segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A Atitude do Filho mais Velho na Parábola do Filho Pródigo



















É muito comum pessoas que se dizem cristãos ou mesmo de outras doutrinas monoteístas, onde professa um Deus Único, terem atitudes como, por exemplo, não serem capazes de distinguir entre o pecado e o pecador. Pessoas que têm atitudes e ideologias a favor da morte como ser favorável ao aborto, ou mesmo as praticas que vão contra o amor e contra o perdão.

Hoje, está se criando uma ideologia egoísta, onde o importante é o que penso, tendo o direito de fazer o que quiser. Uma ideologia onde “tudo posso”, e assim, se está criando uma sociedade individualista. Isto é, cada um tendo seu Direito de ser individualista e não Direitos Humanos, sem sequer poder ser levado a refletir sobre suas praticas, correndo o risco, daquele que o fizer cometer crimes podendo ser preso. Enfim, na busca de conquistar direitos, está destruindo o Ser humano, quando se propõe em limitar as reflexões sobre valores espirituais.

Pois bem, ouvia atentamente a fala de um seminarista sobre a Parábola do Filho Pródigo, ao falar sobre a atitude do filho mais velho me chamou atenção.

O filho mais novo com vontade de viver a vida acabou pegando sua herança e se foi. Durante anos viveu como desejou, esbanjou todo o dinheiro com bebidas, prostitutas, farras, etc. Após o dinheiro acabar viveu o outro lado da moeda, isto é, a pobreza, a miséria a falta de alimentação, enfim, durantes anos sofreu as conseqüências de sua escolha até que resolveu voltar.

Certamente, voltou completamente diferente de como saiu, isto é, barbudo, sujo, rasgado, desfigurado como um andarilho, no entanto, o pai não estava preocupado com sua aparência e muito menos do que ele havia feito com toda a herança recebida, pelo contrário, o pai ao avistá-lo correu ao seu encontro para abraça-lo. Diz a parábola que o pai fez uma grande festa comemorando a sua volta.

Já o filho mais velho ao ver toda aquela festa se revoltou pela atitude do pai e começa a questioná-lo chamando-lhe atenção. Enfim, ele não se alegra com a volta do irmão e com a felicidade de seu pai.

Quantas vezes somos convidados a participar de uma festa, ou de algum evento qualquer e dizemos: “lá não vou, pois tal pessoa estará lá...” Outros momentos dizemos: “Sou a favor da pena de morte, bandido precisa morrer...” ou ainda falamos “...é preciso preservar o direito da mulher, por isto sou favorável ao aborto...”. quantas vezes dizemos: “Sou cristão, mas não aceito dar a face ao inimigo...”. Ainda, é comum ouvirmos falas de discriminação de pessoas por professarem outros credos, etc. Poderia acrescentar várias outras atitudes que cometemos contra o irmão sem saber distinguir o pecado do pecador.

A parábola nos remete uma duvida: o filho mais velho entrou? ou não na festa. Certamente, ao participar da festa veria seu irmão na realeza, ocupando um local de destaque. Veria seu pai muito feliz. sendo assim, teria ele a humildade para perdoar seu irmão e abraçá-lo se alegrando com a presença dele? No entanto, pela atitude dele será que este filho conseguiu superar o ressentimento que havia tanto em relação ao pai quanto ao seu irmão?

Esta também é a pergunta que fazemos para nós, pois junto de Deus estaremos diante de nossos piores algozes. Estaremos diante de pedófilos, prostitutas, crianças que foram abortadas, dependentes químicos. Enfim, no céu encontraremos nossos piores inimigos. E ai, fica a pergunta: Será que iremos querer entrar no céu? Ou vamos virar as costas e dizer aqui não é meu lugar.

Entre tantas mensagens e reflexões que a Parábola do Filho Pródigo nos traz, está é uma de suma importância fazermos para nós: qual é nossa conduta, a nossa atitude em relação ao amor, ao perdão entre nós irmãos? Estamos abertos à mudança de ideologia onde nos fechamos nos tornando egocêntricos e assim impedidos de enxergar além de nossas ressentimento e revoltas aos nossos irmãos?

         Ataíde Lemos

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