Cada um tem um entendimento da vida após a morte, segundo suas crenças e espiritualidades ou mesmo alguns acreditam que aqui é o começo e o fim – no caso dos ateus. Para uns, a vida continua após a morte física, onde o Espírito através de outras matérias (corpos físicos) voltam e dão continuidade na purificação. Outros acreditam que após a morte há o descanso eterno, onde os Espíritos repousam até o momento do julgamento final, onde todos ressuscitarão e cada qual receberá seu premio ou castigo, segundo viveram enquanto seres humanos, já outros, e no caso me incluo, acredita que a morte é uma passagem o qual ao morrermos, nosso Espírito já recebe a herança definitiva, ou seja, já receberemos a resposta da nossa vida, a partir de história de vida consciente de nossas responsabilidades enquanto pessoas que não são deste mundo. Entendo também, que Deus, não leva em consideração tanto os nossos atos, mas sim nosso coração, como o próprio Jesus disse: “Deus não julga pela aparência, mas sim pelo coração”. Também acredito que mesmo já recebendo a herança após a morte, nossos corpos físicos permanecem aqui até o dia da segunda vinda de Jesus, onde receberemos um corpo glorioso, tal qual, o corpo de Jesus após ter ressuscitado e estado conosco por 40 dias.
Poderíamos nos questionar: mas como receber novamente um corpo físico, se muitos cremam, outros ao morrerem de forma violenta o corpo se destrói todo, etc, etc? Pois bem, minha resposta novamente vem pela Fé, é mais fácil um corpo ser novamente refeito por Deus que a crer na vida eterna, ou seja, somente em acreditar na vida eterna, já é o suficiente para acreditarmos em todas as possibilidades que Deus possa fazer. Ao acreditarmos que Jesus ressuscitou um homem (Lázaro), após vários dias estar morto, então, não há o que duvidar de nada em relação a Deus, em suma, ou acreditamos em Deus ou não.
Porém, algo também a nós normal é a de questionarmos Deus quando passamos por uma perda irreparável, no caso meu, a perda de um filho. Dentro de minha visão, se ele é Amor e “Ele é Amor”, conhece-nos profundamente a ponto de não levar em consideração nossas misérias, nossas perguntas diante a nossa dor, pois Deus conhece cada um e sabe que nossa fé é minúscula, tanto que ele diz: “se tivéssemos a fé do tamanho de um grão de mostarda, mudaríamos a montanha de lugar”, ou seja, ele sabe que o que somos e como somos. Ainda é preciso voltar ao evangelho quando ele (Jesus) é questionado por Maria “Se estivesse aqui meu irmão não tinha morrido...”, mesmo a família de Lázaro sendo amigos íntimos de Jesus, Maria demonstra sua natureza humana ao questionar Jesus.
Em suma, quando o entendimento está acima de nossas possibilidades humanas para sua compreensão, a única coisa que resta a fazer é aceitar ou não. Para os que acreditam na vida eterna, segundo a que me incluo, o mundo eterno não tem ligação com este, apenas Deus, os anjos, e alguns que Ele permitir mantém esta transição entre a eternidade e o mundo terreno com o objetivo único que é a de salvar a humanidade. Penso que se o mundo da eternidade tivesse ligação direta com este, o céu seria um inferno, pois o mundo em que vivemos é na sua maioria de sofrimentos, violências, forme, desumanidade, ou seja, como viver uma a felicidade plena na eternidade em contato com mundo o qual vivemos? Pois, independente as particularidades de cada um que se foi, o mundo eterno também sofreria com o mundo em que vivemos. Deus permitiria isto ao que gozam da plenitude da vida eterna?
Portanto, acredito que Deus ao nos ver sofrer pela perda de um ente querido, através de ns sinais nos conforta e dá o entendimento para seguirmos nossa vida e missão. Estes sinais vêm de diversas formas como a presença de amigos, sinais para amigos que nos consolar. Através de sonhos, mas sobretudo por meio de nossa pouca Fé, pois, sem ela nada pode nos confortar e fazer que entendamos os sinais de Deus.
Ataíde Lemos
Escritor e poeta
Perda irreparável?
ResponderExcluirDeus não seria justo, amigo.
Por quê levaria uma filho da terra e
deixaria outro/os, por exemplo?
Se somos todos irmãos, todos iguais,
pq uns teríam -privilégios- sobre os outros?
Religiosidade é assunto complexo para muitos...
Eu - não acredito - tenho convicção da
sobrevivência da alma - Sou Espírita Kardecista.
Não vou me estender. Mas, comentei pq não
resistí.
Muito bem elaborado o seu discorrimento
sobre o tema.
Parabéns.
Ci.
Ninguém perde ninguém.
ResponderExcluirUm dia nos reencontraremos com os que
apenas se foram na frente pra Pátria Espiritual.