domingo, 15 de agosto de 2010

Maria presente de Deus



Fecho meus olhos
Estendo aos céus uma prece
Meu coração entra em sintonia
E falo com Jesus
Pela intercessão da Virgem Maria

Sempre me abrigo em seu colo
Quando quero falar com Jesus
Pois ela é minha mãe
E também é a mãe da Luz.

Maria me aproxima mais de Jesus
Pois, como filhos somos irmãos
E como mãe não tem preferências
Temos o mesmo espaço em seu coração.

É tão bom buscar sua companhia
Seu calor materno me aquece
Sinto segurança e alegria.
Neste seu imenso amor que me protege.

É maravilhoso sentir sua presença terna
Ficar horas olhando sua imagem pequena
Com um olhar meigo, sereno, acalentador
No coração trazendo-me uma mensagem de amor

Maria um presente de Deus
Estrela da manha que nos guia
Que com carinho Ele nos deu
Canal de graça e paz para o dia a dia.


Ataíde Lemos

Rezando com Maria



Quero fechar meus olhos
Juntar-me a ti mãe
Sentir tua presença
Rezando comigo
Louvando a Deus
Agradecendo a vida
Todas as maravilhas
Como as temperes
Que também passo
Pois sei que nada
É por um simples acaso
Tudo tem um propósito
Para meu crescimento
E fortalecimento da vida.

Quero juntar-me a Ti
Mãe querida e amiga
Que sempre se faz presente
Cobrindo-me com seu manto
Protegendo-me do frio
Atenuando o medo
Que às vezes me invade
Sempre me apresentando
Ao seu filho Jesus. 


Ataíde Lemos

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Família berço das vocações




A família é a primeira igreja (a igreja célula), sendo assim é dela a responsabilidade sobre o crescimento espiritual dos filhos. É dela o dever de repassar a eles valores e princípios evangélicos como também tem a missão da formação, da educação dos valores humanos universais. Esta é uma missão que não pode ser transferida para os educadores, nem para os catequistas e padres, pelo contrario, eles são co-responsáveis.  A Semana da Família deve provocar em nós todas estas reflexões.

A palavra vocação é sinônima de chamado e todo chamado precede de dons que precisam ser lapidados e conduzidos para o bem. Neste sentido, cabe a família através do exemplo, do amor e da educação fazerem que a vocação, os dons de seus filhos não se percam ou sejam usados para si próprio de maneira egoísta, ou seja, permitir que os dons constroem as diferenças, os preconceitos.

Outro fator muito importante é que, a primeira vocação que recebemos de Deus é a vocação para vida. Uma vida que seja construída dentro do princípio do amor seguindo preceitos evangélicos para que leve o homem de fato a viver sua vida em plenitude.

 Quando observamos hoje tanta falta de amor, tanto egoísmo, drogas, etc. certamente isto se deve também à falta de uma vivencia no amor a Deus. Sendo assim, nos tempos de hoje torna-se ainda mais importante a presença e a ação da família, para que os filhos vivam a vocação que é, saber conduzir suas vidas sempre pautadas no amor a Deus e ao próximo para que possam atingir a felicidade verdadeira.

Todos são chamados a uma missão neste mundo, para que esta missão aconteça Deus a cada um de maneira singular concede dons específicos e assim, pouco a pouco nós vamos descobrindo qual é nossa verdadeira vocação. Estas vocações são diversas, para uns a vocação ao casamento, outros são vocacionados a viver uma vida inteira de doação que está no chamado especifico ao serviço ao Reino de Deus na vida religiosa. Enfim, vocações diversas, porém todas como um fundamento essencial que é exercer sua missão na humanidade, se realizando nela e também se realizando como filho de Deus. Novamente vemos aqui o papel da família em ser berço onde os filhos podem de fato receber o alimento espiritual, o alimento do amor para que possam crescer e se encontrar de fato com sua missão.

