Infelizmente,
cada vez mais as palavras de Jesus estão sendo deixadas de lado pelas pessoas e
os sacramentos banalizados e um destes que é tão precioso e sinal visível de
Deus entre nós é o casamento.
Muitos estão
deixando de casarem na igreja e optando apenas pelo casamento civil ou, mesmo
nem se casando, indo morar juntos. Suas justificativas é que casar fica caro e
é muito burocrático, então, se ajuntarem é mais conveniente e como explicações
dizem depois se casam.
Pois bem, o
que é um casamento religioso. Iniciemos com as palavras de Jesus que disse em Marcos
10:7-8: Por isso deixará o homem a seu
pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, E serão os dois uma só carne; e
assim já não serão dois, mas uma só carne. Com estas palavras Jesus diz que
o casamento é o inicio de uma nova família
e que deve ser construída sobre as benções e proteção de Deus.
O casamento
religioso é um sacramento de onde se origina um novo ciclo de sacramentos,
porque, segundo princípios cristãos, o casamento é uma nova célula, ou seja, nova
igreja domestica que origina.
Segundo as
leis de Deus e os mandamentos, quem mora com outro sem as bençãos de Deus vivem
em pecado. Quem somos nós para julgarmos nossos irmãos, mas, Deus onisciente, na
sua infinita bondade e misericórdia e conhecedor do coração humano sabe separar
caso a caso e, cada um tem a sua consciência diante de Deus se está procedendo
certo ou não.
Infelizmente,
para grande parte da sociedade, inclusive, aqueles que se dizem praticantes, o
casamento religioso não passa de um cerimonial social e que deve ser regado de
pompas e isto tem um alto custo, portanto, muitos que não possuem recursos, preferem
não casar. Isto é muito triste, pois, demostram não conhecer a Palavra de Deus
e assim expõem que praticam uma espiritualidade superficial. O mais triste
ainda, é que muitos parentes, amigos e próximos que também são religiosos
praticantes, ao invés de incentivarem o casamento religioso, acabam apoiando
este tipo de decisão que só contribui para o paganismo e uma espiritualidade
falsa, pois, do que adianta participar da comunidade religiosa, fazer peregrinações
e tantas coisas mais, se na prática faz o contrário? É isto que Jesus chama de
hipocrisia, de túmulo caiado e um grande pecado.
Finalizo dizendo
que o casamento não é uma instituição infalível; não é realizado por santos,
mas, por pessoas comuns e pecadoras, portanto, não se pode procurar exemplos
negativos para justificar a sua não realização na igreja, pelo contrario, o
casamento é uma celebração do amor, é a união de duas pessoas que se amam e para
a plenitude desta realização vão até o Pai e pedem as benções, para que já não
sejam mais dois e sim uma só carne e Deus abençoando para que a união seja
duradoura e que sempre nas dificuldades Ele esteja presente.
Como posso
pedir a Deus que me dê forças, abençoe meus filhos, que me ajude atravessar as
dificuldades de uma vida a dois, se eu não pedi sua benção? Se eu o excluo da
minha vida num momento em que me uni a outra pessoa?
Enfim, há momentos
na nossa vida que não podemos ouvir a voz do mundo, nem ouvir o inimigo oculto
que vive constantemente a nossa volta, pelo contrário, precisamos exercitar a
nossa fé, praticando-a, ainda que isto possa gerar custos e termos que vencer
nosso comodismo. Deus precisa estar na nossa vida acima de todas as coisas.
Precisa ser o inicio, o meio e fim de nossas decisões. Precisamos buscar Deus
para todas as decisões e fazer que participe do nosso banquete para que Ele
seja um amigo intimo e, mais uma vez, digo que casamento é um sacramento e
sacramento é a manifestação visível de Deus em nós e no mundo.
Ataíde Lemos
Escritor &
Poeta.
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