segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Sangue de Inocentes















Por inveja, por ciúmes, por medo, por ganância
Sangue de inocentes a terra inteira foi lavada
Herodes o primeiro que ao raiar da Nova Aliança
Perseguiu querendo apagar a luz que brilhava.

Há mais de dois anos mil houve tal acontecimento
Fato marcante do inicio da chegada de Jesus
Porém hoje temos Herodes todos os momentos
Pedindo Leis no ensejo de não deixar surgir a Luz.

A Terra inteira até hoje é lavada de sangue
De crianças clamando aos céus a dor constante
Por inúmeros abortos que ocorrem todos os instantes.

Quando calamos e mantemos-nos omissos
Também como Herodes damos nossa contribuição
Para que tanto sangue jorre banhando a Nação.

Ataíde Lemos

domingo, 27 de dezembro de 2009

Perdão

















          Muitas vezes temos dificuldades de perdoar alguém que tenha nos feito mal ou perdoar a nós mesmos, assim, procuramos mostrar vários motivos para justificar tal atitude. Não raramente dizemos que até queremos, no entanto, não conseguimos, então, enumeramos centenas de justificativas para não conseguir dar ou se perdoar.

         Perdoar é algo muito profundo que nos livra e tira toda a culpa e ressentimentos existente de alguém. Na verdade, o perdão é um desligamento de outrem, alias, é muito mais que e isso, é um processo de amor ainda maior pelo outro e para comigo mesmo.

          Perdoar é olhar para nossa própria miséria humana e perceber que erramos também e assim livrarmos de uma ligação consciente ou inconsciente nociva das culpas.

          A falta do perdão nos aprisiona independente de ter ou não razão de tais ressentimentos. Por outro lado, poderíamos dizer que o não perdoar é ser egoísta e um ato profundo de orgulho. Para tomar a atitude de perdoar é necessária uma dose intensa de humildade. Esta humildade está muito relacionada a nossa estrutura psíquica, a formação espiritual, a educação familiar.

          É importante também dizer que quando temos uma relação profunda com determinadas pessoas ou devido a nossa personalidade temos dificuldade em desligar de alguns sentimentos sejam sentimentos benéficos ou prejudiciais. Sendo assim, muitos ressentimentos são motivações para preservamos determinados ligações com determinadas pessoas e perdoar significa abrir mão desta ligação, por isso, relutamos no perdão.

          Também perdoar significa render-se à um sentimento, devido nossa estrutura psíquica para alguns perdoar significa perder o jogo, e mais do que isto, significa ter um comportamento diferente sobre algo que não se admite estar errado. Olhando então por este prisma o perdão para uns é frustrante e angustiante.

          Mas aí fica um paradoxo. Embora, possa haver tantos motivos para não perdoar, e mesmo assim ter que o fazer! É porque na verdade o perdão mesmo dando para o outro, sou eu quem estou recebendo benefício deste gesto. Pois, o perdão alivia a dor, tira a culpa, afasta do ressentimento, em outras palavras, liberta.

          Se refletirmos a Palavra de Deus, veremos que todo o projeto de Deus, da vinda de Jesus tinha exclusivamente o ponto de partida o Perdão.

          Quando falamos em salvação, na verdade estamos falando de perdão também. A própria paixão de Cristo foi a loucura maior de perdão que poderíamos imaginar. O próprio Deus, se fazendo vitima para mostrar-nos o valor do perdão.

          Temos varias passagens nas Escrituras que e podemos observar. Há textos bíblicos que está centralizado no perdão. Há varias curas por Jesus que antes de serem realizados primeiro ele perdoava aquele que necessitava do milagre. Também há varias parábolas que o centro delas é o perdão.

          Perdoar é um gesto de misericórdia, seja para com o outro, seja para comigo. Muitas vezes dizemos que errar é humano, perdoar é divino e isto é a pura verdade. Porque o perdão é um Dom de Deus para com a humanidade, para com o homem, pois, Ele se faz misericórdia e assim, nos dá o Dom do perdão para que nos tornemos livres dos pesos que a falta de perdão nos envolve.

          Esta graça somente ocorre quando de fato nos propomos a perdoar. Quando caímos em si e vemos que este ressentimento atingi diretamente a mim. Quando deixo de ser egoísta, orgulhoso e proponho a dar o primeiro passo rumo ao perdão, a partir daí, Deus já me concedeu o Dom do perdão.

Ataíde Lemos


João Paulo II



















Teu olhar de pai ainda é presente
Por todos os lugares por onde passou
Sua presença de amor em cada coração deixou
E com sua partida a humanidade sentiu-se carente.

Nas palavras de paz, a mansidão nela ecoava
Um gesto marcante era sua extrema humildade
Que penetrava nos corações de toda sociedade
Que admirados, sempre a sua presença esperava.

Seu rosto cansado, mas alegre; era marcante
Jamais fugia ao debate, amava as crianças
Para todos, era ventos que trazia a esperança.

Por varias vezes cruzou os mares e nos presenteou
Visitando a Terra de Santa Cruz; por toda ela percorreu
Plantando amor em suas mensagens que jamais morreu.

Ataíde Lemos

domingo, 20 de dezembro de 2009

Depoimento de um ex pastor


Estava ouvindo um depoimento de um ex pastor da igreja Assembléia de Deus, e fiquei muito comovido de como ocorreu o processo de mudança de uma doutrina cristã para o catolicismo. Não quero usar a palavra conversão, por não concordar com esta terminologia, por entender que tanto protestantes como católicos tem sua espiritualidade baseada no cristianismo, sendo assim, há apenas contradições na maneira de pensar e interpretação bíblica.

Seu depoimento é emocionante e de grande importância porque vem de um homem nascido, criado, vivido no meio evangélico, com todas as raízes fortes e fundamentadas na doutrina da Assembléia de Deus. Seu depoimento é forte; porque como Paulo perseguia os cristãos, este pastor tinha como missão arrastar católicos sem vivencia na fé católica a abandonarem a igreja e torna-se também um protestante. Segundo suas palavras era um ferrenho perseguidor da igreja católica. Conta várias cenas que presenciou e incentivou católicos encherem sacos de imagens e quebrarem na sua frente dizendo que a partir daquele momento passariam a aceitar somente Jesus. Seu depoimento é forte; por relatar a perseguição que sofreu por parte dos evangélicos, família que o rejeitou porque havia tornado católico após suas experiências.

Pois bem, a mudança do protestantismo o qual era um pastor de grande destaque na Assembléia de Deus na sua região ocorreu por sinais profundos de Maria, que por três vezes se manifestou a ele. Uma vez, manifestou em um momento que se encontrava absolutamente sozinho, numa cidade onde não conhecia ninguém e que passava por necessidades de alimentação e locomoção. Após dois anos se manifestou novamente por meio de uma imagem com sinais diferentes na escultura e complementou no sonho da noite seguinte, lhe revelando algumas profecias para si. E na terceira vez, se manifestou quando fazia uma oração para um casal que apenas queria uma benção para cada um seguir seu rumo. No momento profundo de oração o casal se reconciliou – esta ultima aparição não foi propriamente a ele, mas ao cônjuge o qual fazia oração. Mas que a ele (pastor) ocorreu à revelação por ter sido descrito pelo cônjuge a semelhança da mulher que outrora aparecera a ele com roupa também semelhante.