A Semana da Família nos proporciona refletir a vocação que está relacionada à formação profissional dos filhos também. Vivemos uma realidade em que muitos pais projetam nos filhos suas frustrações em termo de realizações profissionais ou mesmo seu sucesso em áreas em que atuam e assim, querem que seus filhos realizem seus desejos não permitindo a eles fazerem aquilo os quais  são vocacionados. Quantos e quantos maus profissionais encontramos em tantas áreas? Evidentemente esta triste realidade está na escolha errada das profissões, forçada muitas vezes pela pressão da família. Tudo isto precisamos refletir, pois a família tem este papel importante em ser celeiro impulsionando  a realização vocacional de seus filhos.

Por fim, uma das grandes vocações a qual somos chamados é ser família. Infelizmente, está se perdendo o conceito do que é família. Estamos vivendo uma cultura que está levando a morte esta instituição Sacramental, chamada Família.  Cada dia o conceito de família vai sendo mudada pela mídia, por leis que estão sendo aprovadas com consentimentos de famílias cristãs, muitas delas que participam regularmente nas igrejas. Cada dia está sendo limitado a liberdade religiosa, e assim sufocando a espiritualidade. Esta é uma verdade que está acontecendo e que nós enquanto famílias precisamos estar atentos.

Muitas vezes no intuito de serem modernas, de satisfazerem para manter-se dentro de uma cultura social, famílias estão perdendo suas referências espirituais. Estão vivendo uma cultura de morte, deixando-se ser levadas pelas propagandas enganosas do demônio que é o pai e autor da mentira. As famílias estão cada vez mais sendo permissivas, sendo favoráveis ao aborto, à união de pessoas do mesmo sexo. Sendo a favor da liberação das drogas, enfim, estão aderindo tudo aquilo que atenta à vida, praticando o antievangelho. Enfim, as famílias estão perdendo sua vocação de ser Igreja.

Um dos objetivos da CNBB em criar a Semana da Família vem de encontro com esta realidade, isto é, uma preocupação do desmonte desta vocação e sacramento que é a família. Portanto que Deus possa levar-nos a muitas reflexões sobre a verdadeira missão da família para que de fato possa ser um grande celeiro de vocações.


Ataíde Lemos  

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Parábola do Bom Samaritano



            Jesus conhece o coração humano. Sempre me prendo em uma de suas palavras “Deus não julga o homem pelas aparências, mas sim pelo coração”. Certamente, neste seu falar, Jesus vem derrubar as máscaras que muitas vezes existem em nós, de nos acharmos maiores que outros porque vivemos uma espiritualidade de preceitos e assim, nos consideramos os eleitos agindo como apartados do mundo, ou então, olhamos nossos irmãos com um olhar de cima para baixo. Pessoas assim, têm um diferencial grave que é, humilhar aqueles que de repente não tem a mesma experiência teórica de Deus; digo teórico por entender que, aqueles que mais têm a experiência de Deus em suas vidas são os que se deixam ser amados por Deus e vivem este amor na sua pratica, ainda que não tenham o conhecimento e não se despertaram para a aproximação de Deus nas suas vidas.

            Não quero aqui dizer que as pessoas não devam buscar Deus através do conhecimento por meio de Sua Palavra, através dos cultos ou da missa. Enfim, por uma vida espiritual praticante, pois, sem duvida a vida de igreja nos torna mais próximos de Deus e do irmão nos levando ao conhecimento de que todos somos discípulos e temos como missão ser um outro Cristo, e  assim poder dizer; “já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim”. 

            Na passagem evangélica do bom samaritano o questionamento feito por um conhecedor da lei era criar certo constrangimento se julgando mais conhecedor da Palavra que o próprio Jesus. Na verdade, ele já tinha de cor e salteado toda escritura em sua mente, porém Jesus conhecendo seu coração diz que também é necessário amar o próximo como a si mesmo, e por meio da parábola do bom samaritano, mostra que amar o próximo não é apenas sentir-se compaixão, mas é agir na ação, é olhar o outro e amá-lo como amamos a nós mesmos.

            Talvez o que falta em muitos corações é amar-se a si mesmo. Muitas vezes o egoísmo, o orgulho, a vaidade ou mesmo as carências existenciais acaba ofuscando o amor próprio, impedindo que a pessoa se ame – na essência da palavra.  E esta falta de amor por si mesmo, não permite que veja no outro a face de Cristo, e assim, age com indiferença ao sofrimento humano, ou mesmo tem sempre como ponto de partida o seu próprio bem – fruto do egoísmo – não ampliando ou fortalecendo dentro de si a pratica da luta pela vida na sua total dimensão.

            Certamente, o amor do homem por ele mesmo o leva transbordar e irradiar este amor por todos os lugares por onde esteja. Também o leva a compadecer e desejar para o outro este mesmo amor existente em si mesmo, levando-o a viver a pratica do amor e da caridade. Porém, uma caridade fundamentada em Cristo, não uma caridade apenas filantrópica. 

            Finalizando, amar a Deus é seguir os preceitos bíblicos, mas também ver o rosto de Cristo que está em cada irmão, seja ele quem for. O fundamental para aqueles que se dizem ser seus discípulos de Jesus é de fato agir como aquele viajante que, ao ver um homem caído, ferido não olha apenas com compaixão, mas tem compaixão com gestos concretos.

Ataíde Lemos 

domingo, 25 de julho de 2010

QUANTO VALE UMA PESSOA?!



Depende de quem o avalie.
Para alguns analizará perfil
Então, vão levar em consideração
A cor dos olhos, da pele
A posição social, financeira
Se trabalha ou se vive na rua
Se estuda ou é analfabeto
Se tem família regular ou não
Ou se é filho somente de pai ou de mãe.
Se tem casa ou mora nas praças
Se usa brinco, possui tatuagens
Se é um jovem careta ou usuário de drogas.
Se mora na zona sul, ou em barracos.
Se anda limpo ou maltrapilho...
Se está no útero, se é criança, ou idoso
Se é homo ou heterossexual...

Quanto vale uma pessoa?!
Depende a intensidade do preconceito,
O real sentido da palavra amor para o avaliador.
Depende do valor que se dá para vida.
Quem a valoriza a sua egoisticamente
A do outro, não terá muito valor certamente.

Ataíde Lemos 

No coração do homem...



          No coração do homem está a essência de Deus e em sua carne o apelo do mundo. 


Ataíde Lemos

sábado, 17 de julho de 2010

Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro Homem





















          Jesus é homem? ou é Deus. Esta é uma pergunta que se conseguirmos compreender e chegar a respostas certamente, aceitaremos de maneira mais plena os Mistérios de Deus e assim, viver a autenticidade de nossa Fé.

          No evangelho de São João ( 1, 14 ) E a Palavra se fez homem e habitou entre nós. Quem é a Palavra que fez homem segundo João? É Jesus. Então podemos deduzir que Jesus é verdadeiro Deus.

          Porem ficamos numa indagação, Jesus era homem? Como sendo Deus! Poderia ser homem? Jesus era homem, os evangelistas narram seu nascimento, suas vida publica e dentro destes acontecimentos percebemos em Jesus sua condição humana. Então podemos dizer que Jesus era verdadeiro homem.

          Quando não conseguimos chegar a este entendimento, certamente podemos humaniza-lo tanto ao ponto de negar sua divindade, e sendo assim, questionar toda suas ações realizadas como os milagres, as suas afirmações de Filho do Homem. Porem, por outro lado quando não entendemos a humanidade de Jesus, caímos no risco de imaginar que todo o sofrimento, toda a trajetória de Jesus quanto sua humanidade foi uma farsa, isto é, todo sofrimento na cruz, toda a agonia foi simplesmente um teatro.
 
          Por isso que devemos estar atento ao que nos é repassado e temos que ouvir o que a igreja nos propõe e nos diz. A Palavra de Deus é complexa e sem um conhecimento profundo teológico podemos ser induzidos a vários erros de interpretações. Muitas vezes o segredo do entendimento esta numa palavra, num versículo o qual não temos apercebido ou sequer paramos para refletir.

          Em muitos momentos somos questionados sobre Maria e fica uma pergunta. Maria é mãe de Deus ou de Jesus enquanto homem? Acredito que se aceitarmos que Jesus é Homem e também é Deus, certamente a resposta quanto Maria ser ou não mãe de Deus fica respondida.

