domingo, 27 de junho de 2010

Os Discípulos De Emaús E Nós



















Jesus ressuscitou, mas por um período ficou no meio de nós, não como um fantasma, mas suas aparições consistiam em manifestar a ressurreição, cumprindo assim suas palavras fortalecendo os discípulos acreditarem nas promessas e na vida eterna.

Entre estas aparições uma delas nos chama atenção, quando encontra os dois discípulos que estão tristes caminhando de cabeça baixa falando de todos os acontecimentos ocorridos naquela páscoa. Percebe-se que, aqueles dois homens eram amigos íntimos de Jesus e o conhecia muito bem, pois narram os fatos ocorridos com perfeição e demonstram muita tristeza e inconformados pelos acontecimentos.

Muitas vezes, nas atribulações do dia a dia de nossa vida passam despercebidos momentos primordiais tanto boas como de sofrimentos. Embora digamos acreditar em Deus, não conseguimos ampliar nossos olhos e vê-lo, ou mesmo tirar lições de tais acontecimentos.

É comum diante de um sofrimento lamentarmos, nos achando que somos esquecidos por Deus ou que Ele não nos ama o suficiente devido nossas falhas, ficando numa murmuração sem fim, reclamando de tudo e de todos. Temos atitude daqueles discípulos, isto é, ficamos tristes vivendo um passado onde não enxergamos o verdadeiro sentido dele.

Quantas vezes Deus está sempre querendo nos acordar, chamar a atenção para a nossa felicidade, para o fortalecimento, porem devido nossas lamentações nossos olhos da fé permanecem fechados não enxergando Deus caminhando conosco.

No entanto, Deus sempre está atento e jamais perde a esperança de que abriremos os olhos da fé e quando percebe que não conseguiremos enxergar a Sua presença, através de sinais se revela da mesma forma que revelou aos discípulos de Emaus, partindo o pão. Aquele gesto imediatamente os fez reconhecer seu mestre.

Quanto mais percebemos a presença de Deus caminhando conosco procurando aprender com os acontecimentos e tiramos lições de certos momentos, mais rápido pode encontrar a solução e com alegria podemos carregar nossas cruzes na certeza da vitória.

Jesus caminhou longo tempo com aqueles discípulos, porem a tristeza, a cabeça baixa os tornou cegos, não permitindo reconhecerem que Jesus caminhava com eles, mesmo ele narrando toda a história da salvação, especialmente as partes onde dizia sobre a ressurreição.

Certamente, este evangelho é muito contextual na nossa vida. Que esta boa noticia possa nos proporcionar a não ficar na beira do caminho devido os obstáculos, mas sim, aprender a passar por ele na certeza de que Jesus nos ama e caminha conosco.

Ataíde Lemos 

quinta-feira, 24 de junho de 2010

João Batista



~















Uma voz gritou no deserto
Arrependei-vos das más ações
O Reino está por perto
Convertei-vos vossos corações.

Com coragem João denunciava
Os pecados e pedia a conversão
Enquanto alguns o admirava
Outros planejavam sua destruição.

Ao ver Jesus se aproximar
A todos João exclamou
Este é o cordeiro que chegou
Do pecado; o mundo ele veio libertar.

Diante Herodes não se calou
Motivo que o levou a prisão
Pois, publicamente o denunciou
Mas, ele lhe tinha admiração.

Herodias matá-lo planejou
Um plano diabólico delineou
Sua cabeça foi decapitada
Numa bandeira lhe foi presenteada.

Ataíde Lemos

domingo, 20 de junho de 2010

Ser Cristão e Fazer a Experiência de Jesus Ressuscitado


















Ser cristão é fazer a experiência de Jesus ressuscitado. A páscoa nos proporciona esta oportunidade. Viver a páscoa é isto, é mudança de vida, e somente ocorre, quando fazemos a experiência não de um Jesus humano, mas sim, um Jesus agora ressuscitado.

Esta experiência passa por uma transformação de mente, assumindo nossa condição de homens pobres, miseráveis, maus para que assim, desprendemo-nos de nós, reconhecendo de fato quem é Jesus; o filho de Deus.

Muitos dos que viram Jesus logo após sua ressurreição não o reconheceram, porque isto ocorreu? Certamente, porque a cabeça dos discípulos ainda se encontrava voltada às coisas humanas e embora Jesus conversasse com eles, comia com eles, ainda sim, não perceberam que aquele homem era o próprio Cristo. Enfim, os discípulos ainda que o conhecesse, tendo convivido com ele, não haviam feito a experiência do Jesus ressuscitado.

A dificuldades deles em reconhecer Jesus ressuscitado e fazer a experiência de fé também é a mesma dificuldade que encontramos. Esta falta de viver esta experiência nos leva a não assumirmos nossa Fé autentica, deste modo, vivermos em constantes vacilos e posições anticristãs. A fé cristã exige tal experiência.

As escrituras do Antigo Testamento tiveram como objetivo central preparar e apontar a vinda de Jesus, no entanto, observamos que poucos foram aqueles que o reconheceu. O Novo Testamento é a aliança que ocorre, e seu objetivo é apresentar Jesus, prepararando o povo para sua segunda vinda. Sua segunda vinda consiste em acreditar de fato que Jesus ressuscitou, vive e reina. No entanto, é fundamental que a fé em Jesus aconteça pela nossa consciência de tudo que somos, para que a partir daí, aceitamos a ser sua testemunha e discípulos.

Acreditar em Jesus simplesmente pelos livros, por uma catequese sem fazer a experiência dele no dia a dia é viver uma fé morta, pois, seremos levados pelo vento. Enfim, é uma fé sem consistência.

Quando fazemos a experiência de Jesus ressuscitado, evidentemente somos transformados e nada consegue desviar nossa caminhada, nosso seguimento a Jesus. Passamos a compreender o que significa a palavra Vida e assim, a defendemos sem questioná-la desde sua concepção, sendo contra todas as ideologias de morte que possa existir.

O cristão que faz a experiência de Jesus ressuscitado não é cego, nem fundamentalista em suas posições. Não é ignorante, pelo contrario, ele é alguém que aceita os mistérios de Deus, e tem sua vida direcionada a defendê-la, desta forma, não sede aos apelos do mundo, mas sim, se torna o transformador dele (mundo). Pois Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida e assim, pela experiência de Jesus ressuscitado o cristão assume sua condição de pecador, tornando-se missionário, (propagador do Reino dos Céus) e defensor da Vida em toda sua dimensão.

          Ataíde Lemos

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Interpretação da Bíblia

















Ao se ler um texto seja ele grande ou pequeno, seja um conto ou um poema quando se faz uma interpretação cada leitor entende de maneira diferente, pois cada um, faz uma leitura segundo seu juízo. É importante ressaltar que estas diferentes interpretações não ocorrem apenas em relação à leitura, mas também a partir de imagens.

Pois bem, iniciei o texto com estas colocações para entrar num tema complexo e polêmico que é a interpretação da bíblia. Todos sabemos que a bíblia que é uma biblioteca de livros divididos em antes e após Jesus. Uma biblioteca que narra a história de um povo durante vários séculos e sendo assim, cada qual narrado num contexto cultural, social, político e espiritual.

Na bíblia está todo um projeto de Deus desde do Antigo Testamento (livros escritos antes da vinda de Jesus), preparando um povo para receber Jesus como também o Novo Testamento que inicia com os quatro evangelistas, as cartas de Paulo e dos apóstolos, onde a mensagem na sua essência é salvifica. No entanto, é preciso frisar que ela deve ser lida e interpretada segundo contexto de um tempo.