Estas manifestações de Maria no primeiro momento não o fez abandonar o protestantismo, mas foi sua forma de pregar Maria que incomodava os outros pastores, pois, seu interesse foi tão profundo em saber mais sobre esta mulher (Maria) que mergulhava em livros e mais livros para conhecê-la melhor, e assim, sem que se desse conta suas pregações coincidiam com o pensamento da igreja católica. É bem verdade, que diante de tantos acontecimentos e manifestações de Maria o levou a ter um debate para discutir pontos divergentes entre os protestantes e o catolicismo com um sacerdote o qual saiu sem palavras diante respostas que obteve naquela conversa.
Diante suas reflexões, foi chamado pelos seus superiores a uma retratação, isto é, ou parava de falar de Maria, ou seria disciplinado – disciplinado para os protestantes é ser proibido de pregar (excomungado como se diz no catolicismo).

Algo muito profundo que ele disse quando teve a palavra no momento da interpelação foi: Sabe-se que os grandes profetas e pais da fé muitos deles foram grandes pecadores; Moises matou um homem; Davi – a menina dos olhos de Deus – para ter a mulher de Urias, o matou; Pedro negou Jesus por três vezes. No entanto, estes homens são citados com ênfase nas pregações. Então, porque Maria não deveria ter o mesmo tratamento dado, pois o Sim dela que trouxe a salvação ao mundo. E ainda, pediu aos pastores que citassem na bíblia um único pecado de Maria. Caso eles citassem, daquele momento em diante ele não falava mais de Maria em suas pregações. Um silêncio se fez, quando um pastor disse que ele era muito astuto, pois sabia que eles não tinham como responder, pois, na bíblia não havia nenhuma citação naquele sentido. A partir daquele momento foi convidado a deixar a igreja.

Daquele momento em diante sofreu muito, foram varias calunias, chegou até apanhar outras situações que passou nem quis comentar. Como começou a passar muitas dificuldades foi para casa de sua mãe com a esposa e filhos. Ao chegar à casa de sua mãe e ao saber que ele teria se tornado católico a primeira atitude foi colocá-lo para fora de casa, sem mesmo entrar porta adentro. No outro dia sua esposa também o abandonou.

Algo bonito deste ex pastor foi que diante todas estas provações, diante todas estas perdas, mesmo sem entender nada; mesmo sendo varias vezes convidados a repensar sua atitudes pelos pastores; mesmo sobre a pressão da mãe manteve firme na sua Fé, ainda que, por varias vezes sofria a falta de entendimento do que estava ocorrendo.

Após um ano e meio separado e firme na igreja católica, sentia uma angustia profunda, pois em suas palestras, em suas reflexões sempre falava dos valores da família, educação dos filhos e, no entanto, era uma pessoa separada. Então, este foi um dos pedidos que fez a Maria, para que o ajudasse a reconquistar sua família. Certa vez, no inicio de uma pregação na igreja, antes de iniciar, uma ministra da Eucaristia o aproxima e diz que uma mulher estava na entrada da igreja chamando-o. Ele pede que a ministra diga a mulher que assim que terminasse a pregação a atenderia, porém, a ministra retorna dizendo que a mulher dissera que era sua esposa. Nesta hora ele puxa o canto Maria de Nazaré, e vai ao encontro de sua esposa que lhe pede perdão dizendo que queria ser católica. A mesma atitude toma sua mãe (pede perdão) posteriormente, mesmo continuando evangélica, diz que independente a religião ela o amava muito.

Realmente, é um depoimento profundo, onde mostra os desígnios de Deus, e como Ele age na vida das pessoas. Traz a presença maternal de Maria e também como ela na sua mansidão se apresenta sempre nos momentos mais difíceis de seus filhos. Mas, sobretudo, um depoimento de um homem que mesmo criado numa doutrina rígida, fundamentalista é alguém aberto ao coração de Deus. Pela abertura de coração sai de si, de suas convicções religiosas e cede ao conhecimento, aprofundando nos ensinamentos da igreja católica, sendo fiel a suas origens cristãs, porem aberto ao novo, aberto a Fé.

Talvez Paulo se fosse um homem de cabeça dura e fundamentalista, jamais conseguiria ver Jesus no momento de sua conversão e assim, ceder ao cristianismo. Muitas vezes o homem até pode ser uma pessoa difícil e fiel a seus conhecimentos, parecendo ser uma pessoa de difícil abertura, porém, esta pessoa tem uma personalidade dura, mas um coração disponível e sincero. Esta é a diferença entre os homens espirituais sejam eles padres, pastores ou mesmo de outras espiritualidades.

Ataíde Lemos

Bodas de Caná; a figura de Maria e o vinho novo.



















          Gostaria de fazer uma reflexão sobre uma passagem evangélica onde Jesus transforma água em vinho numa festa de casamento. Passagem esta conhecida como Bodas de Caná da Galileia.
         Este evangelho é rico em detalhes, porque envolve a missão de Jesus, o papel de Maria. É um evangelho de profundos ensinamentos teológicos como também pode ser analisado sobre o aspecto humano e histórico de Jesus.
          Pois bem, numa primeira analise podemos perceber que Jesus não é contra a bebida; contra a festa; contra a alegria. Podemos estender nossa imaginação na certeza que Jesus também participava daquela festa, quem sabe até bebendo vinho com seus amigos, festejando o casamento. Então, neste sentido, não devemos endemonizar a bebida. O mal não é o que entra no homem, porém, sim o que sai da boca do homem. Não há pecado algum em se tomar bebidas alcoólicas, desde que, para esta pessoa ela (bebida) não seja motivo para o encorajamento ao pecado, ou que a pessoa não tenha uma doença química, ou mesmo, que o uso da bebida possa provocar outras doenças de ordem orgânica. Este discernimento deve partir do homem.
          Um outro ponto que devemos atentar é a presença de sua mãe. Maria está naquela festa, não apenas como simples convidada, pelo contrario, está trabalhando, está na cozinha e atenta a todas as preocupações da família e assim, vê o desespero quando em pleno casamento falta o principal para a festa; o vinho – que na passagem evangélica podemos deduzir o vinho tem como simbolismo a alegria. Quando Maria vai até Jesus pedir que faça algo, certamente em seu coração ela sabe que seu filho pode resolver aquela situação.
          O pedido de Maria podemos entender como uma intercessão feita por ela, não a pedido da família, mas pela sua própria vontade, por ver que a família se encontrava em situação difícil diante a falta do vinho.
          Maria está atenta a tudo que ocorre com seus filhos, ela não é uma figura histórica, mas sim atuante, presente e que sempre acolhe os pedidos de seus filhos e apresenta a Jesus. O máximo que Jesus responde a sua mãe diante nossos pedidos é que nossa hora ainda não chegou, e assim, ela caminha conosco nos momentos de agonia até chegar a nossa hora e Jesus realize as graças por ela pedida.
          Entre Jesus e o Pai há um único mediador e intercessor, porém entre a humanidade e Jesus há inúmeros intercessores, isto pode constatar nos próprios evangelhos. Quantas e quantas vezes Jesus realizou vários milagres a pedidos? O centurião é um exemplo, um homem que nem era seguidor de Jesus. Porque sua mãe não seria esta grande intercessora?
          Diante o pedido de sua mãe e a primeira resposta dele leva-nos a deduzir que Jesus tinha ciência de sua missão e assim, diz que sua hora ainda não chegou, porém não resiste ao apelo da mãe.
Outra vez Maria nos surpreende ao não questionar Jesus sobre sua resposta, mas pedir aos servos que fizessem tudo que seu filho mandasse. Aqui vemos que Maria tem plena consciência de seu papel como apenas intercessora e como serva.
          Por fim, o milagre da transformação da água em vinho é uma mensagem salvífica rica de interpretações. A transformação da água em vinho podemos refletir sobre a mudança do homem velho para o homem novo; podemos interpretar o vinho como o sangue de Jesus derramado na cruz e que libertou o homem do pecado; o vinho que foi transformado em sangue na ultima ceia e que santifica o homem; o vinho agora sangue de Cristo que é bebido e produz salvação, libertação transformação dá sabor a vida continuando a alegria da festa que é o Reino de Deus aqui na terra.

