anuncio e viver esta maravilha.

           Porém, podemos observar através das escrituras que aqueles que foram chamados à missão, isto é, ao anuncio, primeiramente se colocaram diante de Deus, de Jesus sua pequenez. Reconhecem em primeiro lugar que não são dignos da missão por se sentirem pecadores. No entanto, mesmo com este reconhecimento da fragilidade humana, não resistem ao apelo de Deus. Através do chamado Deus purifica o coração e dá a Sabedoria Divina àqueles que aceitam este desafio.

           Quando falamos em humildade podemos observar a atitude de Paulo, que se coloca como indigno de anunciar o evangelho, nem mesmo considerando-se um apostolo, no entanto, diz que é pela graça que foi chamado e assume inteiramente a missão.

          Todos somos chamados para anunciar o Reino de Deus. Todos somos indignos desta missão, porém quando admitimos esta pequenez e nos dispomos usando as palavras de Maria “ faça-se em mim segundo a Tua vontade” e colocamos-nos a serviço, certamente também tornamos anunciadores do Reino de Deus.

          É necessário que sejamos discípulos de Jesus. Ser discípulo é ser um aprendiz; é deixar-se aprender por Jesus e ser seu imitador. Como em todos os tempos, é sempre um grande desafio anunciar Jesus, e nos tempos de hoje não é diferente. Estamos vivendo um mundo que prega uma ideologia de morte; que tenta nos induzir a acreditar que a vida é relativa. Por um lado, temos Deus que nos fala uma coisa por meio das Escrituras, por outro, temos o mundo que fala o contrario, que procura de todas as formas mostrar outro conceito de vida. Temos um Deus que anuncia o valor da Vida, enquanto que o mundo prega a morte através do aborto, da eutanásia, das drogas. Temos um Deus que anuncia o amor ao próximo, no entanto, vemos através da corrupção, através de políticos que colocamos como representantes criando leis de morte.

          Certamente, tudo o que vemos acontecer como as injustiças, a corrupção, a ideologia de morte ocorre porque Jesus ainda não foi anunciado, embora, muito falado. Ocorre devido a falta de operários para atender o apelo de Jesus e que assumem a missão de anunciá-lo, no entanto, preferem viver o comodismo da vida. Ocorre, devido ao homem não ouvir o chamado de Deus por estar muito envolvido com o mundo e preso a ele.

          O mundo fascina o homem, e assim ele não consegue desprender-se dele. O homem não consegue enxergar sua dimensão Divina e se prende as coisas pequenas. Sendo assim, apenas alguns conseguem desprende-lo dele (mundo) quando passa por uma profunda experiência de Deus em sua vida. Esta experiência muitas vezes vem pelo gosto amargo da dor.

          Finalizando, é importante que tenhamos a atitude de Pedro, de Paulo e de tantos outros profetas. Primeiramente, reconhecer a nossa pequenez; reconhecer que somos pecadores para que a partir daí, nos entregamos a Deus para que Ele nos de a Sabedoria Divina para sermos anunciadores do Seu Reino que também é nosso e assim, todos poderem de fato conhecer Jesus e serem transformados.

Ataíde Lemos

Somos únicos
















Somos únicos
Cujo oleiro foi Deus
Que modelou-nos
Inspirando em Seu amor
Nos fazendo semelhante.
Deu-nos vida, beleza
Amou-nos profundamente.
E a cada um de nós
Fez de maneira especial
Cada um é diferente
Mas no conjunto é igual.
Dentro de nós há chama
Que por mais que chova
Não se apaga
Esta chama é o amor
Semente que Deus plantou
No momento que nos criou.

Ataíde Lemos