domingo, 27 de novembro de 2011

Tempo do Advento


Estamos vivendo o tempo do advento, um período de preparação para chegada de Jesus. Pois bem, desde o inicio da história da salvação, logo no primeiro livro em Gênesis Deus já anuncia a vinda de seu filho como promessa para a restauração da humanidade. Em Gênesis 3,15 lemos; “Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar." Nestas palavras ditas logo no principio da bíblia, Deus dá inicio ao advento, ou seja, pelo sim de Maria inicia a Aliança derradeira.

Penso que, ao refletimos Deus em nossa vida precisamos apenas ter um coração humilde e perceber que Ele não é alguém que foi idealizado por um povo para que vivêssemos uma vida dentro de determinados valores, preceitos e regra Deus, é muito mais que isso, como a Palavra diz; Ele é AMOR.

Quando o homem – segundo a história da salvação – pecou, passou ter uma vida de sofrimento, passou ter vergonha de si mesmo, com esta atitude se escondeu da Luz. Deus vendo esta realidade, esta situação de baixa auto estima, de morte fruto do pecado, anuncia a vinda de Jesus sendo a Luz do mundo.

Pois bem, o Antigo Testamento dá seu lugar ao Novo quando esta promessa se cumpre através do SIM de Maria. Naquele momento, o Espírito Santo fecunda seu Ser e o Verbo Divino que se faz homem. A primeira manifestação no homem da Santíssima Trindade se dá em Maria. Ela é o primeiro templo vivo da Trindade. Por isso, tal saudação de Isabel; "Ave te Cheia de Graça."

Jesus, vem ao mundo para resgatar a humanidade, para devolver a vida ao homem, sendo assim, Deus é o Deus da vida e não da morte. É neste sentido, que todo aquele que se diz cristão tem por dever, por obrigação ser o defensor da vida. É por isso, que o cristão deve ser contra o aborto, contra as drogas, contra a eutanásia. Enfim, por isso, que todo cristão não deve aderir à cultura da morte. Pois, se Deus na sua infinita misericórdia restaura a vida ao homem, como nós, seus seguidores poderemos ser contrario? Ou seja, sermos favoráveis a morte como nos casos citados acima?

Por mais que Deus seja Amor, não dá para compreender que Ele seja omisso para com pessoas que, mesmo dizendo amá-lo, tenha sua mente fixada na culturas de morte. O advento serve para esta reflexão individual sobre nosso comportamento em relação à vida e o compromisso com a prática do amor, da caridade, mas principalmente discernir qual o Deus professamos em nosso cotidiano; o Deus da Vida ou o Deus da morte.

Celebrar o advento é refletir dois pontos fundamentais; um é reviver o mistério da vida, da promessa de Deus a humanidade, todos os fatos e acontecimentos até a vinda de Jesus. É observar em cada livro do Antigo Testamento as profecias que direcionaram no cumprimento das Palavras de Deus até o nascimento de Jesus. É perceber as franquezas e as virtudes de um povo que caminha na esperança da promessa feita logo no primeiro livro da bíblia.

Celebrar o advento é refletir sobre nossa vida, sobre nossa caminhada não mais para a instauração do Reino de Deus, pois ele já se encontra no meio de nós, mas é refletir nosso encontro com Deus definitivamente, ou seja, estar preparado para o encontro definitivo com Deus na nossa partida, como estar preparado para a sua segunda vinda.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta
Adquira o livro O Abraços do Pai - Poesias, Pensamentos e Reflexões 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Dai de graça o que de graça receberdes.


Quantas vezes surpreendemos com certos dons que temos. Algo que não sabemos explicar como surge e como o dom cada vez mais se estrutura dentro de nós.

Maravilho-me quando vejo um musico dedilhar um violão, uma facilidade nos movimentos com os dedos, um ouvido apurado em captar sons. Enfim, como num simples ouvir, muitas vezes sem conhecimento algum de notas musicais, de técnica é capaz de tocar com total maestria.