Ataíde Lemos

Quem é Maria para Deus e para a humanidade















          Deus criou o mundo e todas as coisas que nele há. Então, resolveu criar o homem a Sua Imagem e Semelhança para que também tivesse o Dom da criação e administrar cuidando de toda obra feita por Ele. E assim o fez, criou o homem e depois vendo que se sentia só criou a mulher. Sendo assim, todos somos criaturas de Deus.
          Pois bem, Deus para testar a fidelidade de sua mais nobre criação lhe ofereceu tudo, apenas que não comece a fruta de uma arvore que havia, mas o homem sentiu-se aguçado e estimulado pelo desejo de se igualar a Deus – ouviu a voz do demônio simbolizado por uma serpente desobedecendo assim seu Criador. Enfim, o homem aproveitando-se da liberdade – livre arbítrio e seduzido pelo mal pecou. A partir de então, o homem sentiu medo, vergonha e abriu-se para a ação do mal na humanidade.
          O fruto do pecado é a geração de mais pecados. Isto é, o fruto do pecado é a morte que pode aqui ser refletida como um mundo onde o espiritual é sucumbido pela natureza humana levando o homem a viver constantemente em sofrimentos procurando se encontrar por não sentir a plenitude de Deus em sua vida.
Deus vendo esta realidade, ou seja, o homem numa treva sem fim, no escuro e sem perspectiva de se encontrar se encarna na segunda pessoa de Seu Filho e envia-o a humanidade para seja Luz no mundo. Porém, Deus não tem pecado e não poderia vir como pecador, sendo assim, Ele preserva uma mulher do pecado a qual será por onde trará a Luz do mundo.
          Esta mulher é preparada com carinho, vem de um lar santo onde recebe toda formação espiritual. Todo um modelo de educação para que possa transmitir ao seu futuro filho (Jesus). Esta mulher, Deus lhe dá toda uma estrutura emocional de mansidão e sabedoria para ser a educadora e formadora de Jesus tanto espiritual como a de homem enquanto está em formação.
          O SIM de Maria simboliza o sim daqueles os quais não entendem o projeto de Deus, mas tem a certeza de Seu amor e que Nele tudo se faz. Representa o SIM dos corações que acreditam nas promessas de Deus.
          Jesus é o verdadeiro Deus, mas também verdadeiro homem, e como homem foi preservado do pecado. E este pecado subentende-se também o pecado de origem, por isso Maria foi preservada também deste pecado. Embora ela seja essencialmente humana é uma pessoa diferente de todos nós. Maria é uma pessoa especial diante aos olhos de Deus e assim, também todos nós humanos devemos olhá-la com um olhar especial.
          Maria como João Batista soube o momento de sair de cena, para que o mundo conhecesse a Luz. Soube aparecer nos momentos onde Deus necessitava de sua presença para mostrar a humanidade seu valor diante aos olhos Dele, bem como levar a humanidade a ouvi-la nos momentos oportunos e fundamentais.
          A entrega de Maria, pelo seu filho (Jesus), no momento em que se encontrava na cruz, não são palavras vazias ou de piedade por partede Jesus ao vê-la sofrendo diante sua morte, mas sim uma entrega de fato à humanidade como mãe. Ao mesmo tempo em que ele diz filho eis aí sua Mãe, diz Mulher eis aí seu filho. Desta forma ele (Jesus) está a entregando para nós e nos entregando para ela.

Ataíde Lemos

sábado, 19 de dezembro de 2009

Missa de Formatura
















          De repente o telefone toca, atendo, uma pessoa do outro lado me pede um favor; substituí-la numa celebração Eucarística como Ministro da Eucaristia. Era uma missa de Ação de Graças para recebimento de diploma de Curso Superior. Nunca havia participado de uma celebração como aquela. Aceitei e fiquei muito feliz por fazer parte daquele momento.
          A missa se deu num ginásio poliesportivo. Fiquei impressionado logo na chegada ao ver tanta beleza, pessoas bonitas de varias cidades. Aquele local nem parecia um ginásio esportivo, mais sim um teatro. Um ambiente totalmente lindo, decorado na mistura de cores branco e azul, fotógrafos aos montes, equipe de filmagem. Enfim, gente bonita circulando para todo lado.
          Num local reservava mais de duzentos assentos cada qual com o nome do formando o aguardava. Realmente, um cenário lindo que certamente impressionou todos que lá se encontravam. Eu - particularmente - fiquei deslumbrado com aquele ambiente.
          Iniciou-se a missa e caminhamos em procissão até o altar, os formandos vieram logo após, cada um ocupando seu lugar de destaque. Mais de dez minutos se levaram para que pudesse dar inicio a celebração tanto que eram aqueles que iriam receber seu diploma.
          Pois bem, meus olhos deslumbraram naquele momento ao olhar cada rosto daqueles formandos jovens, adultos, cabelos grisalhos, homens, mulheres, negros, brancos. Enfim, ali cada rosto brilhava de maneira particular e especial.
          Fiquei a refletir o que se passava na mente de cada um naquele momento. A satisfação do dever cumprido, as lutas para conseguir chegar ali, as noites e noites de sonos perdidos, as dificuldades financeiras ao longo da caminhada, a realização de um sonho, os livros e livros estudados, o conhecimento acadêmico adquirido...
           Mas, algo também me deixou um pouco triste, porque fiquei a refletir que muitas vezes o saber (conhecimento) nos afasta da verdade, faz aumentar a vaidade, aumenta o orgulho, desvirtua a humildade o pior de tudo é que para muitos é o afastar de Deus. O conhecimento acadêmico nos dá muitas respostas, nos coloca um grau acima no intelecto de grande maioria das pessoas e isto colabora para o afloramento da vaidade, da prepotência., da arrogância.
          A maior sabedoria está no amor; aquele que ama e que coloca este amor ao serviço do outro consegue desenvolver seu talento profissional e se completa nele. Aquele que consegue somar o conhecimento humano, com a Sabedoria do Alto atinge a plenitude da felicidade desejada e se realiza. A sabedoria de Deus está no viver do dia a dia. Está na experiência do cotidiano. A sabedoria de Deus está no sorriso de uma criança, nos olhos cansados de um ancião, na felicidade de uma família sem pão, sem teto, sem conforto. A sabedoria de Deus está numa doença. Enfim, a sabedoria está num gesto simples que nossos olhos possam enxergar.
           Depois de vários momentos de reflexão e de observar aquele acontecimento, de ouvir atentamente as palavras do celebrante ao mesmo tempo que corria meus olhos e pensamentos em todos aqueles semblantes e percebia a maravilhas de Deus, que sempre está construindo a humanidade dando o conhecimento intelectual acadêmico a tantos, para que através dele alguns ajudem na construção da sociedade.