          Vamos refletir novamente a Bíblia João ( 1,6-9 ) Apareceu um homem enviado por Deus que se chamava João... ele não era a luz, mas veio dar testemunho da luz ... a luz verdadeira, aquela que ilumina todo homem, estava chegando ao mundo. João esta falando de Jesus que se encontrava no ventre de Maria. Continuando a reflexão bíblica vemos em Lucas (1,40–45) Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espirito Santo. Com um grande grito exclamou: Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto entre teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar ? Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvido a criança saltou de alegria no meu ventre. Bem aventurada...

          Esta narrativa trás dois fatos importantes. Um está relacionado a Maria, o outro a divindade de Jesus. Há alguns que insistem em dizer que Jesus torna-se Divino somente após seu batizado por João Batista.

          Mas voltando a Maria, aquela saudação de Isabel deixa claro que o menino o qual estava em seu ventre é Deus. Sendo assim, não há como questionar Maria não ser mãe de Deus, está claro nesta narrativa evangélica ou o evangelho e mentiroso.

          Mesmo sendo mãe de Deus ela é criatura, pois, Deus já existia antes dela, mas com o mistério da Encanação, Maria passa também a condição de mãe de Deus, não pelos seus méritos, mas pela graça.

          É importante dizer que Maria sendo mãe não se eleva a Santíssima Trindade, mas torna-se a primeira discípula de Jesus. Maria, não assume a condição de Deus, mas sim serva, ela mesmo reconhece esta realidade quando em muitos momentos diminui-se para que Jesus apareça.

Ataíde Lemos

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Seguir as leis e os preceitos de Deus


          Ao depararmos com as leis de Deus, com os mandamentos no primeiro momento sentimos que é muito difícil viver o que Ele nos pede. Parece que Deus exige muito e que suas leis são utópicas e abstratas, isto é, longe de nossas possibilidades em cumpri-las. No entanto, a Palavra de Deus nos diz que não, pelo contrário, ela está muito próxima de nós, está em nosso coração.

          Pois bem, para vivermos os preceitos de Deus, uma coisa apenas é necessária; transplantar nosso coração de pedra e no lugar colocar um coração de carne. Basta entendermos que não somos deste mundo, que temos algo que nos diferencia dos outros seres vivos. Basta termos o coração voltado para o alto, os olhos voltados para o irmão e os pés firmes no chão.

          Certamente com um coração de carne sensível as coisas de Deus e as necessidades dos irmãos, perceberemos que obedecer as leis de Deus e viver os mandamentos é algo concreto e fácil de ser realizado, pois a própria vivência do amor nos leva a segui-los naturalmente.

          Jesus é a realização do plano de Deus. É a manifestação do Deus invisível que se personifica nele. Em Jesus encontraremos a força, a sabedoria para a transformação de nosso coração. Nele está a seiva que nos mantém vivos e no firme propósito de seguir e descobrir nossa verdadeira identidade de filhos de Deus.

          Jesus é a cabeça da igreja, quando falamos sobre a cabeça logo lembramos do celebro, o qual governa toda nosso corpo físico, emocional e espiritual. Sendo assim, podemos também dizer que Jesus sendo a cabeça é aquele que nos conduz em nossas ações para que consigamos seguir os preceitos de Deus, que nada mais é que viver a plenitude do amor.

          Ainda podemos dizer que Jesus é o bom samaritano. É aquele que nos acolhe nos momentos em que nos encontramos em sofrimentos. Aquele que cuida de nós apresentando-nos ao Pai, a fim de que sejamos curados. Jesus é bom samaritano que, quando o mundo nos abandona ou passa por nós sem olhar, ou mesmo com piedade, mas sem nada fazer nos abraça, cura as feridas e permanece conosco até que estejamos completamente curados.

          Seguir Jesus, seguir os preceitos da lei é agir como Jesus, isto é, também ser o bom samaritano procurando sempre ver no outro, independente sua raça, religião, cultura, condição social o próximo. É ao ver aquele próximo que sofre cuida-lo e apresenta-lo a Jesus para que possa restaurar a sua vida e a dignidade de filho de Deus.

