segunda-feira, 16 de abril de 2012

O papel das entidades religiosas em relação ao aborto



Hoje a lei autoriza o aborto em caso de estrupo, risco de morte da mãe consequencia da gestação e criança com anencefalia. Certamente, amanhã será por outras anormalidades como cegueira, falta de membros, síndrome de down, autismo e assim consequentemente. Enfim, somente nascerão crianças “normais”.

Ao analisamos o aborto, um dos aspectos que gostaria de destacar e que acredito ser fator fundamental para faze-lo ou não, implica-se em relação ao valor que se dá à vida. Este valor a vida, não se refere num valor relativo, mas sim um valor absoluto, pleno da palavra “Vida”.

Certamente, qualquer pessoa que tenha uma formação de valores éticos, morais, mas sobretudo, valores espirituais têm ciência do que representa uma vida humana, seja ela ultrainterina, seja ela marginalizada socialmente; seja ela qual sexo, credo, etnia for, mantém sempre lutando em seu favor e a defendendo.

Infelizmente, cada vez mais, haverá o apelo pela liberação do aborto, segundo alguns relatam, esta é uma tendência mundial, e pressão de entidades vinculada as Nações Unidas. Ou seja, mais cedo ou mais tarde, mesmo contra a vontade da maioria da sociedade, haverá pressões em seus governantes para a liberação do aborto e eles cederão.

Diante desta realidade futura, o que fará com que a sociedade adere ou não ao aborto será a educação; o fortalecimento da valorização da vida e, isto se dá por meio da educação familiar; através de um desenvolvimento real da espiritualidade. Neste sentido, cabem as entidades espirituais promoverem ações que enraízam e se solidificam nas pessoas.

No ocidente, estamos vivendo uma fase contemporânea onde as religiões estão perdendo suas forças persuasivas, ou seja, muito embora, uma maioria da sociedade participe de algum credo religioso elas não seguem os ensinamentos de seus lideres religiosos. Isto é muito fácil de ser notado em suas posições contrarias aos que lhe são repassados pelos seus lideres.

Também é preciso ressaltar que as pessoas, cada vez mais, estão se individualizando, isto é, estão deixando de pensar coletivamente, para olhar somente para dentro de si, uma ideologia egoísta “O importante é o que é bom para mim e não para o outro”. Estamos também vivendo um sectarismo ideológico, onde cada grupo pensa diferentemente uns dos outros e assim, crescem a demanda por leis que satisfaçam a todos os segmentos sociais, étnicos, credos, etc. Certamente, isto tem colaborado para certas leis e ações estarem indo contra o pensamento da maioria. Por fim, toda esta nova concepção de sociedade tem sido responsáveis para mudanças substancias no conceito de sociedade, de família, de valores humanos que promovem abertura de leis que atentam ao valor absoluto da vida.

Portanto, certos conceitos profundos sobre o valor absoluto da vida, somente podem solidificar na sociedade a partir de uma ação intensa das entidades que atuam nesta área, como por exemplo, as entidades religiosas. Somente as formações de valores absolutos poderão ser os sustentáculos para que a sociedade através de suas livres escolhas, possa fazer a opção da vida ao invés da morte que são as práticas abortivas que serão legalizados em breve pelo Estado.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

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