domingo, 24 de janeiro de 2010

Exorcismo




















          Estava lendo um material sobre o exorcismo, o que é obsessão espiritual e o que é possessão demoníaca. De como a igreja católica abordava no passado e como ela trabalha esta questão hoje.

          Pois bem, a igreja católica é muito prudente, não age através do impulso e nem faz espetacularização, nem tão pouco segue a onda, isto é, fala que a sociedade quer escutar e nem mostra o que o povo quer ver para ter popularidade. Enfim, ela segue os ensinamentos passados por Jesus e segue também a evolução dos tempos e da ciência. Enfim, ela anuncia o mesmo evangelho ontem, hoje e sempre a qual recebeu como missão através de Jesus e da Tradição, independente agrade ou não gregos e troianos. Em suma, a igreja segundo o tempo mantém os ensinamentos de Jesus de maneira atualizada.

          Em se tratando do exorcismo, a igreja católica mantém a afirmação da existência do demônio e da ação dele no mundo e no homem. Ainda que alguns teólogos, ou padres às vezes fazem algumas afirmações da não existência do demônio, atribuindo ações demoníacas a desequilíbrios psiquiátricos, emocionais ou mesmo atribuindo os males que ocorrem no mundo fator da ação pura e simplesmente do homem. Porém, este pensamento de alguns membros da igreja católica não é o pensamento oficial da igreja.

          Na verdade, como colocado acima, a igreja católica é prudente e para ela a Fé e Razão caminham juntos, sendo assim a ciência jamais pode ser ignorada. Isto é, a ciência precisa ser ouvida, entendida e acompanhada, não que se a coloque acima da Fé, mas como fator, pois a ciência acaba contribuindo para a firmação da Fé e consecutivamente, levar o homem cada vez mais acreditar na existência de Deus, pois o que a ciência não explica a Fé revela e o que ela explica a Fé confirma.

          Portanto, a cautela da igreja católica em relação à obsessão espiritual e possessão demoníaca é devido ao avanço da ciência e não uma negativa da existência do demônio. No entanto, mesmo com a evolução da ciência ela continua firme e convicta que o demônio existe e que age no homem possuindo seu corpo como também age levando o homem a viver uma vida fora dos princípios de Deus. Isto é, o demônio age induzindo o homem a viver no pecado.

          A igreja interfere exorcizando uma pessoa quando se dá por convencida, após comprovação médica e por vários sinais apresentado pelo possuído como:

          Ø . Falar línguas estranhas.
          Ø . Exibir força descomunal, desproporcional ao biotipo do indivíduo. Referir-se a coisas, tempos e lugares que a pessoa jamais viu.
          Ø . Repudiar Deus, a Virgem Maria, os homens santos, a santa cruz e os retratos/imagens sacros.
          Ø . Falam palavrões, são agressivos em relação às outras pessoas.
          Ø . Há uma mudança no olhar e na maneira de falar. Nada parecido com o exagero desses filmes de televisão.

         Quando igrejas evangélicas enfatizam a ação do demônio de maneira mais comum, isto é, uma reação anormal de uma pessoa já caracterizando como possessão ou obsessão, de alguma maneira, ela acaba também atingindo êxito, pois a oração cura e liberta o homem independente sua doença ser física ou emocional. Porém, nesta oração caso a pessoa esteja sobre a ação demoníaca a oração exorciza. Enfim, onde está Jesus está a libertação do homem. Portanto, a diferença entre a Igreja católica e as evangélicas em relação ao demônio está no critério utilizado entre uma e outra.

Ataíde Lemos

Um comentário:

  1. O duplo princípio do bem e do mal, foi durante muitos séculos a base e o ponto de partida de todas as crenças e doutrinas religiosas, bem como dos dogmas,cultos,cerimônias, costumes e da moral. Segundo a igreja, o demônio é uma personificação alegórica do mal, mas uma entidade real, praticando exclusivamente o mal, enquanto que Deus pratica exclusivamente o bem. Tanto um como o outro existem desde toda a eternidade, ou não? Pois se o demônio existe desde toda a eternidade, é também incriado e por consequência igual a Deus. Aí teremos um Deus do bem e outro do mal. Mas se o demônio for posterior a Deus, neste caso passa a ser uma criatura de Deus e será que Deus teria criado uma criatura para ser votada exclusivamente e eternamente ao mal? Então Deus deixaria de ser profundamente bom. Não. Deus os criou bons com os mesmos fins, predicados e destinos dos Espíritos sublimes de glória. Mas se Satã e os demônios foram criados por Deus como Anjos, eles eram perfeitos, sendo perfeitos como puderam falir a ponto de desconhecer a autoridade de Deus? Em cuja presença se encontravam? Se eles fossem criados como nós, que temos que percorrer gradualmente a escala da perfeição, ainda poderia ser que tivessem tido um retrocesso, mas não, eles eram perfeitos e angelicais em suas origens. A conclusão que se chega então, é que: segundo a igreja Deus não é infalível. Nem a igreja nem os sagrados anais, explicam satisfatoriamente a causa da rebelião dos anjos para com Deus. Neste ponto, tanto a igreja como a História se calam. As palavras atribuídas a Lucifer, revelam uma ignorância admirável para um Arcanjo, que por sua natureza e grau atingido não poderia agir desta forma. Então eu pergunto:De quais fontes saíram as palavras que colocaram em sua boca? Que fonte foi essa que empresta aos anjos uma linguagem tisnada de ignorância e que coloca os homens contemporâneos mais sábios que os anjos? Há grandes contradições nas afirmativas da igreja.
    Um outro raciocínio que não dá para fugir, é que Deus onisciente sabia desde sempre que alguns anjos viriam a falir e a arrastar boa parte da humanidade com eles. E assim de caso pensado, previamente condenava o gênero humano. Como poderia condenar a sua própria criação ao inferno? Deste raciocínio não dá para fugir, porquanto de outro modo teríamos que admitir a inconsciência divina, apregoando a não presciência de Deus. É impossível identificar uma tal criação com a soberana bondade.
    Segundo a doutrina espírita de Allan Kardec (O Céu e o Inferno), eles são entidades distintas e a criação de seres inteligentes é uma só. Unidos a corpos materiais esses seres constituem a Humanidade que povoa a Terra e as outras esferas habitadas; uma vez libertos do corpo, constituem o mundo espiritual ou dos Espíritos. Deus os criou perpectíveis e deu-lhes por escopo a perfeição, com a felicidade que dela decorre. Não lhes deu contudo a perfeição, pois quis que a obtivessem por seu próprio esforço, para que lhes pertencessem este mérito. Deu-lhes o livre arbítrio e daí resulta os diversos graus de adiantamento moral e intelectual, conforme suas posições na imensa escala do progresso.
    Em todos os graus existe, portanto, ignorância e saber, bondade e maldade. Nas classes inferiores destacam-se Espíritos ainda profundamente propensos ao mal e comprazendo-se com o mal. A estes pode-se denominar demônios, pois são capazes de todos os malefícios a eles atribuídos e de influenciarem as pessoas que se encontram na mesma faixa vibratória que eles ou desequilibradas. Mas eles não estão condenados eternamente ao mal. Eles podem se regerar e evoluir e este raciocício me parece mais condizente com a justiça, misericórdia e a bondade de Deus.
    Não concordo que a Igreja tenha sempre caminhado levando em conta os progressos da ciência. Mas esta é uma outra história.

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