          Enfim, viver a lei de Deus não é algo abstrato, mas sim perfeitamente possível quando se permite ser acolhido por Jesus para que o coração possa ser transplantado. Portanto, quando se consegue ver em Jesus o bom samaritano e perceba no irmão o Cristo transforma-se também no bom samaritano.

Ataíde Lemos

domingo, 27 de junho de 2010

Os Discípulos De Emaús E Nós



















Jesus ressuscitou, mas por um período ficou no meio de nós, não como um fantasma, mas suas aparições consistiam em manifestar a ressurreição, cumprindo assim suas palavras fortalecendo os discípulos acreditarem nas promessas e na vida eterna.

Entre estas aparições uma delas nos chama atenção, quando encontra os dois discípulos que estão tristes caminhando de cabeça baixa falando de todos os acontecimentos ocorridos naquela páscoa. Percebe-se que, aqueles dois homens eram amigos íntimos de Jesus e o conhecia muito bem, pois narram os fatos ocorridos com perfeição e demonstram muita tristeza e inconformados pelos acontecimentos.

Muitas vezes, nas atribulações do dia a dia de nossa vida passam despercebidos momentos primordiais tanto boas como de sofrimentos. Embora digamos acreditar em Deus, não conseguimos ampliar nossos olhos e vê-lo, ou mesmo tirar lições de tais acontecimentos.

É comum diante de um sofrimento lamentarmos, nos achando que somos esquecidos por Deus ou que Ele não nos ama o suficiente devido nossas falhas, ficando numa murmuração sem fim, reclamando de tudo e de todos. Temos atitude daqueles discípulos, isto é, ficamos tristes vivendo um passado onde não enxergamos o verdadeiro sentido dele.

Quantas vezes Deus está sempre querendo nos acordar, chamar a atenção para a nossa felicidade, para o fortalecimento, porem devido nossas lamentações nossos olhos da fé permanecem fechados não enxergando Deus caminhando conosco.

No entanto, Deus sempre está atento e jamais perde a esperança de que abriremos os olhos da fé e quando percebe que não conseguiremos enxergar a Sua presença, através de sinais se revela da mesma forma que revelou aos discípulos de Emaus, partindo o pão. Aquele gesto imediatamente os fez reconhecer seu mestre.

Quanto mais percebemos a presença de Deus caminhando conosco procurando aprender com os acontecimentos e tiramos lições de certos momentos, mais rápido pode encontrar a solução e com alegria podemos carregar nossas cruzes na certeza da vitória.

Jesus caminhou longo tempo com aqueles discípulos, porem a tristeza, a cabeça baixa os tornou cegos, não permitindo reconhecerem que Jesus caminhava com eles, mesmo ele narrando toda a história da salvação, especialmente as partes onde dizia sobre a ressurreição.

Certamente, este evangelho é muito contextual na nossa vida. Que esta boa noticia possa nos proporcionar a não ficar na beira do caminho devido os obstáculos, mas sim, aprender a passar por ele na certeza de que Jesus nos ama e caminha conosco.

Ataíde Lemos 

quinta-feira, 24 de junho de 2010

João Batista



~















Uma voz gritou no deserto
Arrependei-vos das más ações
O Reino está por perto
Convertei-vos vossos corações.

Com coragem João denunciava
Os pecados e pedia a conversão
Enquanto alguns o admirava
Outros planejavam sua destruição.

Ao ver Jesus se aproximar
A todos João exclamou
Este é o cordeiro que chegou
Do pecado; o mundo ele veio libertar.

Diante Herodes não se calou
Motivo que o levou a prisão
Pois, publicamente o denunciou
Mas, ele lhe tinha admiração.

Herodias matá-lo planejou
Um plano diabólico delineou
Sua cabeça foi decapitada
Numa bandeira lhe foi presenteada.

Ataíde Lemos

domingo, 20 de junho de 2010

Ser Cristão e Fazer a Experiência de Jesus Ressuscitado


















Ser cristão é fazer a experiência de Jesus ressuscitado. A páscoa nos proporciona esta oportunidade. Viver a páscoa é isto, é mudança de vida, e somente ocorre, quando fazemos a experiência não de um Jesus humano, mas sim, um Jesus agora ressuscitado.

Esta experiência passa por uma transformação de mente, assumindo nossa condição de homens pobres, miseráveis, maus para que assim, desprendemo-nos de nós, reconhecendo de fato quem é Jesus; o filho de Deus.

Muitos dos que viram Jesus logo após sua ressurreição não o reconheceram, porque isto ocorreu? Certamente, porque a cabeça dos discípulos ainda se encontrava voltada às coisas humanas e embora Jesus conversasse com eles, comia com eles, ainda sim, não perceberam que aquele homem era o próprio Cristo. Enfim, os discípulos ainda que o conhecesse, tendo convivido com ele, não haviam feito a experiência do Jesus ressuscitado.

A dificuldades deles em reconhecer Jesus ressuscitado e fazer a experiência de fé também é a mesma dificuldade que encontramos. Esta falta de viver esta experiência nos leva a não assumirmos nossa Fé autentica, deste modo, vivermos em constantes vacilos e posições anticristãs. A fé cristã exige tal experiência.

As escrituras do Antigo Testamento tiveram como objetivo central preparar e apontar a vinda de Jesus, no entanto, observamos que poucos foram aqueles que o reconheceu. O Novo Testamento é a aliança que ocorre, e seu objetivo é apresentar Jesus, prepararando o povo para sua segunda vinda. Sua segunda vinda consiste em acreditar de fato que Jesus ressuscitou, vive e reina. No entanto, é fundamental que a fé em Jesus aconteça pela nossa consciência de tudo que somos, para que a partir daí, aceitamos a ser sua testemunha e discípulos.

Acreditar em Jesus simplesmente pelos livros, por uma catequese sem fazer a experiência dele no dia a dia é viver uma fé morta, pois, seremos levados pelo vento. Enfim, é uma fé sem consistência.

Quando fazemos a experiência de Jesus ressuscitado, evidentemente somos transformados e nada consegue desviar nossa caminhada, nosso seguimento a Jesus. Passamos a compreender o que significa a palavra Vida e assim, a defendemos sem questioná-la desde sua concepção, sendo contra todas as ideologias de morte que possa existir.

O cristão que faz a experiência de Jesus ressuscitado não é cego, nem fundamentalista em suas posições. Não é ignorante, pelo contrario, ele é alguém que aceita os mistérios de Deus, e tem sua vida direcionada a defendê-la, desta forma, não sede aos apelos do mundo, mas sim, se torna o transformador dele (mundo). Pois Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida e assim, pela experiência de Jesus ressuscitado o cristão assume sua condição de pecador, tornando-se missionário, (propagador do Reino dos Céus) e defensor da Vida em toda sua dimensão.

          Ataíde Lemos

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Interpretação da Bíblia

















Ao se ler um texto seja ele grande ou pequeno, seja um conto ou um poema quando se faz uma interpretação cada leitor entende de maneira diferente, pois cada um, faz uma leitura segundo seu juízo. É importante ressaltar que estas diferentes interpretações não ocorrem apenas em relação à leitura, mas também a partir de imagens.

Pois bem, iniciei o texto com estas colocações para entrar num tema complexo e polêmico que é a interpretação da bíblia. Todos sabemos que a bíblia que é uma biblioteca de livros divididos em antes e após Jesus. Uma biblioteca que narra a história de um povo durante vários séculos e sendo assim, cada qual narrado num contexto cultural, social, político e espiritual.

Na bíblia está todo um projeto de Deus desde do Antigo Testamento (livros escritos antes da vinda de Jesus), preparando um povo para receber Jesus como também o Novo Testamento que inicia com os quatro evangelistas, as cartas de Paulo e dos apóstolos, onde a mensagem na sua essência é salvifica. No entanto, é preciso frisar que ela deve ser lida e interpretada segundo contexto de um tempo.