Ataíde Lemos

domingo, 6 de dezembro de 2009

A missão do Cristão


















          Deus sempre chamou operários para a missão, seja no Antigo Testamento para preparar, anunciar e conduzir Seu povo para a vinda de Jesus como também chamou e chama pessoa para a missão de anunciar o Reino de Deus. Anunciar Jesus as nações. Não somente anunciar, mas levar o povo a acreditar no anuncio e viver esta maravilha.

           Porém, podemos observar através das escrituras que aqueles que foram chamados à missão, isto é, ao anuncio, primeiramente se colocaram diante de Deus, de Jesus sua pequenez. Reconhecem em primeiro lugar que não são dignos da missão por se sentirem pecadores. No entanto, mesmo com este reconhecimento da fragilidade humana, não resistem ao apelo de Deus. Através do chamado Deus purifica o coração e dá a Sabedoria Divina àqueles que aceitam este desafio.

           Quando falamos em humildade podemos observar a atitude de Paulo, que se coloca como indigno de anunciar o evangelho, nem mesmo considerando-se um apostolo, no entanto, diz que é pela graça que foi chamado e assume inteiramente a missão.

          Todos somos chamados para anunciar o Reino de Deus. Todos somos indignos desta missão, porém quando admitimos esta pequenez e nos dispomos usando as palavras de Maria “ faça-se em mim segundo a Tua vontade” e colocamos-nos a serviço, certamente também tornamos anunciadores do Reino de Deus.

          É necessário que sejamos discípulos de Jesus. Ser discípulo é ser um aprendiz; é deixar-se aprender por Jesus e ser seu imitador. Como em todos os tempos, é sempre um grande desafio anunciar Jesus, e nos tempos de hoje não é diferente. Estamos vivendo um mundo que prega uma ideologia de morte; que tenta nos induzir a acreditar que a vida é relativa. Por um lado, temos Deus que nos fala uma coisa por meio das Escrituras, por outro, temos o mundo que fala o contrario, que procura de todas as formas mostrar outro conceito de vida. Temos um Deus que anuncia o valor da Vida, enquanto que o mundo prega a morte através do aborto, da eutanásia, das drogas. Temos um Deus que anuncia o amor ao próximo, no entanto, vemos através da corrupção, através de políticos que colocamos como representantes criando leis de morte.

          Certamente, tudo o que vemos acontecer como as injustiças, a corrupção, a ideologia de morte ocorre porque Jesus ainda não foi anunciado, embora, muito falado. Ocorre devido a falta de operários para atender o apelo de Jesus e que assumem a missão de anunciá-lo, no entanto, preferem viver o comodismo da vida. Ocorre, devido ao homem não ouvir o chamado de Deus por estar muito envolvido com o mundo e preso a ele.

          O mundo fascina o homem, e assim ele não consegue desprender-se dele. O homem não consegue enxergar sua dimensão Divina e se prende as coisas pequenas. Sendo assim, apenas alguns conseguem desprende-lo dele (mundo) quando passa por uma profunda experiência de Deus em sua vida. Esta experiência muitas vezes vem pelo gosto amargo da dor.

          Finalizando, é importante que tenhamos a atitude de Pedro, de Paulo e de tantos outros profetas. Primeiramente, reconhecer a nossa pequenez; reconhecer que somos pecadores para que a partir daí, nos entregamos a Deus para que Ele nos de a Sabedoria Divina para sermos anunciadores do Seu Reino que também é nosso e assim, todos poderem de fato conhecer Jesus e serem transformados.

Ataíde Lemos

Somos únicos
















Somos únicos
Cujo oleiro foi Deus
Que modelou-nos
Inspirando em Seu amor
Nos fazendo semelhante.
Deu-nos vida, beleza
Amou-nos profundamente.
E a cada um de nós
Fez de maneira especial
Cada um é diferente
Mas no conjunto é igual.
Dentro de nós há chama
Que por mais que chova
Não se apaga
Esta chama é o amor
Semente que Deus plantou
No momento que nos criou.

Ataíde Lemos

domingo, 29 de novembro de 2009

Advento



















Uma nova estação está para chegar
É hora de se perdoar e dar o perdão.
Enfeitar de flores o interior para aconchegar
Aquele que em nós vem para habitar.

A vida se faz e refaz a todo momento
Nascemos para o novo e para o velho morremos
Em cada natal é uma aurora desperta
É um ramo que novamente brota.

É a primavera que acorda a esperança
O sol que com seus raios traz a luz
E para um caminho novo nos conduz.

Advento é tempo de refazer o jardim
Aparar as erva daninhas que está no coração
E permitir acontecer uma bela estação.

Ataíde Lemos

Advento
















          Estamos vivendo o tempo do advento, um período de preparação para chegada de Jesus. Pois bem, desde o inicio da história da salvação logo no primeiro livro em Gênesis, Deus já anuncia a vinda de Seu filho como promessa para a restauração da humanidade. Em Gênesis 3,15 lemos; Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar.”. Nestas palavras ditas logo no principio da bíblia Deus dá inicio ao advento dizendo que pelo sim de Maria inicia a Aliança derradeira”.

          Penso que quando refletimos Deus em nossa vida, precisamos apenas ter um coração humilde e perceber que Ele não é alguém que foi idealizado por um povo, para que vivêssemos uma vida dentro de determinados valores e regras; Deus é muito mais que isso como a Palavra diz: Ele é AMOR.

         Quando o homem – segundo a história da salvação – pecou, passou a ter uma vida de sofrimento, passou a ter vergonha de si mesmo, com esta atitude se escondeu da Luz, Deus vendo esta realidade, esta situação de baixa auto estima e de morte fruto do pecado anuncia a vinda de Jesus sendo a Luz que iluminaria o homem da escuridão o qual vivia.

          Pois bem, o Antigo Testamento dá seu lugar ao Novo quando esta promessa se cumpre, através do SIM de Maria. Naquele momento o Espírito Santo fecunda seu Ser e o Verbo Divino que se faz homem. A primeira manifestação no homem da Santíssima Trindade se dá no ventre de Maria. Ela é o primeiro templo vivo da Trindade. Por isso tal saudação de Isabel, Ave te Cheia de Graça.

           Jesus vem ao mundo para resgatar e restaurar a humanidade, para devolver a vida ao homem. Sendo assim, Deus é o Deus da vida e não da morte, é neste sentido que todo aquele que se diz cristão tem por dever, por obrigação ser defensor da vida. É por isso, que o cristão deve ser contra o aborto, contra as drogas, contra a eutanásia. Enfim é por isso que todo cristão não deve aderir à cultura da morte. Pois, se Deus na Sua infinita misericórdia restaura a vida, como nós, seus discípulos poderemos ser contrario?

          Por mais que Deus seja Amor, não dá para compreender que Ele seja omisso para com pessoas que mesmo dizendo amá-lo tenha sua mente fixada as culturas de morte. O advento serve para esta reflexão individual sobre o comportamento do cristão sobre a ideologia da morte e o compromisso com a pratica do amor, da caridade, mas principalmente discernir qual o Deus professamos em nosso cotidiano; o Deus da Vida ou o Deus da morte.

          Celebrar o advento é refletir dois pontos fundamentais; um é reviver o mistério da vida, da promessa de Deus à humanidade e todos os fatos e acontecimentos até a vinda de Jesus. É observar em cada livro do Antigo Testamento as profecias que direcionam no cumprimento da Palavra de Deus. É perceber as franquezas e as virtudes de um povo que caminha na esperança da promessa feita logo no primeiro livro da bíblia.

