Jesus e a tentação no deserto

 

Jesus e a tentação no deserto

 

Gostaria de deixar uma pequena reflexão sobre o evangelho em que narra a tentação sofrida por Jesus no deserto.

Pois bem,  desde o começo; Deus (Santíssima Trindade) criou os anjos e Lúcifer, que rebelou-se contra Deus. Então, Lúcifer e sua legião de seguidores foram expulsos do céu. No entanto, eles sabiam que eram criaturas feitas por Deus e portanto, sabem que a criatura não é maior que seu criador.

Antes de Eva e Adão pecarem a Palavra diz que eles viviam em estado de graça, ou seja, tinham tudo como, por exemplo, a presença de Deus, tinham vastos alimentos. Enfim, viviam na plenitude da felicidade e da presença de Deus passeando com eles. Porém, não resistiram a tentação.

Já no caso de Jesus, foi ao contrário, ele tinha a presença do Pai e do Espirito Santo, mas, como homem se encontrava debilitado, com fome, sede, etc. condições estas propicia para a tentação do Demônio.

Imaginamos se Jesus cedesse as tentações o que significaria? Significaria que todo projeto de Deus cairia por terra e mais do que isto, o Demônio reinaria aqui na terra (como já reina) e também nos céus. Ou seja, este acontecimento da tentação no deserto é de suma importância. Portanto, Deus na Santíssima Trindade foi colocado a prova e se Jesus cedesse, a humanidade estaria condenada eternamente ao inferno e não haveria o sacrifício da cruz, mas, apenas o mal eterno.

Percebem o que está por trás desta tentação do Demônio a Cristo? E também a ousadia do dele? E isto, se confina quando Jesus responde para o Demônio “Não tentarás o Senhor teu Deus...”. Nesta fala Jesus repreende o Demônio e submete-o ao seu lugar, isto é, criatura feita por Deus. Jesus, impõe toda sua autoridade e o Demônio não tem outra coisa senão deixa-lo em paz naquele momento. Reforçando novamente, naquele episódio o Demônio procurou destruir o plano de Deus novamente como fez com Adão e Eva. Porém, no deserto foi mais grave, ele não tentou pessoas humanas e sim, o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo.

Remetendo-se para nós, quando Jesus nos pede oração, penitencia e piedade está no dizendo que somente estas três ações que pode fazer com que vençamos as tentações e ciladas do Demônio. Não é que Jesus está exigindo de nós sacrifícios, porque o sacrifício ele já fez na cruz, mas está  nos alertando que somente por meio da oração, piedade e penitencia conseguimos a felicidade na terra e não cairmos nas armadilhas do Demônio .

Terminando, Deus é amor e seu amor é infinito, Ele (Deus) conhece o Demônio e sabe o que ele é capaz de fazer conosco. Nós somos semelhante uma criança de 2, 3 anos nas mãos de um pedófilo ou pessoa má capaz de tudo e sem estas recomendações (oração, penitencia e piedade) de Deus somos presas frágeis e fáceis. A oração, a penitencia e a piedade são as Mãos de Deus nos conduzindo e protegendo das investidas do Demônio, bem como, praticarmos os 10 mandamentos e nos mostrando o verdadeiro sentido e alegria da vida aqui e na eternidade.

 

Ataíde Lemos

Meu Senhor e meu Deus

 

Meu Senhor e meu Deus 

Tenho vivido uma mudança que tem me feito bem, porque tenho descoberto quão grande é o amor de Deus por mim. Na verdade, estou voltando a um amor antigo. Um amor que sempre me fez bem, embora, eu o amava e ele fazia minhas vontades, atendia meus pedidos, eu não dava o devido valor. Agia como aquele filho que tem tudo dos pais, mas, quer mais, não o respeita e vive só magoando-os e entristecendo o coração deles.

Sei que estou num processo de conversão e tenho ficado assustado porque sou muito pequeno e miserável diante a sua grandeza, mas, principalmente, o seu amor que tens por mim. Me vejo, como um miserável ao estudar um pouco a vida dos santos e como foram penitentes, como se abandonaram em Jesus e olho para mim e vejo como tenho dificuldades de fazer o mínimo por Deus.

Sinto um miserável, pois, mesmo sabendo que Jesus está presente na Eucaristia com seu corpo, sangue, alma e divindade, realizando todos os dias o maior milagre nas santas missas impossível até de descrever e eu continuar cego e sem sensibilidade para abandonar-me em Deus.

Sinto miserável ao deparar-me que qualquer angustia, qualquer situação negativa me entristece sem ter a força espiritual para abandonar-me em Deus na minha pequenez de fé. Sinto miserável em não rezar como deveria e manter a maior parte da minha vida apegada ao mundo não resistindo as tentações do Demônio.

Porém, o que me alegra é saber que mesmo nesta minha miséria o Senhor permanece comigo, me fortalecendo, cuidando de mim e realizando sua obra neste miserável servo inútil.

Hoje Senhor paro por aqui, mas, certamente, voltarei para te contemplar e abrir meu coração para Ti, mesmo sabendo que já me conhece desde o sempre.

 

Ataíde Lemos