Maravilho-me com a habilidade do pintor que com uma facilidade imensurável faz obras de artes lindas. Suas mãos deslizam na tela e vão traçando formas com uma facilidade impressionante. Maravilho-me com a voz e o ritmo super afinado do cantor. Maravilho-me com a inspiração do escritor, do poeta que escreve como musica, tem uma mente fértil capaz de construir lindas obras. Maravilho-me com a habilidade do interprete; a categoria e agilidade do esportista. Enfim, são dons naturais e individuais que muitas vezes o próprio artista não sabe explicar.

Realmente cada um de nós tem grandes dons que para alguns tornam explícitos, porque são manifestados mexendo com os sentimentos, a alma das pessoas. No entanto, a tantos outros dons maravilhosos como a paciência, a eloqüência no falar. Outros ainda têm uma facilidade em liderança capaz de fazer discípulos.

Pois bem, em uma parábola Jesus conta que um administrador saiu para uma viagem e distribuiu à três empregados uma quantidade de talentos. A cada um deu uma quantidade segundo sua vontade. Ao retornar da viagem foi ter com os empregados para prestarem conta. Dois deles apresentaram o dobro do que haviam recebido. Porem, o outro devolveu o mesmo que recebeu. Então, o administrador o advertir por não ter feito que aquele talento se multiplicasse e se enfureceu mais ainda pela resposta que deu ao administrador, pois ele (empregado) o conhecia perfeitamente. Este é um simples resumo da parábola.

Deus nos dá dons especiais durante toda nossa existência, não exige de nós nada, não vive nos cobrando por este presente. Não deseja que vivamos alienados fora do mundo, pelo contrario, Ele deseja que aprimoramos estes Dons, estes Talentos para transformar o mundo mais alegre, mais bonito, mais humano. Sendo assim, por este presente é importante que reconheçamos que os Dons vem de Deus e assim, também retribuir pelo mesmo Dom para exaltar, louvar e bendizer o nome Dele. Como o mundo seria mais humano, mais divinizado se aqueles que têm o Dom da musica dedicasse um tempo de sua arte para elevar o nome de Deus? Se os pintores fizessem quadros que levasse o homem pelo sentimento a meditar e entrar em contato com Deus? Se o cantor, o interprete usasse destes Dons para levar pessoas pela emoção a mergulhar no amor de Deus? Se os escritores, poetas através da inspiração colaborassem para que as pessoas se amassem mais e descobrissem o significado da vida e do amor? Certamente viveríamos mais no contato com Deus. Estariamos retribuindo com pouco do muito que Ele nos dá.

Não tenho duvidas que quanto mais se faça reconhecendo que tudo vem de Deus e deve ser também colocado a serviço Dele o homem se realizaria mais e como conseqüência receberia graça em abundancia destes Dons.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Cântico de Maria



“Minha alma glorifica ao Senhor
Meu espírito exulta de alegria
Em Deus, meu Salvador
Porque olhou para sua pobre serva.
Porque realizou em mim maravilhas”.

Palavras de Maria ao visitar sua prima,
Mas que podem ser proclamadas
Por aqueles que um dia
Pôde viver esta mesma alegria
Quando em sua vida recebeu
A graça que Deus lhe concedeu.

O cântico de Maria é uma Ação de Graças
Pelo Amor que em si se fez
O cântico de Maria é um agradecimento
Uma exaltação que veio do sentimento.
Pela maravilha que em seu ventre aconteceu

O cântico de Maria é um exemplo a seguir
Para o coração que não vive a dormir.
Que sente e agradece em louvor
A manifestação do Deus Amor.

Ataíde Lemos

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Missa de Formatura



De repente o telefone toca, atendo, uma pessoa do outro lado me pede um favor; substituí-la numa celebração Eucarística como Ministro da Eucaristia. Era uma missa de Ação de Graças para recebimento de diploma de Curso Superior. Nunca havia participado de uma celebração como aquela. Aceitei e fiquei muito feliz por fazer parte daquele momento.

A missa se deu num ginásio poliesportivo. Fiquei impressionado logo na chegada ao ver tanta beleza, pessoas bonitas de varias cidades. Aquele local nem parecia um ginásio esportivo, mais sim um teatro. Um ambiente totalmente lindo, decorado na mistura de cores branco e azul, fotógrafos aos montes, equipe de filmagem. Enfim, gente bonita circulando para todo lado.