           Celebrar o advento é refletir sobre nossa vida, sobre nossa caminhada não mais para a instauração do Reino de Deus, pois ele já se encontra no meio de nós, mas é refletir nosso encontro com Deus definitivamente.

Ataide Lemos

sábado, 28 de novembro de 2009

Deus não precisa de mim











Deus não precisa de mim
Foi por amor que me criou
No entanto, preciso Dele sim
Para saber de fato quem sou.

Ele caminha sempre comigo
Sente também minhas dores
Ele é meu grande amigo
Na alegria e nos dissabores.

O Seu nome é preciso proclamar
Por todos meios de comunicação
Para que o mundo possa despertar
Tendo-o como prioridade no coração.

Ao reconhecer um beneficio recebido
E Seu nome propagar como o autor
É uma maneira de ser agradecido
Mas sobretudo, espalhar Seu amor.

Ataíde Lemos

domingo, 22 de novembro de 2009

Quem é Jesus?




















          Em uma passagem do evangelho Jesus pergunta para seus apóstolos: No dizer do povo, quem é o Filho do Homem? Responderam: Uns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!
          Trazendo esta mesma indagação feita por Jesus para a sociedade de hoje e a cada um de nós de maneira particular, qual seria nossa resposta? É difícil responder a esta pergunta, por que ela nos compromete e nos coloca diante de uma transformação radical de vida. Talvez saibamos teoricamente, porém não temos a coragem de assumir de fato quem é Jesus, agindo como aquele jovem rico.
          Se conhecermos Jesus como grande homem que esteve no meio de nós e deixou seu legado e que, através de seus atos e palavras nos ajudou compreender um pouco mais sobre o amor ao próximo, acredito que se torna importante sua existência, mas ainda assim, não nos leva a compromissos ou seja, não nos leva a transformações substanciais interiormente.
          Se não sabemos quem é Jesus, então temos que buscar a conhece-lo de maneira mais profunda, ai sim, este conhecimento nos provocará mudanças radicais em nossa maneira de ver o mundo e o Ser humano. No entanto, o que ocorre é que temos certos conceitos e atitudes que não queremos abrir mão deles, neste sentido, viver na ignorância é a melhor maneira de não se comprometer com a ética, com a fé, com o próximo, com os valores morais, valores espirituais, etc. Agora se descobrirmos quem é Jesus, então tornaremos responsáveis pelos nossos atos, mas por outro lado, esta revelação já é a manifestação do próprio Espírito Santo em nós. Sendo assim, esta manifestação significa dizer que, aquele que descobre quem é Jesus sua vida já se encontra em comunhão com ele.
          O Ser humano vive num constante conflito interior, o conflito entre a carne e o Espírito. A carne vem do humano é corruptível, já o Espírito vem de Deus e é Santificado. A carne sofre as influencias da matéria, alias é composta da própria matéria, por elementos físicos e químicos existentes na natureza; é composta das heranças psíquicas dos pais e de antepassados. O Espírito pelo contrario, é transcendental; é a essência de Deus no homem. Por meio do Espírito Deus santifica a carne; santificando então a matéria.
          Enfim, quando compreendemos quem é Jesus adquirimos uma confiança radical aos compromissos desta descoberta, e assim, somos capazes de descobrir nossa força nele e então, e assim enfrentaremos nossas dificuldades, lutaremos de maneira concreta anunciando, denunciando e construindo o Reino de Deus no meio de nós, e sobre tudo, na busca santificação do homem por inteiro. Em suma, nos tornamos de fato discípulos de Jesus.

Ataíde Lemos

sábado, 21 de novembro de 2009

Resposta de Deus
















Hoje senti vontade de vir até aqui e conversar
Fechar meus olhos físicos e abrir o do coração
Colocar para fora o que me causa tanta aflição
Perguntas e respostas que só Você pode me dar.

Antes de perguntar eu preciso também dizer
Não sou perfeito, tenho minhas responsabilidades
Mas, mesmo assim, sinto em mim a necessidade
Ouvir de Ti uma resposta que vive me corroer.

Porque há tanta violência? Tanta falta de amor?
Porque precisamos conviver com tamanha dor?
Porque os povos não se entendem sendo irmãos?

No coração humano há um egoísmo incontrolável
E um pensamento que a vida terrena é inacabável
E assim, quer colher todos os tesouros apenas para si.

 Ataíde Lemos

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Não Chores



A vida é um presente lançado por uma semente
Que com carinho é cuidada e sendo formada
Com beijos, afagos, abraços e muita atenção
Que vai crescendo, desenvolvendo
E novamente é lançada ao chão
E assim, surgem os frutos (filhos)
Num ciclo permanente.

Mas, a vida não morre, ela se transforma
Quando por fim, na terra termina a missão
Partindo então, para outra dimensão.
A vida continua viva,
Agora já não mais no chão
Mas no gozo da felicidade,
Vivendo a plena eternidade
Em sua verdadeira morada.

Não chores com minha partida
Estou em casa, junto ao meu Pai
E Maria minha mãe querida.


Ataíde Lemos

Dor da sua partida


É difícil aceitar sua partida
Mesmo te vendo sofrer
Desculpe ser tão egoísta
Não me preparei para te perder.

Sei que foi melhor assim
Pois, agora descansou
Mas é tão difícil para mim
Saber que a morte o levou.

A casa grande, ficou vazia
Está triste, a alegria se perdeu
Em cada pertence uma agonia
Por nele ver o rosto seu.

Você e todos sofriam com a doença
Com a morte agora vai descansar
No entanto, sem sua presença
Abriu uma dor difícil de suportar.

Sei que este momento vai passar
O consolo não falta de Deus
Até peço perdão por tanto chorar
É que dói sentir falta do colo teu.

Ataíde Lemos

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Reino dos Céus











          Jesus sempre falou sobre o Reino dos Céus, e aí ficamos nos perguntando: o que é o Reino dos Céus? É um outro mundo? Será implantado neste mesmo mundo depois de sua volta? Está numa outra galáxia e apenas o veremos após nossa morte? Enfim, ficamos querendo saber o que é o Reino dos Céus e onde ele se encontra. Esta é mais uma pergunta na qual somos envolvidos e que somente a fé é capaz de nos responder.

          Deus ao conceber Jesus no ventre da Virgem Maria, pela ação do Espírito Santo, instalou naquele exato momento, o seu Reino dos Céus no meio de nós. Pois com a encarnação de Seu Filho, o Próprio Deus vem habitar na humanidade instalando aqui seu reinado. A partir de Jesus, podemos dizer que se constrói uma nova humanidade, cujos preceitos e conceitos tornam-se novos e capazes de trazer uma nova realidade ao coração do homem. Uma realidade havia antes de Cristo e agora, após sua vinda, existe uma outra.

          Em trinta e três anos de vida e três anos de vida pública, ensinando e curando, Jesus constrói o Reino dos Céus no meio de nós quando implanta as sementes do amor e da justiça, unindo a todos como uma única família, não mais de pai e mãe, mas sim de irmãos. Assim Jesus constrói uma nova filosofia humana e espiritual de vida, onde o amor é a chave que liberta e que produz a paz no coração humano.

