Parábola do bom samaritano II
Este final de semana estive na Canção Nova e assisti às palestras dos padres Reginaldo Manzotti e Fabio de Melo, cuja reflexão do acampamento se deu sobre o tema a felicidade e cura interior.
A palestra do padre Reginaldo Manzotti foi trabalhada a partir do evangelho segundo Lucas cap. 10, 25-37, onde um mestre da lei querendo pôr Jesus em dificuldade lhe provoca perguntando o que se deve fazer para entrar no reino dos céus e pergunta a Jesus quem é nosso próximo. No entanto, diante desta provocação Jesus nos ensina de como agirmos para primeiro, saber quem é o nosso próximo e segundo, nos leva a encontrar nele o bom samaritano que tem o total cuidado para conosco em curar as nossas emoções e nos proporcionar a verdadeira felicidade.
A interpretação feita pelo padre Manzotti, me fez também refletir este evangelho, não apenas observando o segundo mandamento “Amar o teu próximo como a ti mesmo”, mas sim, refletir o bom samaritano que é Jesus, aquele que não nos pergunta quem somos, mas nos acolhe, cura nossas dores e permanece conosco para sempre. Jesus é aquele que pode nos curar; que deseja nos curar. É aquele que não nos questiona a nossa fé, a nossa vida, o que fazemos, pelo contrario, ele nos vê caído, dá-nos as mãos e nos cura.
A felicidade é uma busca que constantemente estamos procurando, alias, nascemos para ser felizes, esta nem deve ser a nossa meta, mas sim, nossa vivencia. Há varias tipos de felicidades como receber uma boa noticia, adquirir um bem de consumo, realizar um sonho; a ausência de dor, o prazer, enfim, muitas situações nos proporcionam a felicidade.
Muitas felicidades a quais buscamos são licitas, no entanto, há outros tipos de felicidades que desejamos são ilícitas, ou seja, são felicidades que podem nos levar a infelicidade como provocar também no outro. Além do que há felicidade desejadas que geram em nós dores e doenças no corpo e no espirito. Ou seja, certas felicidades constroem em nós infelicidades profundas levando-nos a um estado de morte emocional.
Às vezes, dizemos que o melhor remédio é o tempo, que o tempo cura. Poeticamente, o tempo cura, mas na realidade não é bem assim, o tempo apenas armazena a dor, mas que num simples tocar ela retorna novamente. A cura é a libertação da dor, não o esquecimento, mas sim, um novo olhar para ela e somente Jesus pode transformar este acontecimento nos curando e também ele é o bom samaritano onde encontramos a verdadeira felicidade.
Enfim, Jesus é este próximo citado no evangelho do bom samaritano que está muito próximo de nós e sempre atento a nos proporcionar felicidade verdadeira e curar nossas feridas. É este que, embora, muitos passam por nós e não consegue nos ver doentes, feridos, caídos ele não pergunta nosso nome e nem porque estamos daquele jeito, mas sim, nos cura devolvendo a felicidade.
Ataíde Lemos
Escritor & Poeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário