domingo, 15 de agosto de 2010

Maria presente de Deus



Fecho meus olhos
Estendo aos céus uma prece
Meu coração entra em sintonia
E falo com Jesus
Pela intercessão da Virgem Maria

Sempre me abrigo em seu colo
Quando quero falar com Jesus
Pois ela é minha mãe
E também é a mãe da Luz.

Maria me aproxima mais de Jesus
Pois, como filhos somos irmãos
E como mãe não tem preferências
Temos o mesmo espaço em seu coração.

É tão bom buscar sua companhia
Seu calor materno me aquece
Sinto segurança e alegria.
Neste seu imenso amor que me protege.

É maravilhoso sentir sua presença terna
Ficar horas olhando sua imagem pequena
Com um olhar meigo, sereno, acalentador
No coração trazendo-me uma mensagem de amor

Maria um presente de Deus
Estrela da manha que nos guia
Que com carinho Ele nos deu
Canal de graça e paz para o dia a dia.


Ataíde Lemos

Rezando com Maria



Quero fechar meus olhos
Juntar-me a ti mãe
Sentir tua presença
Rezando comigo
Louvando a Deus
Agradecendo a vida
Todas as maravilhas
Como as temperes
Que também passo
Pois sei que nada
É por um simples acaso
Tudo tem um propósito
Para meu crescimento
E fortalecimento da vida.

Quero juntar-me a Ti
Mãe querida e amiga
Que sempre se faz presente
Cobrindo-me com seu manto
Protegendo-me do frio
Atenuando o medo
Que às vezes me invade
Sempre me apresentando
Ao seu filho Jesus. 


Ataíde Lemos

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Família berço das vocações




A família é a primeira igreja (a igreja célula), sendo assim é dela a responsabilidade sobre o crescimento espiritual dos filhos. É dela o dever de repassar a eles valores e princípios evangélicos como também tem a missão da formação, da educação dos valores humanos universais. Esta é uma missão que não pode ser transferida para os educadores, nem para os catequistas e padres, pelo contrario, eles são co-responsáveis.  A Semana da Família deve provocar em nós todas estas reflexões.

A palavra vocação é sinônima de chamado e todo chamado precede de dons que precisam ser lapidados e conduzidos para o bem. Neste sentido, cabe a família através do exemplo, do amor e da educação fazerem que a vocação, os dons de seus filhos não se percam ou sejam usados para si próprio de maneira egoísta, ou seja, permitir que os dons constroem as diferenças, os preconceitos.

Outro fator muito importante é que, a primeira vocação que recebemos de Deus é a vocação para vida. Uma vida que seja construída dentro do princípio do amor seguindo preceitos evangélicos para que leve o homem de fato a viver sua vida em plenitude.

 Quando observamos hoje tanta falta de amor, tanto egoísmo, drogas, etc. certamente isto se deve também à falta de uma vivencia no amor a Deus. Sendo assim, nos tempos de hoje torna-se ainda mais importante a presença e a ação da família, para que os filhos vivam a vocação que é, saber conduzir suas vidas sempre pautadas no amor a Deus e ao próximo para que possam atingir a felicidade verdadeira.

Todos são chamados a uma missão neste mundo, para que esta missão aconteça Deus a cada um de maneira singular concede dons específicos e assim, pouco a pouco nós vamos descobrindo qual é nossa verdadeira vocação. Estas vocações são diversas, para uns a vocação ao casamento, outros são vocacionados a viver uma vida inteira de doação que está no chamado especifico ao serviço ao Reino de Deus na vida religiosa. Enfim, vocações diversas, porém todas como um fundamento essencial que é exercer sua missão na humanidade, se realizando nela e também se realizando como filho de Deus. Novamente vemos aqui o papel da família em ser berço onde os filhos podem de fato receber o alimento espiritual, o alimento do amor para que possam crescer e se encontrar de fato com sua missão.

A Semana da Família nos proporciona refletir a vocação que está relacionada à formação profissional dos filhos também. Vivemos uma realidade em que muitos pais projetam nos filhos suas frustrações em termo de realizações profissionais ou mesmo seu sucesso em áreas em que atuam e assim, querem que seus filhos realizem seus desejos não permitindo a eles fazerem aquilo os quais  são vocacionados. Quantos e quantos maus profissionais encontramos em tantas áreas? Evidentemente esta triste realidade está na escolha errada das profissões, forçada muitas vezes pela pressão da família. Tudo isto precisamos refletir, pois a família tem este papel importante em ser celeiro impulsionando  a realização vocacional de seus filhos.