         Mas alguns podem questionar: como aqui é o Reino dos Céus se há tanta fome, violência, desigualdade, ganância, falta de amor, etc, etc.? Pois bem, o Reino dos Céus está no coração do homem e se manifesta na ação dele. Assim sendo, podemos percebê-lo em muitas pessoas, que mesmo diante de tanto sofrimento, violência e desamor se mantêm imunes a tudo isto, sendo construtoras do amor e da paz entre os povos. O Reino dos Céus pode se manifestar e ser visto em muitas pessoas, que mesmo diante de uma doença ou da mais horrenda violência, seja ela física ou emocional, de ordem social ou política, continuam lutando contra elas mas com o coração sereno, alegres e em paz. O Reino dos Céus pode ser visto na beleza da natureza e na sincronia perfeita do meio ambiente e do Universo. Enfim, o Reino dos Céus pode ser visto em tudo desde a perfeição da vida, mas sobretudo, naquele que descobre o verdadeiro sentido da existência humana.

          Em suma, o Reino dos Céus está no meio de nós e está em cada um de nós, que procuramos viver o amor e a caridade, deixando a semente plantada para que o amanhã seja mais bonito do que hoje.

          A plenitude do Reino dos Céus, será mais um presente que nos será dado após nossa partida deste mundo, mesmo que seja sem merecimento, mas pelo imenso amor de Deus por cada um de seus filhos. Portanto, não nos cabe viver na busca do Reino futuro, mas sim viver este Reino (a vida terrena) com imenso amor, fazendo dos dias os quais recebemos de presente, um verdadeiro Reino dos Céus.

Ataíde Lemos

Revisão: Vera Lucia Cardoso

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Frases sobre a Bíblia
















          A Bíblia é para ser lida com o coração, interpretada pela razão sobre a luz do Espírito Santo.

          O importante da Bíblia não é saber se os fatos nela narrados são verdadeiros ou não, mas sim, a mensagem que os mesmos trazem.

          Desejar interpretar a Bíblia somente pela razão e como também insistir em decifrar o amor unicamente pela razão.

          Uma mesma mensagem lida na Bíblia pode ter interpretações antagônicas, pois ela é um instrumento usado por Deus para falar o momento de cada um em particular. Por isto a necessidade de saber separar o estudo da reflexão bíblica.

( Ataíde Lemos )

domingo, 8 de novembro de 2009

O Grande Homem



















Há dois mil anos atrás um homem nasceu
Veio o sentimento humano revolucionar
Sua vida, seus ensinamentos, sua ação reacendeu
Uma nova perspectiva. Construiu novos conceitos de amar

Este homem humilde, amigo, irmão viveu o amor
Mostrou que somente através dele conquista a liberdade
E que a melhor forma de encontrar a felicidade
É não buscá-la sozinho, ainda que provoque a dor.

Este homem deu ao mundo nova filosofia de vida
Como, por exemplo, não revidar com ódio a maldade recebida
Mas sim, dar a face e procurar caminhar com o inimigo.

Seu amor pela humanidade chegou ao extremo; a morte.
Por ciúmes, invejas o mataram covardemente numa cruz.
Este homem de quem falo, amo e admiro é Jesus.

Ataíde Lemos

sábado, 7 de novembro de 2009

Deus e o Sofrimento Humano














           Há uma pergunta que sempre fazemos para Deus que é; porque tanto sofrimento? Porque temos que assistir uma doença que vai matando a pessoa aos poucos como o câncer por exemplo? Doença que causa sofrimento tanto ao doente quanto aos seus familiares? Perguntamos então; o que significa o sofrimento para Deus? Porque Ele permite passarmos por isto?

          Diz que o sofrimento é uma forma de purificação, mas todos conhecemos pessoas que sempre viveram suas vidas fazendo o bem, praticando o amor, a caridade, etc. Porque estas também passam por este calvário? Jesus não teve pecado e passou pelo sofrimento e Deus permitiu, então Deus seria incessível?

          Pois bem, iniciaria com a frase de uma musica de Pe. Zezinho “Só Deus pode responder por aquilo que Ele faz”. Para nós simples mortais e humanos demais, a única resposta que pode nos responder sobre o sofrimento é através da fé. No livro de Jó também percebemos estas perguntas feitas por ele para Deus quando procurava respostas para seu sofrimento e, depois de muitas murmuras, Deus se revela a ele que humildemente faz uma profissão de Fé.

          Primeiramente é importante termo em mente que Deus é amor e sendo amor não se sente feliz com o sofrimento humano, no entanto ele (sofrimento) faz parte da nossa vida. O sofrimento de Jesus resgatou a humanidade. Foi preciso ele passar pela morte, e morte de cruz, para que a humanidade de fato entendesse que Deus ama seus filhos a ponto de entregar Seu próprio filho vendo-o ser sacrificado como um cordeiro. Se talvez isto não tivesse ocorrido o homem não desse conta de tão grande é o amor de Deus por ele .

          Voltando ao nosso sofrimento (doenças, problemas de drogas na família, etc). Primeiro, devemos sempre ser conscientes de que as doenças não caem do céu e nem sempre é uma ação do demônio, mas sim são conseguencias da vida, conseqüências de nossas ações. São situações seja por meio interno ou externo que surgem. Enquanto pessoa humana, biológica, psicológica sofremos reações químicas que nos leva a adoecer. Por fim, precisamos também ser conscientes de que grandes partes das doenças são psicossomáticas e ainda que, nosso comportamento também gera doenças. Em suma, a doença faz parte do ser vivo seja ele racional ou não.

          Como pessoas sensíveis, emocionais e racionais o sofrimento nos abate profundamente e como seres espirituais, levam-nos a questionar Deus. No entanto, pela fé vamos percebemos que Deus não está feliz, pois Ele sente a nossa dor, portanto, sofre junto conosco, mas Deus enxerga a diante de nosso momento.
Aí lanço uma reflexão: o que seria de nós se Deus não estivesse junto conosco, mesmo que não percebendo muitas vezes Sua presença? É Ele que nos conforta, nos da força para superar as situações de dores. Enfim, ainda que não O vemos por encontrarmos envolvidos no sofrimento Ele sempre se faz presente.

          Voltando a Jesus, seu sofrimento nos trouxe a libertação, através dele (sofrimento) recebemos a vida eterna. Assim, também devemos encarar nossos sofrimentos, já que todos passamos por ele. Devemos tirar lições, e assim sermos melhores. O sofrimento deve provocar em nós mudanças de atitudes diante nossos conceitos anteriores, fazendo-nos valorizar mais nossa vida e a do outro. O sofrimento é difícil de aceitar e se transpor, no entanto, ao superá-lo, tiramos grande lições de amor e de humildade. Enfim, como o sofrimento de Jesus na cruz nos libertou, assim também, o nosso ocorre da mesma maneira, isto é, nos liberta do egoísmo, do orgulho, da vaidade, fazendo-nos novas criaturas. Em suma, termino como iniciei, somente encontraremos a resposta do porquê de Deus permitir o sofrimento pela Fé.

         Ataíde Lemos

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Súplica de um dependente químico
















Senhor; estou diante de Ti
Quero abrir meu coração;
Brinquei com fogo e me queimei
Agora perdido me encontro
Como sair desta não sei.
Estou completamente doente
Perdi o comando do corpo e da mente
Mergulhei numa dependência
Que me mata a cada dia mais
Como também destruo meus pais.
A cada instante sinto-me mais fraco
Tenho menos força para resistir
A compulsão, a ansiedade
Que ela proporciona
Deixando-me totalmente entregue
Sem dela conseguir me libertar.
Muitos não mais acreditam em mim
E não posso acusá-los ou culpá-los
Pois sempre me deram carinho, atenção
De alguma maneira tentaram me ajudar
Mas de olhos sempre fechados
Não os abri para enxergar.

