O papa Francisco em mensagem de Natal
para a cúria fez uma exortação ao clero, para que se aprofundem nas palavras de
Jesus, servir e não ser servido; viver sem ostentação e jamais esquecer que
enquanto homens biológicos são mortais e ainda, não fiquem doentes da doença de
Alzheimer espiritual, esquecendo seus compromissos assumidos no Sacramento da
Ordem. Uma exortação muito dura que
certamente, lhe renderá inimigos ocultos e muitas raposas vestidas de ovelhas
próximo dele. Mas, é importante refletir que Jesus não veio agradar o mundo e sim anunciar - e muitas vezes com palavras e atitudes duras - e com sua vida testificar a Boa Nova.
Porém, é importante não deixar de
levantar uma reflexão, que muitas vezes, o problema não está no fim, mas, no
meio, ou seja, na formação do padre e nas exceções que não raramente, os bispos dão ao clero.
A formação do seminarista deve ter
como base o profundo espirito do serviço ao reino. Porém, mais que a formação,
os exemplos dos superiores devem balizar os ensinamentos e a valorização dos
sacramentos.
As ovelhas não podem ter como exemplo
a exceção, ou seja, poucos bons pastores, pelo contrário, um grande número do
clero. Os bispos precisam também ser conscientes que tal bispo, tal padre. Isto
é, se o chefe de uma diocese não procura ser um bom exemplo, certamente, ele
será um modelo negativo para seus sacerdotes.
Enfim, o papa Francisco tem dado o
exemplo de serviço, porém, ao que parece o seu exemplo, não tem sido suficiente
para os bispos e padres e isto o fez chamar atenção deles publicamente.
Ataíde Lemos
Escritor & Poeta
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