Por fim, uma das grandes vocações a qual somos chamados é ser família. Infelizmente, está se perdendo o conceito do que é família. Estamos vivendo uma cultura que está levando a morte esta instituição Sacramental, chamada Família.  Cada dia o conceito de família vai sendo mudada pela mídia, por leis que estão sendo aprovadas com consentimentos de famílias cristãs, muitas delas que participam regularmente nas igrejas. Cada dia está sendo limitado a liberdade religiosa, e assim sufocando a espiritualidade. Esta é uma verdade que está acontecendo e que nós enquanto famílias precisamos estar atentos.

Muitas vezes no intuito de serem modernas, de satisfazerem para manter-se dentro de uma cultura social, famílias estão perdendo suas referências espirituais. Estão vivendo uma cultura de morte, deixando-se ser levadas pelas propagandas enganosas do demônio que é o pai e autor da mentira. As famílias estão cada vez mais sendo permissivas, sendo favoráveis ao aborto, à união de pessoas do mesmo sexo. Sendo a favor da liberação das drogas, enfim, estão aderindo tudo aquilo que atenta à vida, praticando o antievangelho. Enfim, as famílias estão perdendo sua vocação de ser Igreja.

Um dos objetivos da CNBB em criar a Semana da Família vem de encontro com esta realidade, isto é, uma preocupação do desmonte desta vocação e sacramento que é a família. Portanto que Deus possa levar-nos a muitas reflexões sobre a verdadeira missão da família para que de fato possa ser um grande celeiro de vocações.


Ataíde Lemos  

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Parábola do Bom Samaritano



            Jesus conhece o coração humano. Sempre me prendo em uma de suas palavras “Deus não julga o homem pelas aparências, mas sim pelo coração”. Certamente, neste seu falar, Jesus vem derrubar as máscaras que muitas vezes existem em nós, de nos acharmos maiores que outros porque vivemos uma espiritualidade de preceitos e assim, nos consideramos os eleitos agindo como apartados do mundo, ou então, olhamos nossos irmãos com um olhar de cima para baixo. Pessoas assim, têm um diferencial grave que é, humilhar aqueles que de repente não tem a mesma experiência teórica de Deus; digo teórico por entender que, aqueles que mais têm a experiência de Deus em suas vidas são os que se deixam ser amados por Deus e vivem este amor na sua pratica, ainda que não tenham o conhecimento e não se despertaram para a aproximação de Deus nas suas vidas.

            Não quero aqui dizer que as pessoas não devam buscar Deus através do conhecimento por meio de Sua Palavra, através dos cultos ou da missa. Enfim, por uma vida espiritual praticante, pois, sem duvida a vida de igreja nos torna mais próximos de Deus e do irmão nos levando ao conhecimento de que todos somos discípulos e temos como missão ser um outro Cristo, e  assim poder dizer; “já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim”. 

            Na passagem evangélica do bom samaritano o questionamento feito por um conhecedor da lei era criar certo constrangimento se julgando mais conhecedor da Palavra que o próprio Jesus. Na verdade, ele já tinha de cor e salteado toda escritura em sua mente, porém Jesus conhecendo seu coração diz que também é necessário amar o próximo como a si mesmo, e por meio da parábola do bom samaritano, mostra que amar o próximo não é apenas sentir-se compaixão, mas é agir na ação, é olhar o outro e amá-lo como amamos a nós mesmos.

            Talvez o que falta em muitos corações é amar-se a si mesmo. Muitas vezes o egoísmo, o orgulho, a vaidade ou mesmo as carências existenciais acaba ofuscando o amor próprio, impedindo que a pessoa se ame – na essência da palavra.  E esta falta de amor por si mesmo, não permite que veja no outro a face de Cristo, e assim, age com indiferença ao sofrimento humano, ou mesmo tem sempre como ponto de partida o seu próprio bem – fruto do egoísmo – não ampliando ou fortalecendo dentro de si a pratica da luta pela vida na sua total dimensão.

            Certamente, o amor do homem por ele mesmo o leva transbordar e irradiar este amor por todos os lugares por onde esteja. Também o leva a compadecer e desejar para o outro este mesmo amor existente em si mesmo, levando-o a viver a pratica do amor e da caridade. Porém, uma caridade fundamentada em Cristo, não uma caridade apenas filantrópica. 

            Finalizando, amar a Deus é seguir os preceitos bíblicos, mas também ver o rosto de Cristo que está em cada irmão, seja ele quem for. O fundamental para aqueles que se dizem ser seus discípulos de Jesus é de fato agir como aquele viajante que, ao ver um homem caído, ferido não olha apenas com compaixão, mas tem compaixão com gestos concretos.

Ataíde Lemos