Senhor; somente Tu sabes minha dor
Nem eu, tenho a total dimensão
Só sei que perdido estou.
Pareço ser um caso sem solução
Mas recorro a Vós de coração
Acredito piamente em Seu amor
Mesmo sem merecer
Pois durante toda minha vida
Vivi sem Lhe buscar
Pelo contrario, muitas vezes
De Ti, vivia zombar.
Porém, mesmo afastado de Vós
Sei que jamais deixou de me amar
Esteve sempre a me esperar
Por isso, neste momento de escuridão
Peço a Ti também perdão
E reconstrua-me novamente
Faça-me um vaso novo em tuas Mãos.

Ataíde Lemos

domingo, 1 de novembro de 2009

Bem Aventurados














Bem aventurados são os que não se calam
Denunciando as injustiças entre irmãos.
Vozes corajosas que entre as multidões ecoam
Para que sejam ouvidas por toda a nação.

Bem aventurados são os promotores da paz
Que não desistem de lutar pela vida
Sendo comumente incompreendidas
Mas não esmorecem de seus ideais voltndo atrás.

Bem aventuradas as pessoas que são injustiçadas
E por tantos são tratados como malfeitoras
Que pela cor, etnias, pobreza são humilhadas.

Bem aventurados são todos que não acomodam
Que não tem olhos voltados apenas para si mesmo
Sendo despojados e convictos no amor que acreditam.

Ataíde Lemos

Aparecida
















Com alegria componho canção
Viajando na boleia do caminhão
Vou à Aparecida em romaria
Muito feliz visitar a mãe Maria.

Levo para ela perfumadas flores
Alegria, mas também minhas dores.
Todo ano com carinho e devoção
Vou a sua casa repousar meu coração.

Lá, sinto-me em casa, numa família completa
A mãe Maria com seu filho, meu irmão, Jesus
Recebendo-me com uma enorme festa.

Em Aparecida sinto-me imensa alegria
Ao ver tantos reunidos num grande banquete
Alegres mesmo com as dificuldades do dia a dia.


Ataíde Lemos

sábado, 31 de outubro de 2009

Finados e a vida eterna




         Finados além de ser um dia para visitarmos os jazigos de nossos entes queridos que partiram de junto de nós, é um dia também de profunda reflexão sobre a eternidade.



          A morte é uma tristeza sem fim quando não acreditamos que ela não é o fim. Quando não somos pessoas espirituais no sentido transcendental. Quando somos materialistas. Enfim, quando não conseguimos ultrapassar a dimensão humana do homem. Porém, a morte passa a ser um estagio da vida; passa a ser apenas um momento da lembrança e da saudade física quando nossa fé nos motiva a acreditar que a morte não é o fim, mas a passagem de um estado de para um outro de vida.

          Varias religiões inclusive as não cristãs também acreditam nesta outra dimensão de vida, porém, para os cristãos Jesus vem reforçar a vida eterna. Há varias passagens evangélicas onde ele nos fortalece a fé nesta direção. Existe aquela onde Jesus diz que Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos; outro momento forte é seu dialogo com Marta e Maria no episódio da morte de Lazaro e entre vários tantos, um que se destaca. é a sua própria ressurreição e as aparições após a morte. Nas aparições Jesus sentava, conversava, comia com os apóstolos. Suas aparições eram no sentido de fortalecer o cristão a acreditar na ressurreição.

          São Paulo em uma de suas cartas diz que a fé do cristão se baseia na ressurreição de Jesus, pois, se assim não for vã é nossa Fé. Se não acreditarmos nela, não nos faz sentido dizermos que somos cristãos. Se não acreditarmos na ressurreição nossa espiritualidade é simplesmente pagã. O cristão não é um admirador de Jesus como mestre, como um homem, mas sim, alguém que acredita que Jesus é Deus e a ele é dado o poder sobre o céu, a terra, a vida, a morte. Dada pelo seu Pai e nosso, como herança de Cristo.

          Pois bem, mesmo acreditando na ressurreição e tendo a certeza que não somos deste mundo, todo cristão deve ser consciente que precisa viver e promover o Reino de Deus aqui. A morada definitiva não se dá pelos nossos méritos, mas pela graça e misericórdia de Deus. Nenhum de nós somos merecedores desta graça.

          Jesus não só veio revelar a vida eterna, também veio nos ensinar como viver o Reino de Deus no mundo. Aquele que entende e assimila seus ensinamentos certamente já goza da graça da ressurreição, pois, a vida eterna é uma conseqüência da vida terrena.

          Finalizando, acreditar na vida eterna é sentir a segurança de que a morte não existe, mas que é apenas uma passagem. Acreditar na vida eterna é também uma atitude de comprometimento com a vida humana e terrena. Acreditar na vida eterna é ser uma pessoa transformadora da realidade em que vive. Acreditar na vida eterna é compromisso com a paz, com a denúncia das injustiças. Acreditar na vida eterna e ser a favor da vida em qualquer situação.

Ataíde Lemos

domingo, 25 de outubro de 2009

Quando se abater
















Em Jesus somos todos vencedores
Pois na cruz carregou nossas dores
Então, não temos nada o que temer
É seguir em frente e a vida viver.

Em cada obstáculo que encontrar
É levantar os olhos e a cruz se voltar
Reviver o sacrifício feito por Jesus
Que verá o brilhar e a força da Luz.

Não há mais escuridão no caminho
Não nos encontramos mais sozinhos
O amor de Deus se fez através da paixão
Pela morte do filho, Deus tirou-nos da prisão.

Na cruz ficou todo nosso pecado
Por seu precioso sangue fomos lavados.
Se por um homem entrou a iniqüidade
Por outro, restabeleceu a liberdade.

Basta olhar para frente e seguir
E quando o sofrimento insistir
Lembre-se do Amor de Deus por ti
Que não lhe fará jamais desistir.

Ataíde Lemos

domingo, 27 de setembro de 2009

O Sopro de Deus














          O homem, segundo a Bíblia, é imagem e semelhança de Deus. Foi o Sopro de Dele que lhe originou a vida. Até então, o homem era apenas uma escultura; algo sem vida.

          Podemos entender também que este Sopro de Deus é a essência que faz o homem tornar-se além de humano um ser Divino. Um ser que precisa de Deus para conseguir viver a plenitude da vida. Sem esta essência Divina o homem é apenas um composto químico perdido em sua existência.

          Ainda que haja pessoas que se dizem ser ateus, isto é aqueles que professam não acreditar numa vida após a morte dentro de si tem a essência de Deus e também recebem todas as influencias Dele, pois, convive socialmente sendo influenciados, ainda que inconscientemente, por uma educação de pessoas que acreditam na existência de Deus.

          O homem é seu meio, são as circunstâncias em que vive. Mesmo sendo um ser único e subjetivo não se faz sozinho, na verdade, ele é um resultado em constante educação através das experiências pessoais, interpessoais, etc.

          Carl Jung diz que o homem já nasce com uma estrutura em seu inconsciente – os arquétipos – onde recebe uma herança inconsciente do passado. Enfim, ainda que muitos digam serem ateus, portanto, podemos deduzir que suas atitudes são de pessoas espirituais. É preciso também frisar que o homem além de carregar heranças inconscientes espirituais, traz consigo heranças humanas e que, com o caminhar da vida, vão se somando na construção de sua personalidade em ambas dimensões.

