segunda-feira, 22 de março de 2010

Espiritualidade, o homem e o aborto.
















          Sempre abordo a questão do aborto de maneira a produzir reflexão sobre nosso comportamento diante este tema e diante a nós mesmo. Jamais o coloco tecnicamente, pois, esta não é minha área. Na verdade, minha área é promover reflexões profundas sobre a conduta humana diante os problemas interiores.

          Pois bem, o tema aborto deve ser encarado, analisado sobre vários aspectos inclusive o espiritual – embora sempre os favoráveis ao aborto não gostem de entrar nesta área. Penso que de tanto excluir a dimensão espiritual algo que está intrínseco no homem é que vemos tantos males ocorrendo.

          Primeiramente, diria que ninguém gostaria de abortar por abortar, ou melhor, ficar grávida para abortar logo em seguida. A gravidez ocorre por ns circunstâncias que não são desejadas. Uma mulher não tem culpa de ser estrupada e de repente descobrir que se engravidou. Talvez este seja o exemplo mais clássico de uma gravidez indesejada e que a mulher é totalmente inocente, o restante infelizmente quer a mulher aceite ou não ela tem parte de responsabilidade na gravidez indesejada – isto é fundamental frisar. A maioria da gravidez indesejada a mulher é co-responsável e não se pode tirar esta co-responsabilidade.

          Particularmente, não ficaria desapontado ou abismado das pessoas que se dizem ateus, ou pessoas que não possui uma espiritualidade transcendental e aquelas que não atuam em nenhuma área social defender o aborto, pois na verdade, estas pessoas são materialistas, ignorantes espiritualmente e por conseqüência a vida para elas têm valor muito reduzido. Acreditam que a vida termina aqui com a morte. São totalmente alheios a outras vidas pós morte.

          Porém, me entristece e fico um tanto quanto reflectico quando certas pessoas se dizem espirituais, pessoas que atuam em entidades sociais quais tem como principio defender a vida daqueles que são excluídos como os homossexuais; os usuários de drogas; os moradores de rua; as crianças abandonadas; os velhos; os soros positivos; as mulheres; as causas raciais enfim, defendem os mais fracos também defenderem o aborto.

          É complicado, pois, quem se diz espiritualista transcendental, acredita piamente numa outra dimensão de vida e somente há vida a partir de uma vida. Quem é a favor do aborto é contra a vida. Como alguém  espiritualista poderia desejar uma vida eterna de paz, sem tormentos se é favoravel a morte humana indefesa?

          Sabemos que infelizmente há mulheres que morrem por meio de abortos provocados, esta é uma outra questão complexa. O aborto provocado é uma decisão pessoal, é uma escolha seja voluntária ou induzida. O aborto provocado é um assassinado premeditado, sendo assim, se a pessoa é capaz de matar um Ser indefeso, ela (mulher) morrer em alguns casos, isto acaba tornando-se uma conseqüência da morte que ela provocou. Paulo diz que a conseqüência do pecado é a morte. Infelizmente, esta frase acaba tendo uma interpretação real. Muitas vezes o preço que se paga com a morte é a própria morte. Porém a palavra também diz; maior pecado tem quem me entregou a ti. Sendo assim, aqueles que propagam o aborto e os que incentivam podem ter um preço muito maior que aquela que morreu por provocar um aborto.

          Quando vemos tantas desgraças no mundo, tantos fenômenos destruindo as vidas. Quando vemos tantas doenças surgindo serve para olharmos e voltarmos para nós mesmos. Deus não condena, ele somente ama, no entanto por nos amar Ele nos corrige. 

          Termino mais esta reflexão não querendo passar a imagem de um fundamentalista, mas sim, usando as palavras de João; “Deus corrige aqueles que que Ele Ama”

Ataíde Lemos

Nenhum comentário:

Postar um comentário