Num local reservava mais de duzentos assentos cada qual com o nome do formando o aguardava. Realmente, um cenário lindo que certamente impressionou todos que lá se encontravam. Eu - particularmnte - fiquei deslumbrado com aquele ambiente.

Iniciou-se a missa e caminhamos em procissão até o altar, os formandos vieram logo após, cada um ocupando seu lugar de destaque. Mais de dez minutos se levaram para que pudesse dar inicio a celebração tanto que eram aqueles que iriam receber seu diploma.

Pois bem, meus olhos deslumbraram naquele momento ao olhar cada rosto daqueles formandos jovens, adultos, cabelos grisalhos, homens, mulheres, negros, brancos. Enfim, ali cada rosto brilhava de maneira particular e especial.

Fiquei a refletir o que se passava na mente de cada um naquele momento. A satisfação do dever cumprido, as lutas para conseguir chegar ali, as noites e noites de sonos perdidos, as dificuldades financeiras ao longo da caminhada, a realização de um sonho, os livros e livros estudados, o conhecimento acadêmico adquirido...

Mas, algo também me deixou um pouco triste, porque fiquei a refletir que muitas vezes o saber ( conhecimento) nos afasta da verdade, faz aumentar a vaidade, aumenta o orgulho, desvirtua a humildade o pior de tudo é que para muitos é o afastar de Deus. O conhecimento acadêmico nos dá muitas respostas, nos coloca um grau acima no intelecto de grande maioria das pessoas e isto colabora para o afloramento da vaidade, da prepotência., da arrogância.

A maior sabedoria está no amor; aquele que ama e que coloca este amor ao serviço do outro consegue desenvolver seu talento profissional e se completa nele. Aquele que consegue somar o conhecimento humano, com a Sabedoria do Alto atinge a plenitude da felicidade desejada e se realiza. A sabedoria de Deus está no viver do dia a dia. Está na experiência do cotidiano. A sabedoria de Deus está no sorriso de uma criança, no olhos cansados de um ancião, na felicidade de uma família sem pão, sem teto, sem conforto. A sabedoria de Deus está numa doença. Enfim, a sabedoria está num gesto simples que nossos olhos possam enxergar.

Depois de vários momentos de reflexão e de observar aquele acontecimento, de ouvir atentamente as palavras do celebrante ao mesmo tempo que corria meus olhos e pensamentos em todos aqueles semblantes, percebia a maravilhas de Deus, que sempre está construiindo a humanidade dando o conhecimento intelectual acadêmico a tantos, para que através dele alguns ajudem na construção da sociedade.

Ataíde Lemos
Poeta e escritor

domingo, 20 de novembro de 2011

Sempre presente

Sempre presente


Quando as ondas querem me levar
Pego em Tuas Mãos e firme seguro;
Quando meu horizonte está escuro
Busco na tua luz me iluminar.

Quando estou trancafiado na prisão
Com a tua chave vem me libertar;
Quando a tempestade quer me levar
Acalma a fúria e firma-me no chão.

Quando em minha fé estou a vacilar
Concede-me graças para me sustentar
E novamente sinto-me em Ti fortalecer.

Quando o medo quer me apoderar
Tua paz vem renovar meu Ser
E a esperança reaviva o meu viver.
Ataíde Lemos


sábado, 19 de novembro de 2011

Vem Espírito Santo



Vem Espírito Santo


Vem Espírito Santo
E renova meu Espírito,
Faz-me nova criatura,
Enche-me de teu amor.

Vem Espírito Santo
Livra-me do mal
Abre meu coração
Para o amor de Deus
Faça sentir sua proteção.

Vem Espírito Santo
Ora em mim,
Cura meu interior,
Acenda-me com teu fogo
E faça-me um novo Ser
Queime as feridas,
Renove minha vida.

Vem Espírito Santo
Derrama sua graça,
Liberte-me da opressão
Que não me deixa
Caminhar na liberdade,
Faça-me andar em comunhão
Com o meu Senhor. 
Ataíde Lemos

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Igreja Católica e o Clero



Algo que nos deixa um tanto quanto triste como católico é a falta de unidade, a falta de comunhão entre o seu clero com a doutrina da igreja. Infelizmente, isto parte do clero e da cúpula da igreja, estendendo-se aos fieis, que na verdade, são ovelhas perdidas nas diversas correntes ideológicas de seus pastores, acabando-os por confundir os católicos e isto, as levam procurar outras igrejas como, por exemplo, as evangélicas ou mesmo viver o sincretismo e o sectarismo religioso.