A bíblia não é livro simples de entendimento, pelo contrário, é complexa, pois nela contem vários textos que, para serem interpretados exige estudos, conhecimento teológico a fim de que, algumas mensagens levem pessoas entenderem determinados textos complexos. Outro fato importante é que, a bíblia é um livro de dimensão espiritual, ou seja, embora é um livro com narrativas históricas, sociais, culturais, de linguagem simbólicas se destina ao desenvolvimento espiritual, portanto, ao lê-la e estudá-la não pode ser interpretada somente no âmbito racional e nem pode ser de forma fundamentalista.

Como iniciei, para todo texto há inúmeras interpretações, neste sentido, a maioria das religiões constrói uma interpretação bíblica constituindo um conteúdo de ensino teológico. Não quero com isto afirmar que devemos ter uma visão míope ou cega ou mesmo dogmática em determinadas interpretações, mas sim, ao depararmos com certas duvidas procurar orientação naqueles que são conhecedores, em termos de teologia a qual estejamos inseridos. Quando estas dúvidas não são sanadas de maneira convincente, devemos entrar em oração para que venhamos a encontrar uma resposta.

Quando analisamos as religiões, percebemos que quase todas baseiam suas doutrinas na bíblia, portanto, os membros de uma religião aceitam tais interpretações de seus lideres ou pastores, partindo desta primícia, ninguém que professa uma espiritualidade e que faça parte de uma religião interpreta-a por si mesmo, mas pelo que lhe é ensinado.

Finalizando, é necessário dizer que os cristãos católicos interpretam a bíblia, segundo o Magistério e a Tradição da Igreja Católica que teve seu inicio a partir de Pedro como o primeiro papa até o atual Bento XVI e as outras religiões a interpretam a partir do ensino teológico constituído por seus lideres que passaram a ter um outro entendimento nos textos bíblicos.

Ataíde Lemos

sábado, 12 de junho de 2010

Santo Lugar














Aqui é um local que gosto de vir
abrir meu coração,
expor meus sentimentos,
dividir minhas angustias,
falar de minhas fraquezas,
te agradecer e pedir perdão.
Te olhar, me olhar, te adorar.
No silêncio te encontrar

Aqui é um local que gosto de vir,
buscar a paz interior
reabastecer as forças para enfrentar a vida.
Venho matar a sede, saciar o corpo,
descansar a alma,
contar meus planos, meus sonhos
meus segredos, pedir orientação.

Fico te olhando, elevando o pensamento,
refletindo minha vida,
Envolvendo-me em seu mistério,
fazendo pequenas viagens no interior,
mergulhando no teu Amor,
sentindo tuas palavras
colocadas no meu coração

Tanta correria, agitação
e você aqui a espera de um encontro.
Tantos passam por onde você está
com fardos enormes, pesados
passam por aqui correndo, apressados,
e nem um minuto te dá.
As vezes um minuto tão precioso
tão buscado, tão necessário
capaz de transformar estes fardos
em bênçãos e graças .

Ataíde Lemos

sábado, 5 de junho de 2010

Privilégio de se ter fé


















Tem dias que o sol se fecha
e nuvens cinzentas surgem,
com ela brota o medo
pelas tempestades
que se formam na vida.

Nossos corações amedrontam,
perdemos o leme
e com ele toda a direção.
A escuridão que se faz
sombreando o horizonte
perdemos a alegria, a paz.

São nestes momentos
que somos abraçados
pelo infinito amor de Deus.
Então, nos sentimos abrigados
protegido de nossos medos
aliviando-nos do sofrimento.

Este é o privilégio de se ter fé;
jamais sentir-se sozinho,
tendo a certeza que há uma luz
iluminando sempre o caminho
e tendo onde se abrigar
ou um colo para chorar
quando surgem noites traiçoeiras.

Ataíde Lemos

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Mistério da Eucaristia














O Mistério na Eucaristia é tão profundo que se fosse a aceito pela totalidade do alto clero ela jamais teria se dividido permanecendo uma única Igreja Cristã.   

Ataíde Lemos