domingo, 26 de junho de 2011

O Silencio do Auto Clero e dos Evangélicos


Tenho lido muitas manifestações contrárias a decisão do STF de se declarar à união homoafetiva como constituição familiar, ou seja, as pessoas do mesmo sexo podem se unir (casar-se) formando assim uma entidade familiar, gozando de todos os direitos.

Realmente, esta decisão do STF, pegou de surpresa a maioria da sociedade que, devido sua espiritualidade não concorda com esta posição, pois, segundos preceitos bíblicos esta união foge a valores espirituais e cristãos. A Bíblia diz: Gêneses 2,24 Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne... outra citação Mateus 19,5...e disse: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne”. Ou seja, partindo deste princípio aceitar a união de dois sexos iguais como família é ir contrariamente aos princípios bíblicos.

Ainda é preciso dizer que, segundo juristas e pessoas conhecedores do Direito, ao STF tomar esta decisão, ele extrapolou seu Poder, legislando, pois feriu a Constituição Federal, que considera uma instituição familiar homem e mulher. Segundos entendidos, o STF, julgou ato de preconceito e discriminação, não aceitar a união homoafetiva. Este tipo de interpretação é vago e muito amplo, pois levar uma interpretação por este pensamento, pode induzir varias ações que desfigure toda a Constituição Federal brasileira, pelos mesmos motivos.

Algo que me incomoda e, de certa forma, me assusta, é as Igrejas tanto a católica quanto as evangélicas manterem em silencio quanto a esta posição tomada pelo STF, em não mobilizar-se a sociedade para que se manifeste ou mesmo estimulando-a pressionar os parlamentares cristãos não aceitarem, ou então, mobilizar a sociedade revogar através de um PLC, elaborado por algum parlamentar ou mesmo incitar uma iniciativa popular para desfazer tal ato. Pelo contrario, vemos os lideres católicos como os evangélicos omissos até o momento, enquanto que a mídia, está veiculando constantemente matérias que levem a sociedade aceitar este tipo de casamento, haja vista, que ela tem dado muitos espaços midiáticos enfatizando como positiva a decisão do STF.

Gostaria de ressaltar que uma coisa é o preconceito e discriminação, isto jamais deve ser aceito, mas outra é compactuar com algo que se considere errado. Um exemplo clássico que coloco como parâmetro é a questão do preso, não deve discriminar ou ter preconceito em relação alguém que cometeu um delito e está preso, mas jamais pode compactuar com as suas atitudes delituosas. Ou seja, respeitar sempre o Ser humano, no entanto, não compactuar concordando com suas atitudes.

O que mais se tem colocado é que a família é à base da sociedade e as Leis são instrumentos usados para garantir o direito, inclusive o da família. Sendo assim, uma mudança substancial como foi determinado pelo STF, pegou a sociedade de surpresa, pela forma como ocorreu. Segundo muitos, esta decisão foi mais ideológica do que fundamentada na Lei Maior que é a Constituição Federal. Pois, certamente, se esta questão fosse discutida por aqueles que tem a prerrogativa de mudarem a Constituição, esta mudança não teria acontecida da forma como ocorreu. Onze juizes decidiram uma mudança constitucional e substancial que mudou toda a concepção e estrutura de família, em detrimento  a de mais de 600 delegados, eleitos e que representam a sociedade como um todo. Esta atitude foi um golpe de Estado contra a sociedade e contra o Legislativo.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

sábado, 25 de junho de 2011

Quem é Jesus?


Em uma passagem no evangelho Jesus pergunta para seus apóstolos: No dizer do povo, quem é o Filho do Homem? Responderam: Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!

Trazendo esta mesma indagação feita por Jesus para a sociedade de hoje a cada um de nós de maneira particular, qual seria nossa resposta? É difícil responder esta pergunta, porque ela nos compromete e nos remete a uma transformação radical de vida. Talvez saibamos teoricamente, o que não temos, é a coragem de assumir de fato quem é ele e agimos como aquele jovem rico.

Caso o olharmos como um grande homem que esteve no meio de nós e nos ensinou, deixando seu legado e que através de seus atos e palavras nos ajudou a compreender um pouco mais sobre o amor ao próximo, acredito que, tornou-se importante sua existência, mas ainda assim, não leva-nos a compromissos, ou seja, transformações substanciais interiormente.

Se não soubermos quem é ele, então temos que buscar a conhece-lo de maneira mais profunda, e certamente, este conhecimento nos provocará a mudanças. Na verdade, o que ocorre é que, temos certos conceitos e atitudes que não queremos abrir mão deles, neste caso, viver a ignorância para muitos é a melhor maneira de não se comprometer com a ética, com a fé, com o irmão, com os valores morais, com a vida e sobretudo, com o corpo.