           O homem marcha lado a lado com sua dimensão humana e divina, porém devido à falta de conhecimento e aprofundamento espiritual se apega à humana e isto o leva a ter atitudes na maioria das vezes exclusivamente humanas. Há varias atitudes que são exclusivas humanas como por exemplo, o apego à vida, a matéria, o medo da morte, o egoísmo, a ganância, etc, etc. 

          O que podemos observar é que, à medida que o homem desenvolve-se espiritualmente passa a valorizar mais seu lado espiritual. Embora estas dimensões (humanas e divinas) estão ligadas intrinsecamente, o homem vive seu lado espiritual em seu dia a dia com maior intensidade seja ingressando em alguma entidade religiosa se aprofundando mais espiritualmente e/ou vivenciando-a na prática em seu cotidiano exercitando o amor, a caridade e mudando assim seus conceitos em relação à vida sua e do outro.

         Enfim, o desenvolvimento espiritual passa a suprir o humano e o homem deixa de temer de forma em demasia a morte, ou melhor, passa a aceitá-la, pois acredita em sua imortalidade. Outro fator também e ter uma outra conotação em relação a vida, valorizando-a e descobrindo o verdadeiro sentido de sua existência. Em suma, quando o homem passa a entender o sentido do Sopro de Deus, deixa de ter atitudes exclusivamente humanas e se insere numa vida ainda que terrena, porém na plenitude dela.


Ataíde Lemos

sábado, 26 de setembro de 2009

Não tenhas medo















Não tenhas medo quando a noite chegar
Nem tenhas medo da tempestade que estas por passar
Um novo dia irá ressurgir
E também um novo sol radiante irá sentir.

O sofrimento faz parte das estradas que temos que percorrer
Onde temos a oportunidade de com ele aprender
E também descobrirmos que sem Deus é difícil viver
Que sem Ele, na liberdade, acabamos por nos perder.

A beleza da vida não está somente na alegria
Não está em não passar pela dor
Mas sim, descobrir que em cada novo dia
Nascemos novamente para o amor.

*Ataíde Lemos*

domingo, 20 de setembro de 2009

Pedagogia de Deus













           O homem nasce, vive e morre egoísta. Esta é uma característica humana, esta é a razão do homem viver constantemente confrontando com a dor, pois, ele está numa busca constante de sua felicidade, porém uma felicidade egoísta. Esta dor pode vir de varias formas. No entanto, é o sofrimento que faz o homem crescer em todos os sentidos, tanto como pessoa humana como também espiritual.

          Pois bem, a pedagogia de Deus é proporcionar ao homem por si mesmo se encontrar, crescer e assim conquistar a paz e o sentido de sua existência. Ele dá todas as condições necessárias para que isto ocorra através de Sua Palavra, por meio dos acontecimentos no cotidiano do dia a dia.

          Como sempre ouvimos dizer, Deus dá o livre arbítrio ao homem, isto é, Ele não dita as regras e nem pressiona, pelo contrario, dá a ele (homem) toda liberdade de conduzir a vida segundo sua vontade. No entanto, Deus está sempre presente e escrevendo a história juntamente com o homem, apontando caminhos mostrando o certo e o errado, porém a Palavra diz: “diante de ti coloco vida e a morte”, é o homem que vai escolher. No entanto, mesmo que indiretamente esta escolha sempre será forçada - devido ao sofrimento - no caminho da paz e da felicidade verdadeira.

          O que podemos tirar desta pequena reflexão é que, em primeiro lugar; a dor, os sofrimentos são necessários para que homem despoje de seu egoísmo e abre a mente tornando-se humilde para reconhecer sua fragilidade e a partir daí crescer. Segundo; é pelo sofrimento que o homem reconhece e aceita Deus como um Ser Absoluto e Supremo.

          Enfim, Deus não compraz com o sofrimento humano e nem deseja ao homem sofrer. Ele é AMOR, e quem ama jamais é feliz ou se mantém feliz com a dor do outro. No entanto, é pelo sofrimento que o homem se encontra e também encontra Deus.

Ataíde Lemos

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Imensa Dor
















Quanto pode valer uma vida para Deus?
Será possível de chegar a uma exata quantia?
Ele deu parte de Sua vida, deu tudo que havia
Para que não se perdesse nenhum dos filhos Seu.

Não tem como imaginar quando Deus sofreu
Ao permitir tamanho sofrimento, imensa dor
Em seu Coração lágrimas de sangue, tudo por Amor
Ao ver agonizar na cruz, presenciando calado, o filho Seu.

Esta dor que Deus permitiu em Si acontecer
É a maior prova de amor que Ele nos deu
Chorando em silencio, vendo Seu filho morrer.

Em Jesus somos mais que vencedores
A custa de sangue, de dor da Santíssima Trindade
Isto nos basta para agradecer a vida dando a ela louvores.

Ataíde Lemos

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Amar a Deus Sobre Todas as Coisas

 
          Certa vez Jesus foi questionado por um jovem de qual seria o maior dos mandamentos da Lei de Deus. Então, Jesus respondeu dizendo: “Amarás o Teu Deus de todo coração, de todo entendimento e teu próximo como a Ti mesmo”.
          Desta maneira Jesus resumiu a espiritualidade daquele que quer caminhar com ele sendo seu discípulo. Ele revela o que seu Pai espera de cada um de seus filhos.
          Pois bem, aqui entra onde este meu texto quer refletir.
          É comum vermos pessoas dizerem que promover à justiça, o amor, a caridade é estar fazendo a vontade de Deus, ou que é isso que Ele quer de nós. Criamos a idéia que agindo assim voltados exclusivamente para o próximo já estamos kits com Deus.
          É importante entendermos que amar o irmão, praticar a filantropia, ser uma pessoa que procure viver a justiça não significa dizer que colocou Deus em primeiro lugar na vida. Há muitos que fazem tudo isto, e na verdade, são ateus não aceitando em hipótese algum a existência de Deus. Outros têm espiritualidades que desfiguram totalmente o Deus o qual nos foi apresentado.
          Porem, quando na verdade seguimos o pensamento de Jesus e colocamos Deus acima do próximo, o amamos sobre todas as coisas e de todo nosso entendimento, certamente, somos movidos viver o segundo seu mandamento, isto é, promovendo o amor, a justiça, a caridade, pois este compromisso está ligado ao amor a Deus e não exclusivamente ao próximo.
          Temos que procurar viver estes mandamentos de maneira correta, eliminando muitas vezes desculpas por não viver nossa espiritualidade comprometido com uma religiosidade ou mesmo com a comunidade de Fé.
          Deus deve ser glorificado, não que necessite, mas  para que muitos que sofrem ou que estão perdidos em suas vidas possam descobrir que Nele é que encontra o refugio e saibam que se fazemos algo de bom não é exclusivamente por nós, mas sim Ele em nós, e assim Deus é anunciado para muitos que vivem o materialismo, o imediatismo e não O conhece.
          Nossa atitude de anunciadores, de vivencia na espiritualidade devem ser testemunhadas de palavras mesmos que espaçadas fazendo referência a Deus, nossa Fé e ao amor por Ele, principalmente, quando desenvolvemos atividades de justiça, de filantropia que é amor ao próximo para que as pessoas percebam que nosso amor, nosso empenho não vem de nós, mas do amor de Deus que move em nós a pratica da caridade e as pessoas possam também o Amá-lo e assim nos diminuímos para que Ele apareça. O amor à Deus, deve estar sempre na frente de qualquer expressão seja de amor ao próximo ou a nós mesmo.
          Ataíde Lemos