A beleza da igreja católica está na diversidade de pensamentos, mas na comunhão sacramental, no entanto, deveria estar também na comunhão de pensamentos doutrinários, especialmente, na obediência aos Ritos e ao Catecismo da Igreja Católica, o que não observamos que está ocorrendo, pois, é comum vermos os padres celebrando missas, sem seguir os ritos, desobedecendo a ordens de seus superiores e principalmente, indo em desencontro com o Catecismo da igreja.

O que provoca desconfiança e promove desobediência e assim, gera descrença é a falta de unidade. Portanto, ainda que a igreja se mostra una na celebração – mesmo com algumas falhas no rito eucarístico, demonstra dividida na teologia católica e em seu catecismo, isto leva também os fieis a não levarem os ensinamentos a sério, desta forma, a Boa Nova acaba sendo totalmente desfigurada.

Gostaria de dar como exemplo dois movimentos da igreja, entre tantos que dividem o clero e observamos como ressonância claramente nas falas dos católicos; um é a Renovação Carismática Católica (RCC) e outra está relacionada as CEB (Comunidade Eclesial de Base).

Pois bem, a RCC, é um movimento que exalta a espiritualidade por meio de louvores, oração em línguas e que promove orações de cura e libertação. É um movimento, relativamente recente, o qual tem dado um novo ardor na igreja católica través de efusão do Espírito Santo. Também a RCC, traz algo na sua espiritualidade que é enfatizar a existência do demônio como Ser, que é responsável por muitas doenças emocionais, físicas e espirituais. Ou seja, a RCC, através de sua espiritualidade destaca o que o Catecismo da Igreja Católica ressalta, isto é, a existência do demônio e a necessidade do exorcismo em alguns casos. Outro fator importante, a RCC tem como tônica exaltação da oração e a busca de viver uma espiritualidade transcendental como fundamento da salvação

Infelizmente, parte do clero rejeita a espiritualidade da RCC, inclusive, comentando publicamente sua discordância, desfigurando a pessoa do demônio contrariando o próprio Catecismo da igreja.

Já a CEB, é um outro movimento da igreja que tem como fundamento uma espiritualidade voltada para o social, ou seja, uma espiritualidade, bastante baseada no evangelho de São Mateus. Não adianta rezar com os olhos voltados para céu e não promover a justiça entre irmãos através de atos concretos como, por exemplo, a denuncia, a fomentação de movimentos sociais.

Porém, grande parte do clero que atua na CEB, é contrária a espiritualidade da RCC, muitos deles, inclusive, desqualifica o movimento “afirmando”, entre linhas a não existência do demônio, como está no Catecismo da Igreja.

Enfim, uma (RCC), tem uma espiritualidade voltada para o transcendental e a outra (CEB), voltada ao social, ou seja, uma se preocupa com o homem- divino e a outra voltada ao homem-humano. Por um lado seria bom, pois assim, a igreja católica está mostrando sua diversidade na ação no mundo, no entanto, quando sai do que ensina a Igreja, ou seja, desvirtua o que está no Catecismo, isto cria uma divisão na igreja, refletindo nos fieis e assim, tirando a credibilidade da Igreja e dos fieis em relação ao que a Igreja ensina, deixando as ovelhas sem pastor.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Cura e libertação Perdão e arrependimento


Na maioria das vezes, as doenças físicas são acometidas devido às doenças emocionais e estas comumente estão relacionadas às questões espirituais. Ou seja, são doenças surgidas a partir de praticas espirituais que vão ao desencontro dos fundamentos bíblicos e evangélicos como, por exemplo, falta de perdão e de arrependimento.

Há um único Deus e nome acima de todas as coisas, é o nome de Jesus. Somente ele pode nos curar, pode libertar-nos de todos os males físicos, psíquicos e espirituais que nos aprisiona causando-nos doenças. Somente o nome de Jesus tem o poder de nos curar.

Jesus é o filho de Deus, o Deus Filho que veio ao mundo para que a palavra de seu Pai fosse anunciada, e a ele foi dado toda autoridade do Pai para que fossemos libertos tanto da escravidão do pecado como da escravidão das doenças físicas, emocionais e espirituais.

O pecado, torna-nos escravos e através da cura, por meio do perdão somos libertos. Mas, para que esta cura, para que esta libertação aconteça é necessário que tomamos posse por inteiro da sua palavra, não apenas como ouvintes, mas que acreditamos e colocamos em prática dentro de nosso coração com atos e obediência a sua Palavra. Entre este atos e ações, cito dois de fundamentais importâncias; o perdão e o arrependimento.

Perdão: Grande parte de nossas enfermidades estão relacionadas à falta de perdão. E quando falamos em perdão podemos citar três tipos de perdão: O perdão a Deus; o perdão aos irmãos e o perdão a nós mesmos

Perdoar a Deus; Deus, não precisa de nosso perdão, mas perdoar a Deus significa, perdoar ressentimentos que carregamos dentro de nós, por situações vividas que nos traz de alguma forma, profundas magoas que sentimos de Deus, por determinados momentos, experenciarmos sua ausência em momentos que mais precisamos dele. Magoa de Deus, por não achar justo que Ele permite nos acontecer e, então, sentimos traídos por Ele.

É muito comum, ficarmos revoltados com Deus, por não ter nos atendido quando mais precisamos dele seja numa situação de perda, ou de doenças. Sendo assim, é essencial que perdoamos Deus, para que sintamos o coração aliviado. Como disse anteriormente, Deus não aumenta ou diminuiu com nossa atitude de perdoa-lo, no entanto, nós, somos curados, libertos quando sentimos em nós esta reconciliação com Ele, sendo assim, precisamos perdoá-lo para sentir seu amor nos envolver.

Perdoar nossos irmãos; A oração do Pai Nosso diz: “...perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido...”. Pois bem, como que posso pedir a Deus que me perdoe, que me cure, que me liberte se não perdoo aquele que me ofendeu? Ou seja, preciso ter a atitude de perdoar para que também possa sentir o perdão de Deus para meus pecados contra meu irmão.

Perdoar a nos mesmos; é muito comum, não aceitamos como somos, sentindo-nos cheio de defeitos, sentimentos de rejeição, repletos de complexos de inferioridade. Outras vezes, praticamos pecados e não conseguimos nos perdoar e assim, fechamos-nos para a graça de Deus. Quando isto ocorre acabamos escancarando a porta para a entrada do inimigo que nos joga ainda mais para dentro de um abismo, dentro de uma prisão, fazendo-nos sentir indiferentes para com Deus. Quantas e quantas vezes, dizemos que não merecemos o amor de Deus, por isto, por aquilo? Enfim, é preciso perdoar a nós mesmo e acreditar que o amor de Deus é maior que as nossas misérias e que Ele nos ama intensamente.

Jesus na maioria de suas curas, primeiramente, perdoava os pecados e somente após, realizava as curas, lembramo-nos da cura do paralítico que foi descido pelo telhado. Foi a sua autoridade de perdoar que levou os sumos sacerdotes encontrarem motivos para matá-lo, alegando que ele blasfemara ao perdoar os pecados com a autoridade de Deus.

O perdão nos leva a reconciliação com Deus, com o irmão e conosco, nos purificando dos males, e isto, leva-nos novamente a um estado de graça, fator fundamental para cura e libertação.

Pois bem, perdoar a Deus, perdoar aqueles que nos tenha feito mal e perdoar a nós mesmos é um grande passo para que sejamos curados e libertos de toda ação do mal sobre nós, no entanto, nada disto faz sentindo se não há o arrependimento e mudança de atitude em nosso pedido de perdão.

Arrependimento: o pedir perdão ou perdoar-nos, não é uma atitude que surge no momento de proferir as palavras, mas é algo que nasce do coração a partir de um arrependimento. Ou seja, não basta dizer perdoo se o perdão não brota de um arrependimento profundo. Quantas vezes, ouvimos a frase: “Eu perdoo, mas, não me arrependo do que fiz, do que falei...” Que perdão é este! se dentro do meu coração mantém a certeza de que minha atitude de pecado foi correta? O arrependimento, por si só, é um ato de reconhecer que não deveria agir como agiu. Enfim, se na verdade, não reconheço que fiz algo que não deveria ter feito, mesmo que peça perdão, não significa que verdadeiramente perdoei, pois não me arrependi. Perdoar é um gesto de mudança de atitude e de pensamento, mas sobretudo de arrependimento.

Ataíde Lemos 

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sábado, 5 de novembro de 2011

Amor partilhado




Amor partilhado

O amor quando partilhado
É como chuvas de bênçãos;
Vários corações são lavados
E tantos são curados
Renovando a felicidade
Que muitas vezes ora perdida
Brotando um novo sol
Que refaz a vida.

O amor quando partilhado
É como um jardim florido;
Todos que a ele visita
Alegra-se com rara beleza
Das mais lindas flores
E exalam o balsamo
Do entrelace de vários aromas,
E por onde vai,
Leva consigo toda fragrância
Espalhando o perfume
Encantando todos
Que o encontra

Pela extensão do caminho.
Ataíde Lemos


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Finados e a vida eterna



     Finados, além de ser um dia para visitarmos os jazigos de nossos entes queridos que partiram de junto de nós, é um dia também de profunda reflexão sobre a eternidade.

     A morte é uma tristeza sem fim, quando acreditamos que ela é o fim. Quando não somos pessoas espirituais no sentido transcendental. Quando somos materialistas. Enfim, quando não conseguimos ultrapassar a dimensão humana do homem. Porém, a morte passa a ser um estagio da vida; passa a ser apenas um momento da lembrança e da saudade física quando nossa fé nos motiva acreditar que a morte não é o fim, mas a passagem de um estado de vida para uma outra vida.

     Varias religiões, inclusive as não cristãs, também acreditam nesta outra dimensão de vida, porém, para os cristãos, Jesus vem reforçar a vida eterna. Há varias passagens evangélicas onde ele nos fortalece a fé nesta direção. Existe aquela onde Jesus diz que Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos; outro momento forte é seu dialogo com Marta e Maria no episódio da morte de Lazaro e entre vários tantos, um que se destaca e fundamental é ressurreição e as aparições após sua morte. Nas aparições Jesus sentava, conversava, comia com os apóstolos. Suas aparições eram no sentido de fortalecer seus seguidores acreditar na ressurreição.

     São Paulo, em uma de suas cartas diz que a fé do cristão se baseia na ressurreição de Jesus, pois, se assim não for vã é nossa Fé. Se não acreditarmos nela, não nos faz sentido dizermos que somos cristãos. Se não acreditarmos na ressurreição, nossa espiritualidade é simplesmente pagã. O cristão não é um admirador de Jesus como mestre, como um homem, mas sim, alguém que acredita que Jesus é Deus e a ele é dado o poder sobre o céu, a terra, a vida, a morte. Dada pelo seu Pai e nosso como herança de Cristo.

     Pois bem, mesmo acreditando na ressurreição e tendo a certeza que não somos deste mundo, todo cristão deve ser consciente que precisa viver e promover o Reino de Deus aqui. A morada definitiva não se dá pelos nossos méritos, mas pela graça e misericórdia de Deus. Nenhum de nós somos merecedores desta graça.

     Jesus, não só veio revelar a vida eterna, também veio nos ensinar como viver o Reino de Deus no mundo. Aquele que entende e assimila seus ensinamentos, certamente, já goza da graça da ressurreição, pois, a vida eterna é uma conseqüência da vida terrena.

     Finalizando, acreditar na vida eterna, é sentir a segurança de que a morte não existe, mas que é apenas uma passagem. Acreditar na vida eterna, é ter uma atitude de comprometimento com a vida humana e terrena. Acreditar na vida eterna, é ser uma pessoa transformadora da realidade em que vive. Acreditar na vida eterna, é compromisso com a paz, com a denúncia das injustiças. Acreditar na vida eterna, é ser a favor da vida em qualquer situação. 
Ataíde Lemos

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