A bíblia não é livro simples de entendimento, pelo contrário, é complexa, pois nela contem vários textos que, para serem interpretados exige estudos, conhecimento teológico a fim de que, algumas mensagens levem pessoas entenderem determinados textos complexos. Outro fato importante é que, a bíblia é um livro de dimensão espiritual, ou seja, embora é um livro com narrativas históricas, sociais, culturais, de linguagem simbólicas se destina ao desenvolvimento espiritual, portanto, ao lê-la e estudá-la não pode ser interpretada somente no âmbito racional e nem pode ser de forma fundamentalista.

Como iniciei, para todo texto há inúmeras interpretações, neste sentido, a maioria das religiões constrói uma interpretação bíblica constituindo um conteúdo de ensino teológico. Não quero com isto afirmar que devemos ter uma visão míope ou cega ou mesmo dogmática em determinadas interpretações, mas sim, ao depararmos com certas duvidas procurar orientação naqueles que são conhecedores, em termos de teologia a qual estejamos inseridos. Quando estas dúvidas não são sanadas de maneira convincente, devemos entrar em oração para que venhamos a encontrar uma resposta.

Quando analisamos as religiões, percebemos que quase todas baseiam suas doutrinas na bíblia, portanto, os membros de uma religião aceitam tais interpretações de seus lideres ou pastores, partindo desta primícia, ninguém que professa uma espiritualidade e que faça parte de uma religião interpreta-a por si mesmo, mas pelo que lhe é ensinado.

Finalizando, é necessário dizer que os cristãos católicos interpretam a bíblia, segundo o Magistério e a Tradição da Igreja Católica que teve seu inicio a partir de Pedro como o primeiro papa até o atual Bento XVI e as outras religiões a interpretam a partir do ensino teológico constituído por seus lideres que passaram a ter um outro entendimento nos textos bíblicos.

Ataíde Lemos

sábado, 12 de junho de 2010

Santo Lugar














Aqui é um local que gosto de vir
abrir meu coração,
expor meus sentimentos,
dividir minhas angustias,
falar de minhas fraquezas,
te agradecer e pedir perdão.
Te olhar, me olhar, te adorar.
No silêncio te encontrar

Aqui é um local que gosto de vir,
buscar a paz interior
reabastecer as forças para enfrentar a vida.
Venho matar a sede, saciar o corpo,
descansar a alma,
contar meus planos, meus sonhos
meus segredos, pedir orientação.

Fico te olhando, elevando o pensamento,
refletindo minha vida,
Envolvendo-me em seu mistério,
fazendo pequenas viagens no interior,
mergulhando no teu Amor,
sentindo tuas palavras
colocadas no meu coração

Tanta correria, agitação
e você aqui a espera de um encontro.
Tantos passam por onde você está
com fardos enormes, pesados
passam por aqui correndo, apressados,
e nem um minuto te dá.
As vezes um minuto tão precioso
tão buscado, tão necessário
capaz de transformar estes fardos
em bênçãos e graças .

Ataíde Lemos

sábado, 5 de junho de 2010

Privilégio de se ter fé


















Tem dias que o sol se fecha
e nuvens cinzentas surgem,
com ela brota o medo
pelas tempestades
que se formam na vida.

Nossos corações amedrontam,
perdemos o leme
e com ele toda a direção.
A escuridão que se faz
sombreando o horizonte
perdemos a alegria, a paz.

São nestes momentos
que somos abraçados
pelo infinito amor de Deus.
Então, nos sentimos abrigados
protegido de nossos medos
aliviando-nos do sofrimento.

Este é o privilégio de se ter fé;
jamais sentir-se sozinho,
tendo a certeza que há uma luz
iluminando sempre o caminho
e tendo onde se abrigar
ou um colo para chorar
quando surgem noites traiçoeiras.

Ataíde Lemos

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Mistério da Eucaristia














O Mistério na Eucaristia é tão profundo que se fosse a aceito pela totalidade do alto clero ela jamais teria se dividido permanecendo uma única Igreja Cristã.   

Ataíde Lemos