Agora, se realmente sabemos quem é Jesus, ai então, acabamos sendo responsáveis pelos nossos atos, mas por outro lado, esta revelação já é a manifestação do próprio Espírito Santo. Sendo assim, esta manifestação significa dizer que, aquele que de fato sabe quem é Jesus sua vida já se encontra em comunhão com ele.

O Ser humano vive num constante conflito interior. O conflito entre a carne e o Espírito. A carne vem do humano é corruptível, já o Espírito vem de Deus é Santificado. A carne sofre as influencias da matéria, do mundo, alias, é composta da própria matéria por elementos físicos e químicos existentes na natureza. O Espírito, pelo contrario, é transcendental, é a essência de Deus no Homem. Por meio do Espírito Deus vem santificar a carne. Vem trazer a santidade a está matéria.

Quando compreendemos quem é Jesus somos movidos a uma mudança radical aos compromissos desta descoberta, somos capazes de perceber nossa força nele, e então, enfrentamos nossas dificuldades, lutamos de maneira concreta anunciando, denunciando e construindo o Reino de Deus através de nossas ações e, sobretudo, na busca desta santificação do homem por inteiro.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

sábado, 11 de junho de 2011

Em nome dos Direitos Humanos



Algo que tem me surpreendido e deixado preocupado é a evolução da sociedade em relação aos Direitos Humanos, com destaque ao Brasil. Pois, de maneira sorrateira pouco a pouco está disseminando e implantando uma ideologia que vai sufocando a liberdade de expressão em nome desta mesma liberdade. Em breve, algum representante dos Direitos Humanos mobilizará deputados para que se crie uma Lei que proíba a publicação, leitura e reflexão da Bíblia, punindo com prisão àqueles que estiverem portando uma Bíblia ou fazendo alguns comentários de seus textos, já que este livro, embora, seja lido por quase toda população mundial fere de forma agressiva os Diretos Humanos. Como exemplo, cito apenas que no seu primeiro livro em que está escrito que Deus fez a mulher para o homem, ou seja, este versículo já coloca o homem acima da mulher e também age de forma preconceituosa contra os homossexuais neste mesmo texto. Enfim, quem estiver portando Bíblia estará fazendo apologia ao preconceito e estará ferindo os Direitos Humanos.

Com esta nova Lei que em breve os representantes dos Direitos Humanos proporão e que os representantes (parlamentares), eleitos por nós e que na maioria usam das religiões para se elegerem, irão aprovar em nome dos Direitos Humanos e da minorias que se sentem discriminadas por tais citações bíblicas.  Estes mesmos, também deverão propor Leis que proíbem  as praticas religiosas, sejam elas quais forem, pois todas as doutrinas, sem distinção, ferem os Direitos Humanos, por fazerem criticas a outros credos, as tendências e liberdades sexuais. 
É importante ressaltar que este processo de acabar com a espiritualidade e de banir algumas doutrinas em nome dos Direitos Humanos, deu-se inicio com o grande debate que volta e meia surge sobre a retirada dos crucifixos das repartições públicas, pois a minoria possui outros credos e sentem-se ofendidos por este símbolo alegando que deve ser proibido, pois, se o Estado é laico por que ter crucifixo em repartições públicas como escolas, hospitais, etc.? Ao invés de liberar outros símbolos, acham-se por bem retirar os crucifixos, alias, acredito que pelo andar da carruagem é melhor que se tire mesmo, pois Ele (Jesus) deve sentir-se envergonhado de estar em determinadas repartições que há injustiças, corrupções, imoralidade, etc. O crucifixo exposto nestes locais, de certa forma, é como se estivesse abençoando a vergonha. Enfim, o crucifixo que antes de Jesus era sinal de maldição, e que a partir de sua morte na cruz, torna-se sinal de salvação, novamente retorna ao seu sentido de origem

Outra proposta que podem também ser questionadas por alguns grupos é a mudança de nomes de Estados, cidades, avenidas, ruas, etc. pois, já que nem todos acreditam em santos, não é justo que tenha que pronunciar: São..., Santo... ao referir-se a um Estado, cidade, bairro, avenida, rua, etc.

Pois bem, esta é uma critica que faço, por ver que muitos cristãos acabam permanecendo em silencio omitido suas posições, não defendendo o evangelho. Enfim, mantendo-se passivos diante uma ideologia que está se construindo e conseguindo implantar seus alicerces e que, de alguma forma vai se cumprindo a profecia, no qual, se diz que; chegará um tempo que viver a espiritualidade terá ser as escondidas. Que as pessoas terão que omitir os símbolos sagrados, pois serão perseguidos. No entanto, é preciso ressaltar que isto começa a acontecer pela própria omissão dos cristãos que vão se calando e, em alguns casos, concordando com Leis que tiram possibilidades de anunciar o evangelho. 

Ataíde Lemos 
Escritor e poeta

domingo, 5 de junho de 2011

Reflexão da Palavra de Deus e de Jesus.



     Refletindo a palavra de Deus; na primeira leitura podemos observar que a palavra de Amós acaba trazendo incomodo aquele povo que vivia de forma errada. Muitos acreditavam que Amós era um vidente, um mago e assim, temiam por ele. Suas palavras eram fel para aquele povo. Então, Amós diz que é apenas alguém que Deus escolheu tirando do pastoreio para anunciar e profetizar, pedir para aquele povo a conversão e denunciar os erros que vinham cometendo.


     Trazendo para os dias de hoje, também podemos ver que Deus muitas vezes revela suas palavras a tantos para que mudem de vida, para que reflitam suas atitudes diante seus erros. Deus está sempre disposto a nos orientar através de tantos acontecimentos em nossa vida no dia a dia. Sempre por meio de pessoas do nosso meio procura também trazer palavras de mudança e de conversão.


     O salmo vem dar continuidade a primeira leitura nos pedindo que escutemos o Senhor, Ele vem trazer palavras de paz, de sabedoria. E aquele que tem o coração sensível se volta para Ele.


     Deus é fidelidade, é amor, é bondade e todo aquele que escuta Sua voz, procura fazer com que a vontade de Deus aconteça e se volta para o Senhor se torna  também detentor da graça, do amor e da misericórdia promovendo paz e justiça.


     Mesmo que possamos passar por tribulações a Palavra de Deus é promessa, e assim ela pode fazer com que nossa vida mesmo com dificuldades seja repleta de paz e transbordante de alegria.


     A palavra do salmo nos promete que a fidelidade para a Palavra de Deus faz que se produza em nós frutos e  justiça e que, sempre caminha ao lado daquele que ouve e segue as palavras de Deus.


     A leitura de Paulo inicia louvando a Deus que deste o sempre já nos escolheu para participar do Reino da Gloria. A nossa vocação é a de santidade. E em Jesus todos somos convidados e confirmados como filhos de Deus, basta que aceitamos como nosso Salvador e Redentor.


     Pela sua morte; pelo seu sangue somos redimidos e lavados de todos os pecados. Em Jesus fomos escolhidos e predestinados a salvação. Jesus é o penhor da nossa herança, isto significa dizer que Jesus é aquele que garante, e avaliza ao Pai cada um de nós.


     Seriamos capazes de avalizar uma nota promissória sem um valor definido a qualquer pessoa? Pois bem, é isso que Jesus nos proporcionou, ser avalista nosso ao Pai. Esta é nossa garantia da Salvação.


     Estas palavras são profundas e que devem ser refletidas de forma plena, quem é Jesus? Jesus é aquele que salva, que nos garante a vida eterna, e não apenas um homem como qualquer outro líder mundial que fez história. Devemos sempre estar atentos a isto, respeitando seu nome e acreditando, vivendo profundamente suas palavras e seus ensinamentos.


     No evangelho Marcos nos mostra a missão de Jesus que estende a todos seus discípulos e cada um de nós, anunciá-lo. Anunciar o que? Anunciar o que acabamos de ler e refletir quem é Jesus.


     Nos pede que vamos de um a um, entremos nas casas, não tenhamos medo e anunciamos a Boa Nova, a Palavra que salva e que liberta. Que anunciamos ao mundo hoje quem é Jesus, o Verbo Encarnado que está presente no meio de nós. Jesus pede que anunciamos que Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Pede que anunciamos que O Reino de Deus é aqui e agora, pois Jesus está no meio de nós.


     Meus queridos irmãos se hoje vivemos um mundo tão violento, tão cheio de pecado como a corrupção, como tantas e tantas doenças, como a exclusão social, isto se deve porque este Jesus, este Deus que está no meio de nós ainda não é conhecido, infelizmente até por nós mesmos.


     Muitas vezes somos bons e rápidos no falar, mas lendo no entender e agir. Ainda vivemos nossa fé de maneira pessoal e informal, talvez porque ainda não tomamos posse de maneira plena deste Deus Conosco. Não tomamos posse ainda do Reino de Deus, e assim, não somos suficientes maduros, corajosos para sair pregando e anunciando Jesus. 
Ataíde Lemos
Escritor e Poeta

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Meu Rochedo



Quando surge a tempestade
Refugio-me em teu abrigo
Por ter em ti grande amigo.
Minh’alma de festa invade
Retorna-me toda a alegria
Trazendo paz ao coração
Que de deu amor irradia.

Ao me encontrar perdido
Sem luz em meu caminho
Vem com todo seu carinho
E por você sou protegido.
Tudo transforma em novo
Regresso a minha caminhada
Mais alegre e mais vigoroso.

É meu rochedo e fortaleza
Meu começo, meio e fim
Permanecendo em mim.
É a minha única certeza
Em quem posso confiar
Mesmo contra correnteza
Não me deixa naufragar.

Ataíde Lemos